quinta-feira, maio 28, 2009

O Tal Lado Negro da Força

O tal lado negro da força, o lado negro da lua, o inferno de Dante. O frágil limiar entre o bem e o mal, aquele que transpassamos todos dos dias, o tempo todo. Um passo para a direita, outro para a esquerda, um passo na luz, outro nas sobras. O cinza, que não é nem branco nem preto, nem claro nem escuro.

A nossa vida não tem como ser retilínea, pois é impossível caminhar com retidão, independente em qual direção caminhe, pois os vales não são planos e os obstáculos estão em todos os lugares.

E, por mais que tentemos, muitas vezes nos devíamos do caminho que planejamos, por diversos motivos. A sombra do outro lado é maior e mais confortável, o piso é menos pedregoso. Ou simplesmente somos levados, por nós e por outros, a um sutil desvio que, a primeiro momento pode não parecer nada, mas que, após algum tempo, se faz claramente visível.

Só que vivemos uma realidade cruel, que nos molda com brasa enegrecida e exige que nos adaptemos, para não sucumbirmos.

Por tudo isso, é foda quando você para pensar e percebe que tudo isso contado aí pra cima aconteceu. Sem você perceber o couro vai ficando duro, você se deixa afetar menos pelas coisas, mas, ao mesmo tempo, perde a sensibilidade para com certos acontecimentos. Não se compadece mais tanto, não se emociona também. E, no embalo do post anterior, eu não falo isso apenas com relação aos relacionamentos, falo num contexto muito mais amplo. O mais amplo possível.

As cores não são mais tão vibrantes, os sons não vibram como costumavam vibrar, o sorriso não é mais tão alegre. Fecha-se numa ostra, torna-se egoísta. Não quer fazer tudo isso, porque dói, mas não consegue. Então, você se acostuma e aprende a lidar com isso.

Porque o mundo não apenas preto ou branco, e sim diversos tons de cinza.

terça-feira, maio 26, 2009

My Big Bang Theory

Descobri por acaso o The Big Bang Theory, em um dia, ano passado, na casa da minha irmã. Foi o episódio do 'Halo Night' e, apesar já estar na metade, ficamos eu e meu cunhado assistindo. Como eu não tinha tv a cabo em casa, passei a baixar todos para assistir e, bastaram poucos para eu me viciar na mesma.

Mas o tema aqui não é a série em si, mas o contexto, do universo nerd. Eu sei que, se alguns amigos lessem esse blog, eles me xingariam, mas como não lêem, fodam-se, posso falar toda sorte de besteira que eu quiser. Eu nunca gostei muito de estudar e não entendo porra nenhuma de física e química, o que 'aprendi' foi na época do cursinho e foi o suficiente para eu não zerar no vestibular, mas tive uma adolescência extremamente nerd, com amigos nerds, e muitos passatempos iguais aos deles.

Certo, eu jogava basquete e ia ao clube à noite nos fins de semana (quem viveu no interior sabe o que isso significa), mas não bebia, jogava joguinhos em computador, lia quadrinhos e jogava RPG. Véio, nerd pra caralho!!!

E quando o assunto é mulher, todo nerd se enquadra em um dos quatro estereótipos. Têm os que não ligam pra mulher, como o Sheldon, os que tem pânico perto de mulher como o Raj, os desesperados por mulher (e, consequentemente, atrapalhados), como o Howard e aqueles que ficam pensando um milhão de vezes pensando no que dizer para uma mulher, e que ao final são passados para trás por um cara mais cool e despojado.

Quando adolescentes, chamávamos isso de queijo, no qual o modelo era o Charlie Brown com sua famosa garotinha ruiva, mas nos anos 2000, creio que o Leonard poderia muito bem ocupar esse papel. E, pensando neste sentido, eu passei bons anos da minha vida 'produtiva' com síndrome de Leonard Hofstadter. Quantas e quantas vezes eu deixei de sair com alguém por puro cagaço, por achar que ela iria rir de mim, iria me ignorar. Quantas vezes não saí do campo do platônico.

Toda aquela merda que te ensinam quando você é criança, que você precisa ser educado, respeitar as mulheres, ser galante, somada com uma auto estima abalada (síndrome de patinho feio, esse texto tá parecendo tratado de psicologia), faz tua vida amorosa ser um área improdutiva, daquelas que o MST invade. 

Mas é foda, você cresce e percebe que não é assim que funciona. O Leonard dentro de você percebe que a Penny só está esperando você chegar nela com confiança, agarrá-la pela cintura, dar-lhe um beijo na boca de tirar o fôlego, e convidá-la para ir até tua casa. Ela não quer rodeios, ela quer ação.

E não é só isso, você descobre que de nada adianta ser o genro que toda mãe quer, se a filha não te quer. Melhor é ser aquele cara que está comendo a filha dela e que ela não gosta. É muito mais divertido e faz muito melhor pro teu ego (e pra outras coisas também).

O Leonard é um cara legal, assim como é o Charlie Brown, mas, como em tudo na vida, o campo amoroso não perdoa os bonzinhos. Não há espaço para aqueles muito respeitadores e, convenhamos, vocês mulheres podem me xingar, mas nenhuma de vocês gosta de caras bonzinhos. Vocês gostam de atitude e, queiram ou não, atitude vem num pacote onde aparecem outras 'qualidades' que não são as que eu descrevi acima, muito pelo contrário.

Se existe um adesivo escrito "mulheres boazinhas vão para o céu, e as más para onde quiserem", o dos homens poderia ser "homens bonzinhos não vão pra lugar nenhum e os maus vão pra cama com mulheres". É assim que funciona, vocês xingam a gente, mas no final só querem os que não prestam. Você tenta ser respeitador e, quando respeita os limites, é chamado de viado ou de brocha.

Um dia o jogo mudou, e eu descobri que a vida é muito mais divertida quando você perde o medo de levar um fora (até porque daí você recebe muito menos) e descobre que dá sim pra sair comendo mulheres por aí, que isso não acontece só no cinema.

Fiz coisas divertidas demais no meu passado nerd, e ainda me considero um, pelos meus gostos e tudo mais, não tenho problema algum com isto, mas torna-se muito mais divertido quando você não transporta esta nerdice para sua vida amorosa. 

Houston, We Have a Problem

É quando o relógio avisa que a noite acabou e o sol nasceu, dando início a mais um dia de trabalho. O céu está claro (bem, em SP nem sempre) e hora de acordar, levantar e se preparar para um novo dia. 

Mas quem disse que eu consigo? Eu tenho uma dificuldade absurda em acordar cedo, e meu cérebro tem uma dificuldade maior ainda de funcionar antes do sol estar a pino. Sei lá se existe alguma explicação biológica mesmo ou se é aquilo que comumente chamamos de preguiça.

Certo, agora é cedo. Muito cedo pro meu gosto mas já estou atrasado para o trabalhos. See ya.

segunda-feira, maio 25, 2009

Peguei o Gosto

Domingo foi ao jogo do Palmeiras, depois de mais de um ano. Peguei gosto na coisa, a cervejinha com amigos antes do jogo, a arquibancada, o sofrimento e a torcida. Agora, quero ir ao jogo da Libertadores, amanhã cedo irei comprar o ingresso.

quinta-feira, maio 21, 2009

Quero Muito Tudo Isso pt.3

Scarlett Johanson

Terapia

2 horas de ensaio = R$ 11,00

4 latinhas de cerveja = R$ 10,00

1 passagem de metrô = R$ 2,55

Voltar pra casa com 100kg a menos das costas = não tem preço

Há coisas que o dinheiro não compra, e apesar do mastercard não querer me dar um cartão, eu toco no Bresser, então eles que se fodam!

quarta-feira, maio 20, 2009

Star Trek 2009

Ontem fui assistir ao filme do Star Trek. Diferentemente do Wolverine, eu nunca fui muito fã desta série, tanto que não tinha idéia do que esperar, nem me lembro se assisti ao filme original, muito menos a sua história.

Certo, sempre fui meio nerd, mas nunca gostei das séries de tecnologia, ficção científica, guerra espacial, como a própria Star Trek, Star Wars e mesmo o moderno Matrix; minha 'nerdice' se restringia aos quadrinhos e à ficção medieval (LoTR, RPG...), desta forma fui ao cinema como mero e humilde espectador.

Assim, o filme que vi, de forma isenta, foi muito bom (melhor que o do Wolverine). Efeitos especiais legais, boas cenas de luta e algum humor. Valeu a pedida.

segunda-feira, maio 18, 2009

Wolverine

Fui assistir ao filme do Wolverine. Mas, já fui com um pé atrás, fã xiita que sou, desde muito antes dele ficar famoso, eu gostaria de esperar uma mistura de Origens com Arma X, mas tinha certeza não veria nada disto.

Certo, os filmes baseados em quadrinhos melhoraram muito nesta década, com adaptações muito boas e fiéis, como Homem Aranha, Batman, Hellboy até pequenas obras primas como Watchmen, mas algumas ainda deixam a desejar, apesar dos orçamentos milionários. E o Wolverine foi um desses.

O Hugh Jackman ficou mesmo muito parecido com o Logan mas, caramba, ele não é baixinho! E, fora isso, deu-se início a uma extensa e confusa colcha de retalhos meramente adaptada do universo mutante Marvel.

Primeiro, que merda é essa do Victor Creed ser irmão do Logan? Puta que pariu, isso foi foda, pegaram toda uma história de ódio e violência e amenizaram com essa palhaçada? Foi dolorido. Após, seguiu-se uma séria de incongruências, como o Logan lutando em um monte de guerras americanas, o passado dele no Japão esquecido (ignorem aquela cena estúpida pós créditos), o projeto Arma X ser americano e não canadense, entre outros.

Depois, pegaram uns personagens aleatórios e jogaram de pára-quedas na história. Se por um lado a aparição do Gambit foi muito legal (tinha faltado ele na trilogia cinematográfica), essa história matou qualquer possibilidade de vermos o casal mutante mais legal de todos os tempos, pois além de envelhecer o Gambit, deixaram a Vampira mais nova.

Depois, pegaram um personagem do caralho como o Deadpool, o tornaram a Arma XI, deram um monte de poderes nada a ver e, ainda por cima, costuraram a boca dele!!! O Deadpool de boca fechada não existe! O falatório dele, as piadinhas e as provocações sempre foram sua marca registrada e agora acabaram com isso? Piada, de mau gosto.

No final (é spoiler, mas foda-se), aparece quem? O professor Xavier para resgatar todos os pequenos mutantes aprisionados na ilha Stryker e, pior, andando!!!

Pronto! Pegaram toda a cronologia original dos X-Men e enfiaram no rabo! Não sei se nos últimos anos essa história foi reescrita, não leio mais quadrinhos mensais e a Marvel adora reescrever a história de seus personagens, mas independentemente disso, foderam com tudo.

Você, que não conhece nada do universo mutante, vai assistir a um filme legal, com boas cenas de ação. Mas você, que como eu, cresceu lendo X-Men, X-Factor, Tropa Alfa e Jovens Mutantes, vai ficar muito decepcionado, com certeza vai.

Penis Enlargement

Todos os dias eu recebo um monte de merda nos meus emails. Até porque, depois de tanto tempo usando a internet e com dois emails super velhos, um com 6 anos e outro com uns 10, eles já devem estar em todo e qualquer banco de dados de mala direta vendidos por ai. Assim, recebo toda quantidade de tranqueira que você possa imaginar, mas uma das tralhas que mais me enviam é sobre aumento peniano.

Toda semana praticamente eu recebo uma dessas, oferecendo maravilhas, aumentos garantidos e alguns, provavelmente (porque não me dou ao trabalho de abrir) com as famosas fotos do antes e do depois.

Claro que público pra isso teria, já que 95% dos homens querem pintos maiores (a não ser os Motumbos da vida), porém é claro que é tudo uma grande baboseira, tão grande como aquelas coisas de ficar repassando email para a Microsoft te dar grana ou empresas que prometem limpar teu nome sem ter que pagar as dívidas. É mais fácil amarrar uma pedra no pau e deixar pendurada do que tomar essas coisas funcionarem.

Mas, levando em conta a ingenuidade das pessoas, somada à vontade de ter um pau maior, o público consumidor dessas coisas deve ser grande, senão não existiriam tantas empresas dessas no mercado. Lembro que quando estava no Canadá eu gostava de comprar uma revista chamada Stuff, que é mais ou menos uma Vip ou uma Maxim, que tinha uma porrada dessas propagandas e eu pensava quem caía nessa.

O foda é que eles usam argumentos que parecem verdadeiros, laudos ‘médicos’ que parecem verdadeiros, fotos que parecem verdadeiras. E lá vai o povo comprando. Bem, se tem gente que ainda cai no conto do bilhete de loteria, por que não comprar esse remédio?

Afinal, quem não quer ter um pinto maior?

sábado, maio 16, 2009

Prudência

No último ensaio, conversamos sobre postar bêbados, e concluímos que não presta. Então, não vou escrever nada por aqui, apesar de que teria muita coisa para dizer....

sexta-feira, maio 15, 2009

Being Hiran




Algumas pessoas são viciadas em filmes, precisam ir sempre ao cinema, acompanhar todos os lançamentos, estar por dentro das novidades. Eu gosto de filmes, mas ultimamente o meu vício são as séries, não posso descobrir uma nova que preciso baixar o piloto para saber como ela é. E, em minha última busca, eu descobri uma série chamada ‘Being Erica’, a qual baixei o primeiro episódio.

Não sei realmente se essa série passa no Brasil ou não, mas eu não me lembro de tê-la visto em nenhum canal, e olha que agora eu tenho cabo em casa. Para dizer a verdade, eu nem sei o motivo de tê-la baixado, acho que entrou no meio do pacotão, mas foi uma grata surpresa. Mais do que isso, foi uma das poucas vezes que vi uma série e disse “eu queria ter escrito essa história”.

Falo isso não porque é algo sensacional, até porque só vi um episódio, mas sim por eu ter me identificado com ela. Primeiro, ela se passa em Toronto e as imagens do Eaton Center e do Hard Rock Café iluminados me lembram de uma época muito especial na minha vida, onde tudo era mais leve e alegre.

Mas o verdadeiro motivo dessa identificação foi o monólogo inicial, que se começa logo na primeira cena. Erica relata sua vida: 32 anos, solteira, quando jovem tinha um futuro promissor mas, em algum lugar ela se perdeu e, agora, não estava realizada nem pessoal nem profissionalmente, enquanto todas as pessoas ao seu redor estavam ambos e, por conseqüência, com pena dela. Diversas decisões equivocadas no transcorrer de sua vida fizeram com que sua vida estagnasse.

Caralho, eu poderia ter escrito isso! Isso é o que passa pela minha cabeça praticamente todos os dias quando eu acordo! Não se de onde o cara que escreveu tirou isso mas, vi minha vida passando na tela de um computador, no papel de uma mulher com cara de menina (até isso...).

No transcorrer do episódio, percebi que o mote da série deve ser ela tentar corrigir os erros do passado, por intermédio de um tipo de psicólogo ou o que quer que seja, que está mais para o Dr. Estranho, que tem o poder de teleportá-la ao passado, para uma série de eventos frustrantes e/ou vexatórios de sua vida, que ela listou numa folha de papel, e que ajudaram, de uma forma ou de outra, a jogá-la na vala que agora habita.

Pouco tempo atrás escrevi neste blog sobre o efeito borboleta e eventos passados que eu gostaria de alterar, e não teria a menor dificuldade de preencher as duas folhas de fatos que a Erica preencheu para o tal psicólogo.

Claro, como quase toda boa série (ou mesmo as séries ruins), ela tenta passar uma mensagem positiva, e o que eu percebi vendo esse primeiro, foram duas coisas: refazer o passado não significa que a gente vai acertar, podemos errar ainda pior; e que muita vezes, vendo certas situações com olhos mais experientes (velho é a $#@%$&), percebemos nuances e detalhes que deixamos passar em branco.

Estou até vendo, no final ela vai perceber que o passado já está escrito, que a mudança está dentro dela, basta ela acreditar e fazer algo para que seu presente e seu futuro possam ser pintados com tintas mais coloridas, mas, eu queria muito poder voltar ao passado e reescrever certos capítulos da minha história. E pau no cu da borboleta.

quarta-feira, maio 13, 2009

São Marcos do Palestra Itália

sexta-feira, maio 08, 2009

Pequenos vícios

Eu sempre fui viciado nessas pequenas coisas da internet, as novidades que surgem .Gosto de experimentar todas, antes de escolher o que vale a pena ou não, gosto de estar sempre antenado a tudo de novo que surge para, quando cai na boca do povo, eu já conhecer de velho.

Foi assim desde o começo da internet, do finado #mIRC e do quase finado ICQ, passando por todas essas coisas que a maioria conhece como Orkut, blogs, fotolog, entre diversos outros.

Mas, o meu vício do momento é o Twitter. Me cadastrei logo que surgiu, mas fiquei meses com a conta parada porque eu simplesmente não conseguia entender como aquela coisa funcionava, mas daí mais pessoas se cadastraram e passei a manjar da coisa. Hoje, eu fico o dia inteiro com a janelinha do TweetDeck aberto.

Essa coisa de microblog é uma puta sacada! Reparei que, no tempo de duração deste blog, escrevi muitos mini-posts, com pouquíssimos caracteres, porque, naquele momento, era o suficiente. E agora, com o Twitter, eu fico brincando de mini-posts o dia inteiro.

Quem quiser me seguir: http://twitter.com/radociou

segunda-feira, maio 04, 2009

Quero Muito Tudo Isso pt.2


Emma Stone