quarta-feira, junho 25, 2003

Muitas vezes não deixamos transparecer tudo aqui que pensamos e sabemos...
Peguei este post do blog da Lady Anny, que infelizmente resolveu extermina-lo.

"Há tempos atrás viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre cinco e seis anos de idade. O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura. O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva. Já Loucura era emotiva, passional e impulsiva.
Enfim, do tipo que jamais levava desaforo para casa. Entretanto, com todas as diferenças, as crianças cresciam juntos inseparáveis, brincando, brigando...
Mas houve um dia em que Amor não estava muito bem e acabou cedendo às provocações de Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia. Ela não deixava nada barato; estava furiosa como nunca com Amor e começou a agredi-lo, não só verbalmente como de costume.
Ela estava tão descontrolada que o agrediu fisicamente, e antes que pudesse perceber, arrancou os olhos de Amor.
O Amor, sem saber o que fazer, foi chorando contar à sua mãe, a deusa Afrodite, o que havia acontecido. Inconsolada, Afrodite foi até Zeus e implorou-lhe que ajudasse seu filho e castigasse Loucura. Zeus então, ordenou que chamassem a garota para uma conversa séria.
Ao ser interrogada, a menina respondeu como se estivesse com a razão: que Amor havia lhe aborrecido e que fora merecido tudo o que tinha acontecido com ele.
Embora soubesse que não fora justa com o seu amigo, ela, que nunca soube se desculpar, concluiu dizendo que a culpa havia sido de Amor e que não estava nem um pouco arrependida. Zeus, perplexo com a aparente frieza daquela criança, disse que nada poderia fazer para devolver a visão à Amor, mas ordenou que Loucura fosse condenada a guiá-lo por toda a eternidade, estando sempre junto ao Amor, em cada passo que ele desse.
E até hoje eles caminham juntos: onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência.
Tão unidos que, por vezes, não se consegue definir onde termina o Amor e onde começa a Loucura. É também por isso que se usa dizer que o amor é cego. Mas, isso não é verdade, pois O AMOR TEM OS OLHOS DA LOUCURA."