terça-feira, maio 25, 2010

The Lost Art of Keeping a Secret

Eu sou um eterno fuçador de séries. Muitas vezes eu pego uma, pela sinopse ou mesmo pelo nome, e assisto um ou dois episódios, para ver se eu gosto. Algumas são ruins e logo são jogadas no lixo, as vezes antes de terminar o primeiro, mas algumas são muito boas.

A última 'descoberta' foi Life UneXpected, uma série que eu não dava nada, até porque o cartaz dela teve a 'grande' idéia de dizer ser 'uma mistura de Gilmour Girls com Juno', fato que me afastou por um tempo, porque eu imaginava que era muito #mimimi, até que eu fiquei sabendo que a Erin Karpluk (Being Erica) trabalhava na série. Daí resolvi dar uma chance.

A história é básica, nada demais. Um casal faz sexo uma única vez, aos 16 anos, engravida e dá a criança para adoção. Outros 16 anos se passaram e a criança-agora-adolescente aparece se identificando e pedindo a assinatura de um documento de emancipação, pois ninguém a adotou. Com isso, a vida dos dois, um dono de bar imaturo e falido e uma famosa, bem sucedida e amarga radialista, vira de cabeça para baixo.

Roteiro simples mas bem amarrado, situações leves e deliciosas, dramas e mais dramas. Eu gostei muito do resultado, tanto que em 2 dias eu vi 5 episódios (4 em seguida) e o resto já está no forno. Mas o que mais me pega nestas séries (e ultimamente isto acontece muito mais do que em filmes) são que elas me fazem pensar na vida, nas coisas que acontecem ou aconteceram e eu, quando menos espero, vejo lá um pedacinho da minha vida e dos meus dramas, e me teleporto para dentro da tela. Daí começa todo aquele processo imaginativo, e minha mente funciona a mil por hora.

Eu gosto disso, pois eu sem imaginação e sem sonhos não existo, além do que também preciso de estímulos exteriores para pensar na vida, e nas coisas ao redor dela.

sexta-feira, maio 21, 2010

Futebol é a Minha Insônia

Ontem a noite eu estava quase dormindo, tentando assistir House mas mais pescando que outra coisa, até que desisti. Desliguei o DVD e, só por curiosidade, coloquei no jogo do Flamengo e do Universidade, mais para saber mesmo quanto estava o jogo. Era o começo do segundo tempo e o começo da minha 'insônia'.

Pronto, acordei! E olha que o jogo nem estava muito bom. E, principalmente, eu não tinha interesse nenhum no jogo, apesar de torcer pro Flamengo perder (não tenho esta história de 'Fulano é o Brasil na Libertadores'). Mas já era, comecei a assistir e lá se foi meu sono. E pior, quando acaba o jogo, eu ainda demoro uns bons 20 minutos para me desligar.

Isto quando não é jogo do Palmeiras, por daí a situação complica mesmo! Lá se vai uma hora pra desligar quando é uma partida normal e, pelo menos duas horas quando o jogo vale algo. Pior que normalmente eu vou dormir com raiva, porque o time não colabora.

Pior que eu tento evitar, mas não tem jeito, tem jogo bom na tv, lá vou eu assistir, e demorar pra dormir depois.

segunda-feira, maio 17, 2010

O Que Já Era Bom...

...consegue ficar ainda melhor:


domingo, maio 16, 2010

Réquiem para um Sonho (um adeus)

Eu não lembro exatamente quando foi, acho que foi por volta de 1997, quando eu tinha 20 anos. Já era apaixonado por música, mas era um completo leigo. Vivia na casa do Ricardo, que ensaiava num quarto da casa dele com os primos e, um dia, o Fabrício, que as vezes tocava com eles, falou que nem poderia mais, pois estava com outra banda e tal, e no meio da conversa, o Ricardo me perguntou porque eu não aprendia a tocar baixo. Eu, que não tinha muito idéia o que era um baixo, entrei na brincadeira e, com ajuda do Fabrício, comprei um baixo Washburn Lion, modelo jazz bass.

Comecei a fazer aulas e, um dia, resolvemos levar a brincadeira a sério, e passamos a ensaiar. Até que em fevereiro de 2000, numa festa de aniversário, entre outras pessoas, fizemos um pocket show, com 5 músicas. Bem longe do primor da técnica, foi até um show divertido.

Depois disso, toquei em duas bandas em Sta Bárbara, até 2002 e, depois que mudei pra São Paulo, em 2004, eu comecei a tocar com o Bresser, banda onde estou até hoje.

Foram 6 anos de banda, com muitas histórias. Tocamos covers que ninguém conhecia, fizemos shows em lugares mais variados possíveis, ensaiamos em horários absurdos, compusemos músicas muito boas, mas, acima de tudo, ficamos muito amigos.

O Bresser deixou de ser uma banda, para ser uma família. Nos divertimos, rimos, bebemos, fizemos besteiras. Fomos companhia nos bons e nos maus momentos. Apoiamos um ao outro quando foi necessário, sofremos juntos em diversas situações. Enfim, foi um período inesquecível.

Mas como tudo na vida, um dia acaba. E por mais que você ame o que faz, as vezes precisa tomar algumas difíceis decisões. Porque o Bresser cresceu, e era isso que a gente queria. Só que cresceu de uma forma que passou a exigir de mim mais do que eu poderia dar. Mais do que o 'músico' medíocre que sou poderia oferecer. E isto não é justo.

Exatamente por isso, naqueles momentos em que a gente respira fundo e consegue colocar a razão na frente da emoção, decidi tomar a dura decisão de pegar aquele mesmo Washburn, que me acompanha há 13 anos, colocá-lo no canto e, finalmente, aposentá-lo.

Muitas lembranças ficam, mas isto que é o maravilhoso de lembranças, elas nunca nos abandonam. E o que vivi nestes anos, ninguém nunca mais vai tomar de mim. Vou sentir falta dos ensaios aos sábados de manhã, das discussões com relação ao repertório, de compor, de ver uma música surgir do nada e, de repente, tomar corpo, de se preparar para os shows e, claro, de subir no palco e fazer uma das coisas que mais amo na vida: tocar.

Eu amo música, e nunca vou deixar de amar. Assim como não vou deixar de amar os caras do Bresser. Mas quem ama, quer o melhor praquilo, e o melhor pro Bresser hoje é seguir sem mim. Sei que os caras vão dar conta e vão continuar com esse legado bonito. E, mesmo fora do palco, eu sempre vou estar perto, pois um pedacinho daquilo tudo é meu, e sempre será.

quinta-feira, maio 13, 2010

All I know is that you're so nice

Na verdade eu queria escrever um conto. A idéia está formada, mas algo faz com que eu não consiga escrever mais nada, nenhum mísero conto, há meses. O cursor pisca, as palavras não vêm, só o incômodo de nada fluir pelo meu corpo, aportar nas pontas dos meus dedos e, imediatamente, virar a magia de uma história. Só o incômodo.

Mas para não deixar a idéia em branco, vai uma letra de uma música, uma letra que falará por mim neste momento de vazio literário, mas que ajuda a me lembrar que aqui dentro existe algo, que muitas vezes eu duvido existir. Mesmo que, normalmente, seja triste e contemplativo. Mas que me remete a primeira vez que a li.

All I know is that you're so nice
You're the nicest thing I've seen
I wish that we could give it a go
See if we could be something

I wish I was your favorite girl
I wish you thought I was the reason you are in the world
I wish my smile was your favorite kind of smile
I wish the way that I dress was your favorite kind of style
I wish you couldn't figure me out
But you'd always wanna know what I was about

I wish you'd hold my hand when I was upset
I wish you'd never forget the look on my face when we first met
I wish you had a favorite beauty spot that you loved secretly
'Cause it was on a hidden bit that nobody else could see

Basically, I wish that you loved me
I wish that you needed me
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three
I wish that without me your heart would break
I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake
I wish that without me you couldn't eat
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep

All I know is that you're the nicest thing I've ever seen
And I wish we could see if we could be something
And I wish we could see if we could be something

Perfeição Pop - Barenaked Ladies

Os Barenaked Ladies são um grupo canadense que faz alguma coisa que pode ser chamado de pop-rock e seu maior trunfo é a presença de palco. Os álbuns são ótimos, com canções animadas, alegres e cantantes, mas é no palco que eles fazem a diferença. 40 minutos de um show que vi deles em 2003 foram suficientes para eu sair de lá e comprar todos os CDs possíveis. E de lá para cá a minha adoração por eles só cresceu.

Porém em 2009, por problemas internos, o Steven Page saiu da banda. Para vocês entenderem, um dos trunfos era que eles eram em dois vocalistas, sendo o Steven um e o Ed Robertson outro, sendo que um tinha a voz completamente diferente do outro, e eles brincavam com este dueto. E no começo deste ano eles lançaram 'All in Good Time', o primeiro sem o Steven.

Parei ontem para ouví-lo e, na primeira audição achei bem legal, mas mais calmo, sossegado, com poucas canções com a vibe BNL e, com isso, não consegui concluir nada. Hoje cedo, vindo para o trabalho, ouvi novamente e finalmente cheguei a alguma conclusão.

Não é o melhor álbum deles, bem abaixo da obra prima 'Stunt', mas não deixa de ser um álbum bom. E sim, perdeu boa parte daquele 'up' que eles tinham, flertando mais para o pop-rock melodioso do que para as canções trabalhadas e 'confusas', com vocais rápidos e batida animada. Porém, no meio destas, está a pérola 'You Run Away', que é para mim, até agora, a mais bela música de 2010. É linda!

Ps: para quem não sabe, é do BNL a canção de abertura do The Big Bang Theory. Se situaram?


You Run Away - Barenaked Ladies

You run away
You could turn and stay
But you run away from me

I tried to be your brother
You cried and ran for cover
I made a mess, who doesn’t
I did my best but it wasn’t enough

You run away
You could turn and stay
But you run away from me

I’ll give you something can cry about
One thing you should try it out
Hold a mirror shoulder high
When you’re older look you in the eye
When you’re older look you in the eye

I tried but you tried harder
I lied but you lied smarter
You made me guess who was it
I did my best but it wasn’t enough

OOOOHHHHHHHOOOHHH

You run away
You could turn and stay
But you run away from me

You run away (I tried to be your brother)
You could turn and stay (You cried and ran for cover)
But you run away from me (I made a mess, who doesn’t, I did my best but it wasn’t enough)

But that’s not something to cry about (crrryyyy!)
It’s not something to lie about

You run away (I tried to be your brother)
You could turn and stay (You cried and ran for cover)
But you run away from me (I made a mess, who doesn’t, I did my best but it wasn’t enough)


terça-feira, maio 11, 2010

Ctrl + Alt + Del

As vezes a gente brinca que nosso cérebro parece um computador, hoje um Vista, mas já foi um XP, um 3.1, um DOS. Que a gente não consegue processar duas coisas ao mesmo tempo sem dar pau em uma, que quando estamos numa janela e vamos abrir outra, fica aquele tempo que não faz uma coisa nem outra, um branco total, que o cérebro trava mesmo, e daí não resolve fazer nada.

E exatamente por isto que as vezes (ou quase sempre) a gente gostaria de poder dar um boot no cérebro, começar a funcionar de novo, com toda memória liberada. Só que a gente não pode. Não é tão fácil assim.

Mas as vezes a gente consegue fazer algumas coisinhas assim, como desinstalar um software desnecessário, ou apagar alguns cookies, um drive incômodo. E acho que consegui isso de uns dias pra cá. Acertei alguns focos, resolvi fazer valer aquela listinha que eu fiz no começo do ano de resoluções para o ano novo (que já não é tão novo assim).

Estou ficando menos tempo ocioso na internet, entrei na academia, estou comendo menos tranqueira e bebendo menos, joguei umas coisas velhas fora.

Sei lá, as vezes a gente tem que fazer alguma coisa, ?

segunda-feira, maio 03, 2010

Aconteceu em Porto Alegre


Que eu adoro futebol isto não é segredo para ninguém. Que eu adoro o Palmeiras ainda mais que o futebol em si é outro fato, mas isto não me impede de apreciar o futebol. E quando eu falo 'futebol', eu acho que me diferencio da maioria, pois eu não sou o maior fã do futebol arte e pra mim ele é um esporte, não um espetáculo.

Mas tá, a questão é que neste domingo, sem Palmeiras jogando, eu fui com a Carol assistir ao Gre-Nal da decisão do Gauchão num bar lá pros lados de Santo Amaro, com a torcida do Grêmio em São Paulo. O lugar estava lotado de gaúcho, pois reconheço que deve ser foda morar em outro Estado, longe dos seus e, principalmente, longe do seu time. Assim, qualquer oportunidade de se reunir é mais que válida.

O jogo foi disputado, o Inter ganhou mas não levou, na soma dos placares, o que deu o título para o Grêmio. Apesar das dificuldades, a gauchada não parava de cantar um minuto, o que eu acho bacana, apesar de não consigo, quando fico nervoso, fico quieto, mal converso.

Ao final, valeu a experiência. Claro, não era o Palmeiras jogando e, principalmente, sendo campeão, mas me diverti muito, afinal, com futebol, cerveja e amigos, quase tudo fica bom, e assim, por uma tarde, me senti em Porto Alegre. Ou qualquer outra cidade gaúcha.

Ps: uma coisa que não posso deixar de citar é que eu não me lembro de, alguma vez na minha vida, ter visto tanta mulher bonita num espaço tão pequeno. Sem palavras.