Resolvi neste ano de 2010 ler mais sobre assuntos relacionados à tecnologia, principalmente voltadas para o entretenimento, que é uma área que eu gosto, e para o Direito que, mesmo não sendo algo que gosto muito, pelo menos eu entendo. E o primeiro livro que eu peguei foi o "A Cauda Longa" do Chris Anderson.
O conceito que ele trabalha é aparentemente simples, mas faz muito sentido. Ele mostra como o mundo virtual alterou profundamente as relações comerciais, principalmente as relacionada à produtos que não precisam ser necessariamente físicos. É muito comentado sobre a música, que trata-se do exemplo perfeito.
Uma loja física vende a música de forma física (em CD's). Neste caso, tudo custa dinheiro (o transporte, o armazenamento, a exposição dos CD's) e, como não é possível expor muitos títulos, obviamente a escolha recai sobre os mais vendidos, em detrimento daqueles títulos mais inexpressivos comercialmente. Mas, com o advento das lojas virtuais, um novo leque se abriu. E duas vezes.
Na primeira, com as lojas virtuais que vendem o produto físico, permitiu-se uma gama maior de títulos, pois não há a exposição real dos mesmos, apenas uma tela com os dados informativos. Quando uma pessoa entra no site e escolhe um CD, o mesmo é enviado de um grande galpão, unificado, e com um custo físico muito menor.
Porém, com a evolução da tecnologia, o comércio musical atingiu um novo estágio, completamente virtual, onde as músicas passaram a ser arquivos virtuais, armazenados em um Hard Drive em qualquer lugar do mundo, podendo ser comercializadas (e transferidas) milhões de vezes, sem por isso ocupar mais espaço.
E tudo se modificou. A indústria se modificou, pois teve que mudar a maneira de gerir teus negócios, vez que esta nova modalidade de comércio é afetada diretamente pela tão criticada pirataria. Os músicos mudaram, pois a divulgação se torna cada vez mais fácil e mais barata, permitindo o surgimento de artistas de regiões e estilos até estão inexistentes comercialmente. Os periféricos e agregados mudaram, pois mudou-se a forma de divulgar a música, de cobrir a mesma, saindo daquele universo até então restrito do "artista vende muito CD e toca na rádio". Tudo teve que se modificar, se modernizar.
Mas o fator mais importante disto tudo é que o mercado parou de ser restrito para se tornar infinito. As restrições físicas praticamente caíram por terra e qualquer pessoa pode jogar na rede seus trabalhos, decidindo o quanto e se quer cobrar por ele. Os grandes vendedores desapareceram, pois uma coisa era competir num universo de 10, outra é competir num de 10.000. Claro que os procura aumentou, mas não na mesma proporção que a demanda. E a tendência é esta progressão ser cada vez maior.
Se você toca música celta cantada em paquistanês, com certeza alguém, em algum lugar no mundo, vai ouvi-la, e isto é o lindo desta nova indústria.
Um comentário:
Desse jeito, será que vou ganhar um colega nesse ano em TI?
Isso aqui pode te ajudar!
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