2009 foi um ano foda para mim, principalmente o primeiro semestre. Depois de um longo período de estagnação total, resolvi dar um rumo pra minha vida e, nestes casos, de mudança abrupta, temos duas possibilidades: ou uma aparente boa oportunidade que cai no colo, ou fazer aquilo que sabemos fazer. E no meu caso, parecia que tudo se acertava, uma oportunidade de ser sócio em um escritório de advocacia de Campinas que iria abrir em São Paulo, com grande know-how e clientela. Encurtando a história, em seis meses tudo que estava complicado ficou muito pior, e eu acabei sem grana, sem patrimônio, com um monte de cheque sem fundo e uma bucha na mão.
Lembro como se fosse hoje que eu tava no escritório que eu tinha alugado com outro cara, que também foi enganado, olhando pra tela do computador, totalmente perdido, imaginando o que eu iria fazer da minha vida, quando a Carol (com quem na época eu nem tinha tanta amizade ainda) me perguntou se eu estava interessado numa vaga no IPSO, onde ela trabalhava.
Eu comecei a trabalhar lá, num ambiente que me fez muito bem naquele período de extremo estresse, e me inseri em um novo (velho) mercado, o de tecnologia. E assim os caminhos começaram a se abrir pra mim. O dia que ela me chamou? 01 de julho de 2009.
Foi então que meu ano realmente começou e as coisas começaram a dar certo pra mim. Certo, ainda tinha muita bagagem anterior e outras coisinhas novas, mas é injusto dizer que foi um período ruim, prefiro acreditar que foi um período de aprendizado.
E este período durou até ontem. Aprendi muito coisa, de boas e de más maneiras, mas é assim que funciona a vida. E mais engraçado ainda é que têm momentos da nossa vida que estamos mais acessíveis às pequenas dicas que recebemos, e conseguimos assimilá-las bem. Incrível que coisas, apesar de óbvias, passem tanto tempo despercebidas, quando estamos sem foco.
Assim, meu ano começa. E resolvi começar com coisas práticas. Ontem vi um filme que, aparentemente, era bobinho, mas que acabou tendo uma puta sacada: quase no final dele, com um casal aparentemente apaixonado, a menina fala para o cara escrever uma carta explicando porque amava ela e que ela faria o mesmo. De posse delas, eles enteraram ao pé de uma árvore, para serem lidas exatamente um ano após (claro, a sacada não é só essa, e sim o desenrolar, mas não convém contar). E, se eu quero mudar, porque não escrever uma carta com a lista das coisas que eu quero mudar em um ano, colocar num envelope e datá-lo para 01 de julho de 2011? Foi o que fiz.
É óbvio que essas datas não valem nadas, são instituições do homem e, paralelamente ao 'calendário oficial', existem diversos outros, quase todos políticos, sem o mínimo de fundamento astrológico ou espiritual, mas quem faz as nossas datas somos nós mesmos, e eu decidi, novamente, fazer desta a minha. Que bons ventos me guiem para mares tranquilos e emocionantes. E com tesouros, porque ninguém é de ferro e ganhar dinheiro é bom!
2 comentários:
Acho que farei uma carta dessa o que acha? rsss. Parabéns pela coragem de mudar de foco, de seguir um caminho diferente do que esperava e planejava, menino corajoso, nem sempre é tão fácil dar um primeiro passo não? Muito bom o post, me foi muito útil. Um beijo!!!
Deus te (nos) ouça. amém!
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