segunda-feira, outubro 26, 2009

Em Um Sábado Ensolarado

I will not go
Prefer a feast of friends
To the giant family


Em 1999 eu estava terminando a faculdade, tinha um grupo de amigos legais e comecei a namorar uma menina. O namoro até que durou bastante tempo, mas acabou. Porém, deste relacionamento eu herdei o melhor espólio de qualquer outro que já tive até hoje: três grandes amigas. Elas se juntaram ao nosso grupo imediatamente e logo nos tornamos inseparáveis.

Durante este dez anos fiz e perdi incontáveis amigos, mas sempre mantivemos um tipo de um núcleo, que tenta não perder o contato e que, sempre que possível, se encontra para falar besteira, contar histórias e se divertir.

Histórias é o que mais temos, histórias de bebedeiras principalmente, as quais não cansamos de relembrar, para desespero dos agregados. Mas muito mais do que isso, criamos uma amizade que se mostrou que vai se perpetuar para sempre, independente do que aconteça.

E neste sábado, um novo capítulo foi contado: o casamento da Lara. Foi o primeiro casamento de fato de um de nós, após diversas tentativas fracassadas, e justo da mais novinha. Mas não importa, o importante é que sábado cedo, estávamos lá (e, pra variar, os primeiros a chegar): eu, Du, Israel, Marina e Laís (faltou o gordo anti-social do Bacchin).

Bebemos, comemos, rimos, tiramos fotos, cornetamos, falamos mal das pessoas e de nós mesmos, relembramos histórias, fizemos trabalho pra Má engravidar, roubamos os banners indicativos do lugar da festa e, principalmente, nos divertimos muito. E nos emocionamos. Nos conhecemos novos e, sem exagero, crescemos juntos. Crescemos etária, mental e emocionalmente juntos e, quando chega numa data como essa e você vê olha para o lado e vê seus melhores amigos lá, é uma coisa inexplicável.

Tenho grandes amigos, mas não tenho um grupo de amigos tão especiais como este, pois, juntos, passamos pelos melhores e pelos piores momentos, e isso apenas nos fortaleceu. E por isso que eu amo essas pessoas!

E que venha o próximo casamento, aniversário ou simplesmente uma desculpa qualquer pra beber e conversar.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Quero Muito Tudo Isso

quinta-feira, outubro 22, 2009

1.a Bresser Fest

IMPERDÍVEL - republicando

Quem quiser, eu tenho ingressos pra vender, por R$12. Na hora vai estar mais caro, não sabemos ainda quanto

quarta-feira, outubro 21, 2009

Pesadelo

Eu ainda acordo no meio da noite, assustado. Sonho ainda com aquelas paredes amarelas e frias, o chão duro e o silêncio. Preciso abrir os olhos uma, duas, três vezes para ter certeza que não mais estou lá. Para ter certeza que as paredes não estão lá, nem as grades. Acordo angustiado, com medo, suando frio. Acordo como quem acorda de um pesadelo real, daqueles que você sente o frio e o odor. Taquicardia, frio na espinha, lágrimas nos olhos. É como o pesadelo que não se dissipa no ar como a névoa, mas sim que impregna na alma, como gordura, que não quer sair, por mais e mais que se tente. O tempo diminui seu incômodo, mas não elimina suas sarnas nunca. Os pesadelos são reais, quase táteis. Mas eu acordo e olho para o lado, depois da terceira piscada, toco a minha cama, minhas paredes brancas e respiro fundo. Respiro o ar puro e doce da minha vida real. Então me deito e volto a dormir. Sem pesadelos desta vez.

terça-feira, outubro 20, 2009

Quando o Passado Convive Com o Presente

Tempos atrás escrevi um post sobre pessoas que só conseguem enxergar o passado no futebol, que futebol bom era o de outros tempos, que agora tudo isso é uma bosta e etc.

Só que isso é uma constante em todos os campos. Temos a infeliz mania de achar que tudo o que é bom é aquilo que conhecemos quando novos, e que tudo o que vem depois não presta mais, independente da qualidade que venha a ter.

A discussão mais insuportável é no campo musical. Me irrita neguinho vir dizer que o rock acabou nos anos 70, que banda boa era Led, Sabbath, Purple, Stones e que depois deles nunca mais nada que presta apareceu. Tá certo, eu gosto de muita coisa mais antiga, mas os anos 2000 nos deram muita coisa boa, como Coldplay, Muse, Killers, Kings of Leon, Keane entre diversas outras.

Mas vemos isso em diversos outros campos culturais e artísticos: cinema, teatro, desenhos, programas de humor, quadrinhos.

Essa coisa de viver no passado demonstra, pra mim, uma estagnação mental e intelectual total. É muito mais fácil lembrar das coisas do passado com a magia que só a inocência pode fornecer, manter essa imagem ilusória na mente e simplesmente ignorar tudo o que venha a seguir.

A graça da vida é descobrir coisas novas, e isso não significa abandonar as antigas. Não é aquela coisa de substituir uma pela outra, e sim de agregar, sempre.

Novas experiências, novos conhecimentos. Abrir a mente e aceitar que a vida é muito maior do que aquela caixa quadrada dentro da qual crescemos. E também mais divertida.

sexta-feira, outubro 16, 2009

1991

Em 1991 eu fiz 14 anos. Adolescente numa cidade pequena, onda não tinha porra nenhuma pra fazer a não ser jogar bola, ou no clube ou na escola, foi longe de ser a melhor época da minha vida, tanto que trago pouquíssimos amigos deste período. Porém, este ano serviu para sedimentar a minha paixão pelo bom e velho (na época não tão velho) rock n roll.

Eu já ouvia algumas coisas, mas mais nacionais, como RPM na época do multiplatinado Radio Pirata Ao Vivo e Titãs, com o visceral e, até então, violento, Cabeça Dinossauro. Mas o caminho já estava sedimentando-se com a descoberta do Appetite for Destruction do Guns, que chegou às minhas mãos por causa da baladinha Patience, que era parte da trilha sonora de alguma novela e era figuração certa em qualquer bailinho.

Porém, 1991 foi a virada de tudo! Em um mundo sem rádios rock, MTV, boas lojas de disco e muito menos internet, obter a cópia de algum álbum era tarefa das mais árduas, mas sempre se dava um jeito. Um amigo comprava um LP ou um Cassete e gravava pra todo mundo as famosas fitinhas, que até se desmagnetizavam de tanto que eram escutadas. Talvez esta geração não tenha idéia do que é isto, mas muitos ainda lembram deste período.

Virada? Mas qual é essa virada? Fora o que eu acabei de dizer, neste ano foram lançados álbuns sensacionais e clássicos, como:

- U2 - Achtung Baby
- Soundgarden - Badmotorfinger
- Blood Sugar Sex Magik - Red Hot Chili Peppers
- Smashing Pumpkins - Gish (álbum de estréia)
- Queen - Innuendo
- Metallica - Black Album
- Nirvana - Nevermind
- REM - Out of Time
- Skid Row - Slave to the Grind
- Temple of the Dog - Temple of the Dog
- Pearl Jam - Ten
- Guns n Roses - Use Your Illusion I e II
- Legião Urbana - V
- Engenheiros do Hawaii - Várias Variáveis

Precisa dizer alguma coisa?

quarta-feira, outubro 14, 2009

Perfeições Pop

O 'Grave Dancers Union' é pra mim um dos melhores álbuns da década de 90 e provavelmente o mais subestimado. É um hit atrás do outro, só tem canções sensacionais. Uma ouvida nele me transporta imediatamente de volta à um tempo bom...

HOMESICK - SOUL ASYLUM

I want to live with you in the fifth dimension
In a dream I've never had
Cause I just can't live like this in a world like this
I just want a kiss goodbye

And we are not of this world
And there's a place for us
Stuck inside this fleeting moment
Tucked away where no one own it
Wrapped up in a haste and by mistake got thrown away

And oh, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

And though I sometimes get annoyed I know just where I'm at
This is my song of joy
And now I know there are no secret trick, no correct politics
Just liars and lunatics

And we are not of this world
And there's a place for us
Stuck inside this fleeting moment
Tucked away where no one own it
Wrapped up in a haste and by mistake got thrown away

And oh, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

And though I would not take it personally, it's just the child in me
I never really knew how much I had

Woe is me, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

sábado, outubro 10, 2009

O Livro dos Sonhos

E está aí o Paulo de volta, desta vez com uma peça infantil:




Ready

São Paulo, 10 de outubro de 2009. Eu finalmente eliminei todos os meus fantasmas. TODOS. Sabe o que é isso? Pra você pode não ser nada, mas pra mim é MUITA coisa, muita mesmo... mais do que eu posso descrever.... Leve

quinta-feira, outubro 08, 2009

...

I just don't know what to do with myself

terça-feira, outubro 06, 2009

Whatafuck?

É, tem horas que a vida enche o saco. Você faz um planejamento para ela e, de repente, tudo dá errado. Você imagina que vai chegar numa certa idade com algumas conquistas e realizações, mas daí esta tal idade chega e passa e percebe-se que todo esse planejamento não funcionou pra porra nenhuma.

O pior é que a gente sempre se decepciona com isso, pois todos os nossos planos são positivos, nunca pensamos nos obstáculos e nos acidentes que existem no caminho, porque é assim que temos que planejar, temos que nos projetar e tudo isso tem que acontecer como num conto de fadas. Mas, até os contos de fadas têm problemas, como bruxas, dragões, lobos, maçãs envenenadas. Só que a diferença destes para a vida real é que na segunda não existe 'e viveram felizes para sempre', porque o para sempre nunca dura mais do que alguns instantes.

Instantes que podem ser horas, dias, meses ou anos, mas que acabam, porque é assim que tem que ser, é assim que essa merda ou essa bênção de coisa chamada vida funciona. Cicatrizes são souvenirs que a gente nunca perde, e que nos lembram de cada acontecimento. Pro bem e pro mal.

E quando os planos não se cumprem ou, pior, quando tua vida singra por mares nunca dantes navegados nem mesmo imaginados, forçosamente nos vemos obrigados, imperativamente, a pensar nela. Não necessariamente repensá-la, mas sim entender o que aconteceu no meio do caminho que fodeu com tudo? Quais caminhos restam? São eles acessíveis ainda?

Numa hora dessa, você se encontra nos extremos. Ao mesmo tempo que os caminhos são escassos, você tem todos os possíveis para seguir, já que o seu norte falhou. Qualquer caminho é um caminho, qualquer trilha é transitável, qualquer atalho é tentador.

No olho do furacão e no meio da tempestade, uma decisão precisa ser tomada, e nem sempre temos tempo de pensar muito. E ao mesmo tempo, todas elas passam por tua cabeça, num turbilhão de sensações, emoções e imagens. Nesta hora você faz o inimaginável, pois sabe que tua vida mudou. Se você sair dali (se sair, reforçando), nunca mais será a mesma pessoa.

Auto-sabotagem, abreviar o sofrimento, heroísmo desmedido e inútil, céu e inferno, crenças revistas, lágrimas, velas acessas e derretidas, força desconhecida habitando em você.

Toda tempestade pára, todo caminha se abre, mais dia menos dia, e daí é hora de tomar uma nova decisão. Qual decisão, a decisão correta?

Quem sabe, não existe 'a' decisão correta, e cada vez que respiramos ou piscamos os olhos, estamos escrevendo a nossa história.