Se tem uma coisa com que eu sou chato pra caralho (mais do que o normal) é com música. Eu não escondo que sou um pouco radical, que só ouço o que eu gosto e que me sinto extremamente desconfortável em ambientes os quais a música não é do meu agrado. Somado a isto, sou pouco ou quase nada aberto há novos estilos musicais, especialmente os regionalismos, acho tudo a mesma coisa e não tenho paciência.
Carnaval pra mim, desde quando deixei de ser adolescente (na época, eu ia para 'o clube' todas as noites, enchia a cara e tentava pegar quem me desse bola), passou a ser um período de retiro. Onde fosse mais distante e isolado de qualquer coisa que lembrasse o Carnaval, lá estava eu. E, se não desse, eu me escondia em casa mesmo, fazendo porra nenhuma.
Porém, neste último domingo fui convidado para uma experiência nova e, até então única: assistir à um ensaio de uma escola de samba, a Águia de Ouro, pra ser mais preciso. Até pouco tempo atrás, tal seria completamente inconcebível para mim, mas as meninas aqui do trabalho quiseram ir, me convidaram e eu, que estou tentando deixar de ser cuzão, fui.
Fora a companhia agradável e a cerveja, eu fiquei entusiasmado com a bateria. Nem era uma bateria muito grande, duvido que chegavam a 100 integrantes, mas o som, a altura, a intensidade me impressionaram. Lembro que já que entrei, me aproximei e fiquei alguns minutos chapado, prestando a atenção nos instrumentos, nos timbres, na batida.
É algo mesmo sensacional, e não dá pra ficar com o pé parado. A batida do surdo faz vibrar cada parte do teu corpo, contagia. Confesso, adorei a experiência.
Assim, voltei pra casa querendo voltar, e com a impressão que eu não sou mais tão chato quanto eu pensava ser.
3 comentários:
Aê! Agora já posso te chamar pra ir comigo ao show do Paulinho da Viola. :)
Muito bom! Quando for lá de novo, vê se avisa!
E vc adorou, cuzão (no melhor estilo Carol).
Música é bom demais! Devo confessar que ele até ensaiou uma samabdinha!!!
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