Banheiro do Chico Bento

Hoje quando eu desci da cama e veio aquele vento gelado, percebi que o bicho ia pegar, ou melhor, ia congelar. Estava tão frio que até pra trocar de roupa estava foda. O pior de tudo é que meus pais - e, temporariamente, eu - moram numa chácara, no meio do nada de uma cidade nada, num total descampado cercado de materia prima de biocombustível - aka cana - por todos os lados, o que significa que faz um frio do cacete!

Então, lá vou eu caminhando naquele piso frio, quase um picolé, pegar a roupa pra trocar e essas coisas. Nem dá para tomar banho pela manhã.

Taí uma coisa foda! Eu gosto de tomar banho pela manhã, para acordar e tal, devido à minha enorme dificuldade de funcionar nesse horário mas, quando eu olho pela janela, vejo aquela névoa e eu lembro que teria que tomar banho no banheiro do Chico Bento, daí eu desisto.

Para quem acompanha o gibi, o banheiro do Chico Bento é numa casinha fora da casa e aqui é praticamente a mesma coisa. Não que não tenha um banheiro dentro de casa, até tem, mas por causa de leis da física que eu não entendo, a pressão da água no chuveiro é inexistente então nem vira. Dessa forma, tomar um banho significa encarar uma caminhada de ida e volta de uns 70 metros cada percurso até o vestiário onde o chuveiro funciona.

Desse jeito, não tem gripe que cure. Portanto, banhinho quente só para dormir.

Tente Outra Vez

O que é uma banda senão uma desculpa socialmente aceitável para se tomar cerveja num domingo às 10 da manhã, antes mesmo do café da manhã?

Eu “aprendi” – porque na verdade eu não aprendi até hoje – a tocar baixo por volta dos meus 20 anos, quando eu ia à casa do Ricardo e ficava vendo os caras tocarem e pagando pau, até que, um dia eu fui falar com o Fabrício, que tocava baixo pra caralho antes de começar com frescura e parar de tocar e pedi para ele me ajudar a comprar um baixo e me dar uns toques. E sim, um dos motivos para eu escolher o instrumento é que parecia o mais fácil de todos.

Nestes mais de 10 anos eu já toquei, parei, voltei a tocar, voltei a parar e “re- voltei” a tocar, estou na minha terceira banda e adoro o meu instrumento, não me vejo tocando guitarra nem a pau, é muito sem glamour, o baixo tem muito mais pegada, swing, ritmo que qualquer outro instrumento, tanto que se um gênio aparecesse para mim e falasse que eu poderia escolher a aprender a tocar qualquer instrumento, eu com certeza pediria pra aprender tocar baixo de verdade. E pra ser sincero, acho que foi a única coisa que eu conquistei por pura persistência, pois não tenho dom nenhum para a música, mas um dia cismei que queria tocar e cá estou eu.

Mas nesse fingimento, esse humilde “wannabe bass player” vai levando as coisas, tocando reto, com poucas firulas – principalmente porque até hoje eu não aprendi as escalas – e atravessando o bumbo de vez em quando. Tanto que, pela primeira vez, de um ano para cá, estou com uma banda que compõe músicas e quer tocar em algum lugar pra alguém ouvir, mesmo que isso signifique queimar o filme.

Até porque queimar o filme é algo que a gente não se preocupa, afinal que banda que consegue beber até cair no meio de um ensaio-balada, contar piada pra preencher o tempo do show, dar showzinho depois de um show com evasão escolar, tocar com um cone na bateria, ir atrapalhar o ensaio das outras bandas e ainda gravar uma demo?

Daí vem neguinho e pensa: “meu, os caras devem ser foda, pra comporem em escala industrial e essas coisas”. Mal sabem que é mais fácil compor, porque daí ninguém tem como dizer que estamos tocando errado nem estragando as músicas dos outros.

E domingo sim, domingo não, estamos lá no Mad pra nossa sessão terapêutica quinzenal, tomando nosso suquinho e rindo sem parar. Claro, se pintar um show nesse meio tempo, melhor, desde que tenha cerveja na faixa e ninguém jogue tomate na gente.

Menino Aranha

Estava eu sábado a noite andando no Shopping quando minha irmã liga perguntando se eu tinha o filme do Homem Aranha para o meu sobrinho, porque o molequinho tinha acabado de assistir ao filme na tv e adorado. Pouco tempo depois ela me liga novamente, dizendo que ele tinha colocado uma meia calça na cabeça e dizia que era o Homem Aranha! E me mandou uma foto para eu ver, hilária!

Não tem como não dizer que ele é meu sobrinho!

Fim dos Tempos

Faz tempo que o M. Night Shyamalan não faz um bom filme. Bem, para dizer a verdade, desde o Sexto Sentido a única coisa que ele consegue é não fazer boas histórias virarem bons filmes. E no domingo fui com a patroa ver o novo dele, o "Fim dos Tempos".

Esqueçam o filme, mas a história para mim está muito real! Essa teoria da natureza se rebelar contra o homem é muito plausível, e na verdade eu acho que já está acontecendo. Vocês viram que nesse final de semana prenderam mais um maluco dirigindo na contra mão da Imigrantes?

Loucos dirigindo na contra mão, crianças jogadas pela janela, atiradores homicidas-suicidas, o mundo está entrando em parafuso.

Definitivamente, a natureza está de saco cheio da gente!

Hulk Esmaga Homenzinho

O Verdão (super-herói, não o time) nunca foi meu personagem preferido, nem quando verde, nem quando cinza, nem quando burro, nem quando inteligente, mas foi personagem de algumas boas histórias. Porém, diferentemente do primeiro filme lançado alguns anos atrás, eu me senti seriamente tentado à assistir esse filme que entrou em cartaz semana passada.

O motivo não tem nada a ver com ator, diretor, locação ou o que seja, porque eu não sou muito ligado a esse tipo de informação, mas por dois - grandes - motivos. O primeiro é que esse é feito diretamente pela Marvel, o que significa que não somos mais obrigado a ver adaptações sofríveis, mudanças ridículas na história dos personagens nem mutilações mil.

Mas o segundo motivo é o principal. Com as rédeas tomadas pela Marvel, os filmes a partir de agora serão, aparentemente, intercambiáveis, formando um universo único, tal qual nos quadrinhos, e isso já foi possível perceber no filme do Homem de Ferro e veio a ser mais claro agora, no Hulk. Pequenos detalhes que passam despercebidos para a grande maioria, mas que arrancam um sorriso nada discreto de todos os fãs da Marvel.

Soro do supersoldado, S.H.I.E.L.D., Nick Fury, organização de super seres.

Agora é fazer as apostas sobre quais virão a seguir. A deixa do Capitão América já foi dada, mas pode ter certeza que muitos virão.

E mais alguém, aqui ou em qualquer lugar, percebeu o Líder surgindo? É, estou adorando essas informações subliminares.

Alteração

Se dizer que esse blog nasceu para ser sobre listas é exagero, posso dizer tranquilamente que elas foram, por muito tempo, parte recorrente daqui. Listas dos mais e dos menos, dos melhores e dos piores, afinal é um exercício divertido. Porém, mais divertido ainda é alterar algumas das listas, como a que eu estou por fazer.

Hoje, dia 16 de junho de 2008, minha lista Top 3 dos "shows que eu preciso ver antes de morrer" é composta por:

- Muse
- Radiohead
- Foo Fighters

E não é que, na sexta-feira, eu recebo a notícia de que o Muse está com shows marcados e - pasmem! - confirmados no Brasil? Sim! Três apresentações! O meu dinheiro já está com a Alê e quero garantir pelo menos o show do dia 31 em Sampa, mas estamos fazendo as contas para, se possível, embarcarmos ruma à capital federal, e curtirmos a apresentação no Porão do Rock.

Quem vai entrar no lugar deles? Ainda não sei, mas essa é uma lista que eu adoraria mudar sempre, apesar da dor no bolso que ela causa.

Baile de Debutante

15 anos atrás a fila acabou. E da maneira mais gloriosa possível, com um 4x0 sobre a gambazada, com direito à expulsões, prorrogação e reclamações. Estádio lotado, choro e alegria. Evair, Zinho, Cesar Sampaio, Edmundo.

Parabéns para nós. Hoje é nosso baile de debutante.

Mas, e no Final? Ele Resolve?

Se o futebol tem uma enorme dose de misticismo, com certeza a posição que mais faz valer isso é a do goleiro, afinal, onde ele joga, nem a grama nasce. Além disso, ele é o jogador mais vulnerável aos sabores da sorte, ou dissabores do azar.


Exatamente por isso, no meio futebolístico, dividir os goleiros entre bons e ruins não é um pouco vago, o correto é dividi-los entre com ou sem estrela.

E ontem o Felipe provou, definitivamente, que é um ótimo goleiro, mas sem nenhuma estrela. É daqueles que defende pra caramba, fazem milagres, aparecem para a torcida mas, na hora que mais precisam dele, uma falha aqui, outro gol defensável ali, e pronto, o time se ferra. Meu pai chama isso de goleiro que chama gol, e é bem isso.

Antes que começem a falar algo, apesar de ter sido um excelente goleiro no último Brasileiro, os gambás foram pra segundona e, nesse caso, perguntem-se: melhor um time com um goleirão na segunda ou com um frangueiro que não tenha caído? E antes ainda de dizerem que o time era ruim, era sim, mas o cara carrega nas costas o "título" de tri-rebaixado.

Provar que não consegue impedir o time de cair ele já provou, e agora chegou a hora dele provar se consegue fazer o time ser campeão. Eu já vi o Velloso fazer o Palmeiras ser Campeão Brasileiro de 1994, o Marcos nos dar o título da Libertadores, o Fábio Costa acabar com a fila do Santos, fora tantos outros goleiros como Taffarel, Zetti, Ronaldo entre outros, só para citar os brasileiros. Porém, o "grande goleiro da fiel", quando precisaram dele, o que aconteceu? Um gol defensável e um frangaço!

Sim, os gambás vão voltar pra primeira divisão, não tem como não voltar. Tá tão baba que mesmo comigo no gol (vade retro) eles iriam conseguir, mas não adianta sonhar que ele chegará até uma Copa. Bem, ele pode chegar a jogar, mas daí veremos uma reedição da Copa de 2006 (alguém falou Dida aí?)

My World is Upside Down

Eu preciso de um emprego
Eu preciso de um bom salário
Eu preciso de um novo apartamento, perto do metrô
Eu preciso de muitos shows com a minha banda
Eu preciso de uma caixa de cerveja bem gelada
Eu preciso dos meus amigos
Mas eu preciso mais do que tudo de paz

Futebol e Sexo

Ontem a noite eu estava num bar em Americana assistindo ao jogo dos Gambás contra aquele rubronegro pipoqueiro com o Ricardo quando ele soltou a frase célebre que cabe perfeitamente bem nesses momentos: "gozar com o pau dos outros é foda". Ele tinha toda razão, pois a única coisa que a gente estava fazendo era (tentar) secar os Gambás - o que é complicado quando o outro time não colabora, mas eu, num daqueles momentos inspirados que apenas alguns copos do mais puro chopp artesanal propicia, saí com essa:

"Não é bem assim, pense mais como se fosse um filme pornô, onde não é você comendo, mas pelo menos se diverte" (ou alguma coisa assim, querer que eu me lembre de tudo é demais).

E na verdade é assim que funciona, pelo menos para mim. Eu comemorei o gol do Washington contra os Bambis e comemorei o do Enilton ontem também. Claro que não é a mesma coisa que comemorar um gol do Palmeiras numa decisão ou num jogo decisivo, mas é uma boa sensação.

Afinal, não é todo dia que a gente tem sexo, então precisa se virar com os pornôs da vida...

O Filho Pródigo

Depois de 6 anos de criação, alguns deles no limbo, eu retorno ao Blogspot, site que eu havia abandonado no final de 2002 por problemas técnicos. O Blogger incorporado pelo globo.com parou no tempo e o Blogspot tornou-se infinitamente melhor e mais fácil de ser utilizado, o que motivou o meu retorno.

De agora em diante, eu vou tentar manter esse aqui atualizado. O meu objetivo é postar de 2 a 3 vezes por semana e colocar linkado nessa barra lateral os meus contos, que serão meu objetivo literário a curto prazo.

Até a próxima.

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O bom filho à casa torna