sexta-feira, janeiro 29, 2010

Cauda Longa

Resolvi neste ano de 2010 ler mais sobre assuntos relacionados à tecnologia, principalmente voltadas para o entretenimento, que é uma área que eu gosto, e para o Direito que, mesmo não sendo algo que gosto muito, pelo menos eu entendo. E o primeiro livro que eu peguei foi o "A Cauda Longa" do Chris Anderson.

O conceito que ele trabalha é aparentemente simples, mas faz muito sentido. Ele mostra como o mundo virtual alterou profundamente as relações comerciais, principalmente as relacionada à produtos que não precisam ser necessariamente físicos. É muito comentado sobre a música, que trata-se do exemplo perfeito.

Uma loja física vende a música de forma física (em CD's). Neste caso, tudo custa dinheiro (o transporte, o armazenamento, a exposição dos CD's) e, como não é possível expor muitos títulos, obviamente a escolha recai sobre os mais vendidos, em detrimento daqueles títulos mais inexpressivos comercialmente. Mas, com o advento das lojas virtuais, um novo leque se abriu. E duas vezes.

Na primeira, com as lojas virtuais que vendem o produto físico, permitiu-se uma gama maior de títulos, pois não há a exposição real dos mesmos, apenas uma tela com os dados informativos. Quando uma pessoa entra no site e escolhe um CD, o mesmo é enviado de um grande galpão, unificado, e com um custo físico muito menor.

Porém, com a evolução da tecnologia, o comércio musical atingiu um novo estágio, completamente virtual, onde as músicas passaram a ser arquivos virtuais, armazenados em um Hard Drive em qualquer lugar do mundo, podendo ser comercializadas (e transferidas) milhões de vezes, sem por isso ocupar mais espaço.

E tudo se modificou. A indústria se modificou, pois teve que mudar a maneira de gerir teus negócios, vez que esta nova modalidade de comércio é afetada diretamente pela tão criticada pirataria. Os músicos mudaram, pois a divulgação se torna cada vez mais fácil e mais barata, permitindo o surgimento de artistas de regiões e estilos até estão inexistentes comercialmente. Os periféricos e agregados mudaram, pois mudou-se a forma de divulgar a música, de cobrir a mesma, saindo daquele universo até então restrito do "artista vende muito CD e toca na rádio". Tudo teve que se modificar, se modernizar.

Mas o fator mais importante disto tudo é que o mercado parou de ser restrito para se tornar infinito. As restrições físicas praticamente caíram por terra e qualquer pessoa pode jogar na rede seus trabalhos, decidindo o quanto e se quer cobrar por ele. Os grandes vendedores desapareceram, pois uma coisa era competir num universo de 10, outra é competir num de 10.000. Claro que os procura aumentou, mas não na mesma proporção que a demanda. E a tendência é esta progressão ser cada vez maior.

Se você toca música celta cantada em paquistanês, com certeza alguém, em algum lugar no mundo, vai ouvi-la, e isto é o lindo desta nova indústria.

terça-feira, janeiro 26, 2010

Perfeições Pop

Michelle Branch - Are You Happy Now?

Now,
don't just walk away
pretending everything's okay and you don't care about me.
And I
know it's just no use.
When all your lies become your truths and I don't care.
Yeah, yeah, yeah.

(chorus)
Could you look me in the eye,
and tell me that you're happy now.
Oooh.
Would you tell it to my face or have I been erased,
Are you happy now?
Are you happy now?

You
took all there was to take,
and left me with an empty plate and you don't care about it, yeah.
And I
am giving up this game,
and leaving you with all the blame, cause I don't care.
Yeah, yeah, yeah.

(chorus)
Could you look me in the eye,
and tell me that you're happy now oooh.
Would you tell it to my face or have I been erased,
Are you happy now?
Oooh.
Are you happy now?

Yeah, yeah.
Do you really have everything you want.
You could never give something you ain't got,
you can't run away from yourself.

Could you look me in the eye,
and tell me that you're happy now.
Yeah, yeah.
Come on tell it to my face or have I been replaced,
are you happy now?
Yeah, yeah, yeah, ohh, ohh.
Yeah.
ohh oh.
Would you look me in the eye,
could you look me in the eye.
I've had all that i can take i'm not about to break cause I'm happy now.
Oooh.

Are you happy now?

terça-feira, janeiro 19, 2010

Você Acredita em Reencarnação?

Não, antes de tudo, esta não é uma postagem religiosa, pois eu não gosto disso e evito tal tema ao máximo. Eu tenho a minha crença e ponto, e eu acredito em reencarnação.

Existe uma teoria que tudo o que você viveu em vidas passadas está guardado em alguma parte do teu cérebro, uma parte conscientemente inacessível mas que, algumas vezes, dá uns 'estalos', como quando a gente vê ou está em um lugar nunca dantes visitado ou uma reencenação histórica, mas tem a plena sensação de que lá já esteve alguma vez antes, tem a certeza que conhece certa construção, ou certa situação.

Eu já senti isso diversas vezes, tenho praticamente certeza de alguns lugares e épocas históricas que eu vivi, pela sensação que tenho ao ver ou estar em certos lugares. Neste final de semana eu fui assistir ao filme do Sherlock Holmes, que se passa na Londres do final do século XIX. A retratação da cidade acabou ficando perfeita, suas ruas escuras, suas casas, a London Bridge em obras, talvez porque deram a honra de filmar as histórias de um dos maiores ícones ingleses para aquele que é, provavelmente, o diretor que melhor retrata do submundo londrino: Guy Ritchie.

Onde eu quero chegar? Eu acho a Grã Bretanha um lugar interessante, e que tenho vontade de visitar, mas não tenho a adoração por ela que algumas pessoas que conheço têm. Porém, qualquer referência à Londres obscura e decrépita dos anos 1800 me fascina de uma forma inexplicável. Eu sempre tive uma curiosidade absurda pela história do Jack o Estripador e outros histórias contemporâneas, e uma das coisas que eu vou fazer em Londres, quando for, será um passeio para conhecer estes lugares, que preservam a arquitetura característica da época.

Por isso e por tudo, eu sinto que vivi naquela época, não sei em que momento específico, nem em qual situação, mas eu simplesmente sei. E tenho outras sensações ou experiências semelhantes.

Quando eu fui para Toronto, foi algo muito estranho. Já tinha visitado outros lugares antes, mas nunca me senti tão confortável e adaptadoà nenhum deles como lá. No meu terceiro dia, eu estava voltando para a casa que eu fiquei, estava escuro, nevando e entre o ponto de ônibus e lá a caminhada era de aproximadamente uns 20 minutos. Conforme eu ia caminhando e olhando em volta, eu sentia que como se eu morasse lá há anos. A mesma sensação eu tive diversas e diversas vezes durante o tempo que fiquei lá, era uma absoluta sensação de volta à casa.

E outros lugares me despertam esta sensação, de uma maneira mais remota, tal como o Egito na época dos Faraós e a Romênia, numa época incerta e não sabida. Com certeza já vivi outras reencarnações em outros lugares, mas estas me são muito claras.

Acreditar ou não? Isto depende de cada um...

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Jogos de Azar

Existe aquela piada do cara que vive pedindo uma forcinha para que o Santo o ajude à ganhar na loteria, até que um dia este se cansa e diz que ajudaria muito se o cara pelo menos jogasse. É mais ou menos o meu caso, muitas vezes eu fico pensando que seria bom ganhar uma grana na loteria, ou em algo do gênero, mas quem disse que eu jogo?

De todos os vícios que eu poderia ter, definitivamente o último seria no jogo. Nunca tive muito saco para isso, estas coisas de arriscar, apostar, contar com a sorte, e acho que não existe um motivo muito claro para tal. Não jogo na loteria, não preencho cupons de lojas e supermercados, não mando SMS's para concorrer à carros, nem de 'concursos culturais' eu participo.

Quando a onda dos bingos explodiu no Brasil, eu passei incólume pela mesma. Tinha um desses bingos, enorme, na esquina da minha casa, e eu devo ter entrado nele umas duas vezes, já que abriu, porque o povo queria jogar, e era nas máquinas. Entrar na parte de bingo propriamente dita eu nunca entrei.

Na verdade, a única vez que eu entrei e permaneci num ambiente destes foi em 1998, quando eu estava na Argentina, era o jogo da final da Copa do Mundo, e o único lugar que iria passar o mesmo era num cassino. Para ter uma noção no meu nível de desprendimento, antes da final começar, eu comprei uma meia dúzia de fichas, para passar o tempo, e fui brincar naquelas maquininhas que vemos nos filmes, onde se puxa uma alavanca e os símbolos começam a girar, precisando parar iguais para ganhar. Na minha última ficha eu puxei e nem sei porque fui embora, até que fui chamado pelo segurança do lugar, que me deu um copinho com um monte de fichas, que eu havia ganho - e nem sabia! Tinha 25 pesos, e foi a única vez que eu ganhei algo.

Cerca de uns seis meses atrás, peguei um livro que tinha em casa, já meio antigo, para finalmente ler, e dentro dele tinha um cartão da Mega-Sena, com dois jogos preenchidos. Pensei, então, que poderia ser um sinal, que eu poderia ganhar alguma coisa, e decidi que iria usar aquele jogo. E usei, como marcador de página, até terminar o livro. Então, começou o papo da Mega-Sena da virada e toda essa coisa, e mais uma vez achei que poderia ficar rico usando aquele cartão.

Retirei o mesmo do livro, já finalizado, coloquei na minha carteira, e lá ele ficou, até este ano - obviamente, não joguei na Mega-Sena da virada. Até que, semana passada, no mercado, vi uma casa lotérica e decidi jogar. Dei o cartão, paguei R$ 4,00, peguei o jogo feito e guardei os dois no bolso da calça. Fui ao mercado, fiz minhas compras, voltei pra casa, guardei tudo e comecei os afazeres domésticos, que, entre eles, era lavar minhas roupas.

Mais tarde, saí para fazer algo na rua e, de repente, tive um estalo: cadê o meu jogo? Cheguei em casa, procurei na carteira, no meu quarto, em todos os lugares que o mesmo poderia estar, e nada. Daí lembrei da calça, que tinha sido lavada. Fui ao varal, procurei no bolso e, a única coisa que tinha era um monte de papel triturado e molhado. Lá se foi meu jogo e, pior, os números.

Daí desisti. Era realmente um sinal, de que eu não devo perder meu tempo jogando em Loterias.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Chocolates

Toda vez que eu comento de chocolate com alguém, seja pessoalmente, seja no Twitter, um monte de gente 'discute' comigo. E o motivo disto é que eu adoro chocolate vagabundo.

Tá, se você for me falar de um chocolate de alto padrão, um suíço ou belga, vou dizer que até eu que sou tonto gosto, mas os chocolates normais, estilo Nestlé, Garoto, Lacta (olhe, chocolate ao leite, não aqueles recheados e tal, porque daí é diferente), eu nem gosto muito, gosto mesmo é de porcaria, daqueles hidrogenados, os guarda-chuvinhas, os peixinhos, as bolinhas, que eu comi desde que era criança.

A minha marca de chocolates preferida sempre foi a Pan, eu adorava os chocolates deles. Adorava porque, deu um tempo pra cá, eles tentaram adaptar o seu sabor àquilo que a maioria gosta e perdeu um pouco o seu gosto característico, o que me decepcionou um pouco.

Certo, eu não sou um chocólatra, então acho que não tenho direito de falar muita coisa...

terça-feira, janeiro 05, 2010

Perfeições Pop

JET - EVERYTHING WILL BE ALLRIGHT

Tell me everything
Tell me everything
Everything will be alright
It's gonna be alright

Tell me everything
Tell me everything
Everything will be alright
It's gonna be alright
They'll never hurt you again

Now where to run no end in sight
Tell everyone that you are right
Yeah

Tel me tel me again will it ever end
Nothing seems to come out right
It doesn't come out right
Ain't it the truth

No where to run no end in sight
Tell everyone that you're are right
All of this life I never meant to tell a lie
And if I can hold I tell you its alright

No where to run no end in sight
Tell everyone that you're alright
All of this life I never meant to tell a lie
And if I can hold I tell you its alright

And if I can hold I tell you its alright

E Foi Dada a Largada

Começou um novo ano, e no começo de ano todo mundo mete-se a fazer as suas resoluções: emagrecer, praticar um esporte, trocar de emprego, comprar um carro novo, fazer a viagem dos sonhos, voltar a estudar, casar. Certo que durante o ano muitas coisas não se concretizam, algumas em detrimento de outras não planejadas, mas é assim que a vida funciona.

Mas qual o motivo do povo fazer isto no início de um ano e não, por exemplo, em 15 de agosto? É o efeito psicológico mesmo, a muleta que nós precisamos para mudar algo que nos incomoda. Faz bem pensar que com a mudança de ano, acaba-se um ciclo e deixa-se para trás as coisas ruins que aconteceram conosco, como se uma borracha fosse passada e pudéssemos recomeçar do zero.

Certo, sabemos que não é assim que funciona, mas o que custa acreditar nisso um pouco para mudar algumas coisas que deram errado? No meu caso, posso dizer que 2009 foi um inferno astral ininterrupto, e que fora duas ou três coisas muito boas, as demais foram desastrosas, motivo pelo qual eu me agarrei na crença de 'ano novo, vida nova' para fazer meu 2010 diferente.

E sabe que está funcionando? Nestes poucos dias eu já percebi alguns caminhos se abrindo, o que é legal, pois isto significa que o universo está se mexendo e, desta vez, a meu favor. Se a vida é cíclica, acho que chegou a minha vez de ficar por cima de novo.

Ótimo 2010 para todos. E com licença que eu vou completar as minhas resoluções de ano novo.