quarta-feira, outubro 21, 2009
Pesadelo
Eu ainda acordo no meio da noite, assustado. Sonho ainda com aquelas paredes amarelas e frias, o chão duro e o silêncio. Preciso abrir os olhos uma, duas, três vezes para ter certeza que não mais estou lá. Para ter certeza que as paredes não estão lá, nem as grades. Acordo angustiado, com medo, suando frio. Acordo como quem acorda de um pesadelo real, daqueles que você sente o frio e o odor. Taquicardia, frio na espinha, lágrimas nos olhos. É como o pesadelo que não se dissipa no ar como a névoa, mas sim que impregna na alma, como gordura, que não quer sair, por mais e mais que se tente. O tempo diminui seu incômodo, mas não elimina suas sarnas nunca. Os pesadelos são reais, quase táteis. Mas eu acordo e olho para o lado, depois da terceira piscada, toco a minha cama, minhas paredes brancas e respiro fundo. Respiro o ar puro e doce da minha vida real. Então me deito e volto a dormir. Sem pesadelos desta vez.
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