terça-feira, dezembro 22, 2009

Em 2019

Como a maioria das pessoas que aqui frequentam não vão até meu outro blog, por razões clubísticas ou mesmo porque não gostam de futebol, resolvi linkar aqui um texto que fiz nele, uma ficção (que pode virar uma triste realidade) sobre como será o futebol daqui dez anos.

http://dal1914.blogspot.com/2009/12/em-2019.html

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Arquivando 2009

Livros

* O Cão da Meia-Noite - Marcos Rey
* Fender Benders - Bill Fitzhugh
* O Sequestro do Senhor Empresário - Levi Bucalem Ferrari
* Fantoches! - Marcos Rey
* Malditos Paulistas - Marcos Rey
* Motley Crue: The Dirt - Confessions of the World's Most Notorious Rock Band
* Coraline - Neil Gaiman
* Jogos da Atração - Breat Easton Ellis
* Faz Parte do Meu Show - Robson Pinheiro
* Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e Eu - Julián Fuks
* Ele Simplesmente Não Está a Fim de Você - Greg Behrendt e Liz Tuccillo
* Mais uma Vez - Tony Parsons
* A Estrada da Noite - Joe Hill

Shows

* Copacabana Club
* Autoramas
* Ecos Falsos
* Radiohead
* Kraftwerk
* Los Hermanos
* Móveis Coloniais de Acajú
* Fino Coletivo
* Forgotten Boys
* Los Porongas

Filmes

* 500 Days of Summer
* Bastardos Inglórios
* 9
* O Anticristo
* Amantes
* Se Beber Não Case
* Pagando Bem que Mal Tem
* Era do Gelo 3
* Divã
* Minhas Adoráveis Ex-Namoradas
* Anjos e Demônios
* Star Trek
* Wolverine
* Role Models
* Gran Torino
* Ele Simplesmente Não Está Afim de Você
* Watchmen
* O Lutador
* Operação Valquíria
* Noivas em Guerra
* O Menino do Pijama Listrado
* O Curioso Caso de Benjamin Button
* Madagascar 2

Albuns e MP3's

* A Day to Remember - Homesick
* Alice in Chains - Black Gives Way to Blue
* Arctic Monkeys - Humbug
* Ben Kweller - Changing Horses
* Bob Dylan - Together Through Life
* Bruce Springsteen - Working on a Dream
* Cachorro Grande - Cinema
* Cheap Trick - The Latest
* Chickenfoot - Chickenfoot
* Colbie Caillat - Breakthrough
* Collective Soul - Afterwords
* Daughtry - Leave This Town
* Dave Matthews Band - Big Whiskey and the GrooGrux King
* Death Cab for Cutie - The Open Door EP
* Dolores O'Riordan - No Baggage
* Doves - Kingdom of Rust
* Franz Ferdinand - Tonight, Franz Ferdinand
* Gloriana - Gloriana
* Green Day - 21st Century Breakdown
* Hoobastank - For(n)ever
* Iggy Pop - Preliminaires
* Julian Casablancas - Phrazes for the Young
* Kassabian - The West Pauper Lunatic
* Kate Voegele - A Fine Mess
* Kelly Clarkson - All I Ever Wanted
* Kiss - Sonic Boom
* Lilly Allen - It's Not Me, It's You
* Ludov - Caligrafia
* Marilyn Manson - The High End of Low
* Metric - Fantasies
* Monsters of Folk - Monsters of Folk
* Muse - The Resistance
* Our Lady Peace - Burn Burn
* Pearl Jam - Backspacer
* Placebo - Battle for the Sun
* Rammstein - Liebe Ist Für Alle Da
* Rascal Flatts - Unstoppable
* Regina Spektor - Far
* Rob Thomas - Cradlesong
* Sam Roberts - Love at the End of the World
* Sepultura - A-Lex
* Silversun Pickups - Swoon
* Son Volt - American Central Dust
* The Black Crowws - Before the Frost
* The Dead Weather - Horehound
* The Decemberist - The Hazards of Love
* The Flaming Lips - Embryonic
* The Lemonheads - Varshons
* The Watchmen - OST
* Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures
* They Might Be Giants - Here Came the 123
* Tinted Windows - Tinted Windows
* U2 - No Line on the Horizon
* Wilco - Wilco
* Yo La Tengo - Popular Songs
* Zero 7 - Yeah Ghost

Seriados

* House
* 10 Things I Hate About You
* Cupid
* Psychoville
* The Penguins of Madagascar
* Chuck
* Being Erica
* Dollhouse

terça-feira, dezembro 15, 2009

...and the Oscar goes to:

E o ano acabou (graças a Deus). Acho que nem vou mais escrever nada neste blog este ano, talvez só alguma coisa pra exorcizar esse ano do capeta, portanto, como de costume, vai aqui a lista de melhores do ano:

Na categoria Melhor Filme, os indicados são:

Gran Torino
Se Beber Não Case
Bastardos Inglórios
Watchmen
O Lutador

...e o Oscar vai para: Watchman

Na categoria Melhor Seriado, os indicados são:

Being Erica
House
Cupid
Chuck
Dollhouse

...e o Oscar vai para: Being Erica

Na categoria Melhor Album, os indicados são:

Ben Kweller - Changing Horses
Lily Allen - It's Not Me, It's You
Muse - The Resistance
Pearl Jam - Backspacer
Rammstein - Liebe Ist Für Alle Da

...e o Oscar vai para: Muse - The Resistance

Na categoria Melhor Canção, os indicados são:

Muse - United States of Eurasia
Lily Allen - Fuck You
Dave Matthews Band - Funny the Way It Is
Pearl Jam - Just Breathe
Arctic Monkeys - My Propeller

...e o Oscar vai para: Muse - United States of Eurasia

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Natal, De Novo

Já postei isso, mas o Natal tá chegando de novo, então...


O Natal estava chegando. Para dizer a verdade, o dia 25 de dezembro estava chegando, pois o clima de Natal estava no ar há muito tempo, há pelo menos um mês. Lojas decoradas com motivos natalinos, árvores montadas nas casas, junto a piscas e toda sorte de enfeite, pessoas desesperadas atrás de presentes, papais noéis e seus duendes espalhados por todos os cantos, agüentando o calor tropical debaixo de uma roupa vermelha totalmente incoerente com a época do ano que vivemos.

Aquilo que era para ser uma data festiva, alegre, de paz e harmonia, na verdade não passava de uma data como outras. Pior ainda, era uma data que eu não fazia questão nenhuma de acompanhar.

Para mim, era algo artificial, totalmente mecânico e comercial, feito para que todos se sintam bem e varram para debaixo do tapete todos os problemas por um dia. Só que a sujeira continua lá, da mesma maneira que a colocamos, apenas esperando o amanhecer do dia 26 para começar a exalar o seu cheiro ruim.

Não conseguia sentir-me feliz, era como se eu esperasse por alguma coisa que não existe, uma angústia inexplicável que me faz torcer para tudo passar rápido, para que a rotina volte e eu posso, novamente, voltar ao meu normal.

Nem sempre as coisas foram assim. Quando criança eu adorava tudo isso, alguma pessoa vestida de Papai Noel carregando um saco vermelho cheio de presentes e, dentre eles, um para mim. E não me importava o conteúdo do pacote, ou o valor do mesmo, tão somente o fato de eu ter sido lembrado, de ter recebido algo.

Após isso a família toda se reunia na casa dos meus avós, muita gente, comida farta, alegria e, no final da noite, todo mundo cansado voltava para casa, de estômago cheio e carregando seus presentes.

Conforme eu fui crescendo, a rotina continuava a mesma, mas sem a mesma empolgação de antes. E os ânimos foram progressivamente esfriando até que meus avós falecerem, cada parte da família dispersou-se para um lado e o que eu conhecia por Natal deixou de existir.

E o vermelho foi substituído pelo cinza, as músicas natalinas deixaram de ser alegres para se tornarem melancólicas e a vontade de festejar simplesmente desapareceu.

No último Natal eu me lembro de muito pouco. Bebi muita cerveja, muito vinho, cheirei uma boa carreira e desmaiei no meu quarto bem antes da meia noite. Meu pai não gostou muito, minha mãe ficou chateada, mas pelo menos a noite passou rápido, e a ressaca do dia seguinte foi digna de um dia de Natal.

E esse ano que tinha tudo para ser um pouco melhor. Tinha era o melhor tempo verbal para expressar tudo, pois com tudo que aconteceu, esse estava para ser o pior Natal da minha vida.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Perfeições Pop

Via-Crúcis - Bresser

No Mosteiro de São Bento, monges budistas buscam alento
Na Capela dos Aflitos, resolvem-se todos conflitos
Na Catedral da Sé, põe-se à prova toda fé
Na Igreja dos Enforcados, vencem os desesperados.

Franciscanos, jesuítas, marianos, carmelitas
Santa Donata, Santa Cecília – mártires em sua vigília
Novenas, trezenas, fiéis em centena, rosário de contas pequenas
Nossa Senhora da Boa Morte, faça com que eu seja forte.

João Mendes, Patriarca, prostitutas e barracas
Ciganas, cartomantes, mães-de-santo e quiromantes
Pastores ensandecidos pregando a desgraça na praça
Será minha fé tão verdadeira quanto estas igrejas com cadeiras de praia?

Hare-krishnas nas ruas confusas, freiras tímidas louvando reclusas
Todo mundo tem razão, todos têm a explicação
Odeio cheiro de incenso, tudo isto é contra-senso
Caboclos, guias, psicografia – quero apenas ver à luz do dia!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Fábulas

A fina e fria garoa que cai ao entardecer daquele dia de agosto seria o suficiente para afastar das ruas todas as pessoas de bom senso, mas não é isto que acontece. As ruas estão cheios de carros, rodando, quando estão, a uma velocidade que as pessoas que os acompanham pela calçada, com passos apressados, os deixam para trás. Todos querem sair de lá o mais rápido possível, chegarem logo aos seus lares, perto ou longe dali ou daqui, para deixarem para trás as intempéries climáticas que tanto os castigam.
Mas, aparentemente, nem todos tem para onde ir. Nem todos têm um teto, quatro paredes e algo que os aqueça e os alimentem. Alguns, esquecidos pela cidade e pelas pessoas que fazem a cidade pulsar, estão jogados nos seus cantos, como um incômodo que deve ser evitado para, assim, quem sabe, ser esquecido. Pessoas que não são pessoas, são coisas, como se fossem um saco de lixo ou um caixa de entulho esquecidas ao relento e que, algum dia alguém vai se tocar e levar embora, como se nunca tivessem existidos. Alguém, mas nunca a gente.
E um destes incômodos estava, neste momento, sentado próximo a esquina de duas ruas movimentadas e então, quase paradas. Os carros que lá passavam, com pressa para chegarem à algum lugar, mal notavam a pequena criatura. Nem quando ela, em um esforço que lhe parecia descomunal, se dirigia até eles suplicando por algum trocado, um pouco de comida ou qualquer outra coisa que lhe trouxesse algum alívio, mesmo que momentâneo.
Alívio é a palavra certa, pois satisfação e prazer eram sensações que ele nem mais se lembrava se tinha vivido algum dia. Provavelmente sim, em algum momento do seu passado remoto, mas se encontrava tão tão remoto que agora nem uma lembrança era mais, não mais restava nada em que ele pudesse de escorar para buscar algum sentimento. Não, sem mais sentimentos que não fosse tristeza e desânimo, frio e fome, cansaço e desespero.
Nem raiva ele conseguia mais. Estava cansado demais para sentir raiva das pessoas, da situação, ou mesmo dele. Já sentira muito, disto ele se lembrava. Da raiva, do ódio, do maldizer. Da irritação e das explosões furiosas. Mas não, nem isto mais restava no seu coração.
Coração? O que era isto? Se coração é um órgão que serve para bombear o sangue pelo teu corpo, através de pequenas veias e artérias, provavelmente ele ainda tinha, pois estava vivo e, sangrava, mas o coração que as pessoas costumam dizer ser o receptáculo das emoções, já havia desaparecido. Fora corroído pelos ácidos do teu estômago e depois descartado pelo seu sistema intestinal, muito tempo atrás. E quando isto aconteceu, fedeu muito. E ele ficou enjoado.
Sua aparência era de uma criança, mas ele não era uma. Já vivera muito para ser uma criança, mas mesmo assim parecia uma. Sua pele negra e seus olhos apagados eram cobertos apenas por um gorro, largo demais para sua cabeça e uma roupa esfarrapada e suja que, agora molhada, não servia para aquecer seu corpo mirrado. Para tal, ele usava uma velha coberta, companheira do dia e da noite, puída e com alguns rasgos.
O odor que ele exalava era forte, como se a somatória de chuva, poeira e fuligem o tivesse apodrecido. As pessoas que passavam perto dele prendiam a respiração, mas ele nem ligava. Não sentia nada. Nada. Acostumara com seu cheiro e o asco de outrem.
Algumas vezes, quando o sinal ficava vermelho, levantava-se trôpego, com dificuldades e, amparado por uma muleta, que também poderia ser chamada de um pedaço de madeira podre, movia-se para os carros, pedindo. Nos dias de calor, com as janelas abertas, era mais difícil das pessoas o ignorarem, então davam-lhe algumas moedas para se verem livres de tão incômoda presença, mas nos dias de frio e chuva, com os vidros fechado e insufilmados, ele passava despercebido.
Quatro carros, o sinal mutou para o verde e, apressados, os veículos se puseram a mover, mesmo que meio metro, um metro no máximo, e ele voltou para seu canto, sua casa. Movia-se lentamente, pois ter apenas uma perna tornava tudo um pouco mais difícil.
Sentou-se e colocou a mão no bolso de sua velha calça. Era todo o dinheiro que tinha conseguido hoje, R$ 2,23 em moedas pequenas e um botão que tinha sido dado por engano, que por algum motivo encontrava-se entre as moedas de algum carro. Com esse dinheiro ele poderia comprar um pão com manteiga e tomar um copo de leite, que seria seu café da tarde, sua janta, sua ceia e, provavelmente, seu café da manhã do dia seguinte.
Pegou sua coberta, uma mala velha que carregava todas as suas posses, e que não eram muitas senão alguns badulaques como um velho gorro vermelho e um cachimbo de madeira esculpido toscamente à mão e rumou para um decrépito bar que tinha ali perto, o único em que aceitava o seu dinheiro em troca de alguma coisa para comer, o único que não o punha para fora como se põem as ratazanas e as baratas que fogem do esgoto para invadir os estabelecimentos.
Pegou o pão e copo de leite quente, servido em um copo de plástico, pois o de vidro o atendente teria nojo de lavar depois e, na porta, ficou olhando para o vazio. Engana-se quem acha que ele ficou pensando na vida, pois nem isto ele conseguia mais. Olhar era uma maneira de dizer, pois suas pálpebras estava abertas, mas não se sabe se ele via alguma coisa. Honestamente, ele nem sabia porque vivia, deveria ser porque não estava morto, tão simples e óbvio assim, pois ambições e interesses não tinha mais. Enquanto teu corpo respirasse, iria continuar a viver, e apenas comia e dormia pois o instinto de sobrevivência é primitivo, como o é nos animais. É, quem sabe ele não fosse hoje nada mais do que um animal.
A noite caiu, a chuva cessou, mas com isto o frio se intensificou. Estava cansado demais para mendigar por mais alguns centavos, então se encolheu no seu canto, debaixo do toldo rasgado de onde um dia foi algum foi algum comércio, mas que hoje estava fechado faz tempo, como denunciavam as paredes descascadas e a porta pichada.
Estava quase pegando no sono quando percebeu um pequeno vulto passando por ele e parando. Ensonado, achou ser algum cachorro, gato ou outro animal da rua, mas não deu nenhuma atenção, pois já estava acostumado com isto. Só percebeu que não deveria ser isto quando a pequena criatura deixou alguma coisa a seu lado e desapareceu instantaneamente.
Apalpando, ainda com os olhos entreaberto, viu se tratar de uma folha de papel, dobrada em quatro. Curioso, virou-a na direção do poste de luz e, numa letra de menina, leu:
“O que você fez consigo?”.

E o menino chorou. Como uma fábula nunca deveria chorar.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Bresser Fest, o Set List


O Túnel
Regresso pro Futuro
Infinito
Via Crúcis
Antes de Partir
Today
Perdi Minha Vez
Acontece
Cartas Marcadas
Dia Anterior
Sing/Garoto de Aluguel
I Wanna Be Charlie Sheen
Olhos de Cão Azul

segunda-feira, novembro 16, 2009

1a Bresser Fest


Woodstock, ninguém aí foi. Hollywood Rock, Rock In Rio, esses festivaizinhos indies, nada disso pode ser comparado ao incrível, magnânimo e vitaminado BRESSER_FEST. É o Bresser, que todos vocês curtem e amam, mais duas bandas convidadas. E é aniversário do Fábio Vanzo, guitarrista da banda. E depois tem #BresserNights nos botecos da vida, na qual vocês poderão nos pagar uma cerveja e falar muita besteira. Enfim é o evento mais cabuloso desde a queda da Bastilha. Não percam. Levem um fígado USB e disposição pra muito rrrroque.

Onde?
Clube Outs - Rua Augusta, 486 (http://www.clubeouts.com/)

Quando?

Sábado, 21 de novembro, a partir das 18h

Quanto?

R$ 12 antecipado. (Na porta nunca se sabe, né?)
PS: Na hora, ingresso R$ 15,00

Com quem eu compro o convite?
Fábio Vanzo: fvanzo@terra.com.br

Felippe Toloi:
toloi1@yahoo.com.br
Hiran Murbach: radociou@gmail.com
Mariel Moura: mariel.moura@hotmail.com
Carolina Molina: tarulina@gmail.com
Daniele Valente: danvalgomes@yahoo.com
Sarah Kelly: sapias18@gmail.com


segunda-feira, novembro 09, 2009

Entrevista com Paulo Back



Eu gosto de diversas coisas, mas algumas mais do que outras, e existem três que estão entre as minhas cinco preferidas: música, quadrinhos e escrever. Alguns meses atrás, a Denise entrou em contato comigo, disse que estava começando uma revista e perguntou se eu queria escrever uma coluna de música para a mesma. E, com isso, eu comecei a minha participação na Revista Young.

Falar sobre música é uma coisa que eu gosto, e como a revista é sobre educação, resolvi falar sobre a influência dela nas profissões. Na primeira edição decidi ir pelo caminho mais fácil e entrevistar alguém que fez faculdade de música, no caso a Larissa. Após, tentei ir para caminhos menos óbvios e, nestas, via Twitter, eu cheguei ao Paulo Back.

Músico e roteirista das histórias da Turma da Mônica, achei que poderia ser uma entrevista interessante, então entrei em contato com ele, via Emerson Abreu, e perguntei sobra entrevista, a qual ele se prontificou a me responder. Mandei as perguntas e ele me retornou as respostas.

Aí eu tive uma 'problema', o espaço que eu tenho na revista é bem menor do que a entrevista, de forma que tive que editá-la. Porém, era uma pena eu 'perder' todo aquela conteúdo, de forma que decidi publicá-la aqui, neste blog, integralmente.

Aqui vai ela:

Qual seu nome e sua profissão?

Paulo Back - Roteirista e Músico.

Trabalha nesta profissão a quanto tempo?

Como Roteirista, ha 15 anos, como Músico ha mais tempo, desde que entrei para a primeira banda.

Como foi seu início de carreira? Como você chegou nesta carreira?

Já era um sonho que eu tinha desde criança trabalhar com historia em quadrinhos. No Brasil existiam dois grandes nomes: Disney e Mauricio de Sousa. Acabei fazendo arquitetura na UFSC, me formei e trabalhei algum tempo com isso, dividindo com a Música. Chegou uma hora que resolvi abraçar o meu sonho de criança, coloquei uma pilha de desenhos embaixo do braço e fui falar com o Mauricio de Sousa. No fim ele acabou gostando das historias que levei e comecei de leve, caprichando no desenho e aprendendo algumas manhas dos roteiros.

Qual a importância da música na tua vida pessoal e profissional?

A música está sempre presente, ou tocando lá no fundo, enquanto trabalho, ou grudada nos pensamentos, assobiando. É tão importante quanto os desenhos. A Música me proporcionou grandes momentos, experiências, abriu portas, conheci pessoas e lugares. Com a banda já gravei alguns discos e fizemos um grande retorno há um ano, também tive outra banda de covers para tocar em lugares pequenos, bares e festas.

Qual o personagem da Turma que você mais gosta de desenhar?

Olha, costumo dizer que é aquele personagem que estou trabalhando naquele momento. O próprio Mauricio diz que quando ele faz uma história, ele incorpora o personagem. É esquisito isso, porque acho que a idéia segue por aí. Você se sente o personagem, que no fundo existe dentro de cada pessoa. O roteirista é apenas uma ponte entre o personagem e o papel. Eu gosto demais de dar vida aos personagens 'secundários', dar características marcantes a eles, deixá-los um pouquinho mais em evidência. Adoro a vidinha simples do Chico Bento, a infância no bairro da turminha, os papos 'humanos' do Bidu e sua turma.... mas provavelmente, se é para eu escolher um xodó, talvez eu fique com o Mingau, o gato da Magali.

Como funciona o teu processo criativo?

Para falar a verdade, não sei. Eu me obrigo a cumprir a minha cota de páginas, e mesmo não pintando nenhuma inspiração eu faço alguma coisa. Se ficou ruim, paciência, coloco na gaveta e num belo dia de sol eu dou uma olhada para ver se dá para salvar a idéia ou não. Aí folheio alguma revista, releio alguma historinha, penso num personagem, e aí vai.
E há aqueles dias que parece que paira um anjo sobre a cabeça. Pode ser o Anjinho, a Mônica ou o Jotalhão. Tanto faz. Aí então é o personagem que faz a história, não eu. O próprio Mauricio diz que muitas vezes a historia vem por si só. Então nós somos um instrumento, Numa ponta o roteirista, e em outra o personagem. No meio existe o Mauricio, pois para uma historia ficar boa, temos que pensar como ele.

Você criou algumas histórias baseadas ou em homenagens à músicos. Quais foram eles?

Foram várias sim. Das últimas cito a homenagem ao Michael Jackson, que foi divulgada ainda no rascunho pela internet e ganhou uma edição especial. Houve também uma referencia à Madonna, Amy Winehouse, Lady Gaga e B-52´s numa das últimas revistas da Mônica. Dos Beatles já fiz várias, como a turminha imitando os garotos, Beatles no parque, e tantas outras. Na época dos Mamonas Assassinas fiz uma paródia com a turminha, que acabou saindo depois do fim do grupo, e acabou sendo uma homenagem. Teve também U2, Rita Lee, The Cure, Elvis, e algumas outras com Michael Jackson (ele foi uma referencia e tanto para as historinhas)
E vale lembrar que Mauricio de Sousa criou o personagem cadeirante Luca, em homenagem ao Herbert Viana. Tanto que o apelido do personagem é 'Paralaminha'.

Você é um grande fã dos Beatles, a historia "Paul is Dead", que homenageia a banda, é tua?

Infelizmente não, pois gostaria de tê-la feito. Tanto esta como 'Paul in Roça' com Chico Bento, foram de outros roteiristas, na época que estava entrando no estúdio. Mesmo antes disso, Mauricio tinha um projeto de lançar personagens baseados nos Beatles, Beatles 4 Kids. Era algo muito bem estudado e estruturado, mas uma das quatro partes ( dos 3 Beatles na época, mais Yoko ) vetou. Ninguém sabe qual foi. Pena. Não peguei esse processo, pois foi anterior a minha entrada no estúdio, mas acho que adoraria estar envolvido nisso.

Poucos dias depois da morte de Michael Jackson, o storyboard de uma história homenagem já estava na internet. Como foi desenvolver essa história num tempo tão curto?

Bom, foi um choque para todo mundo. Eu mesmo dizia por aí que o Michael Jackson não ia durar muito, mas quando soube da morte dele fiquei estarrecido também. Soube só tarde da noite por um programa, achava que era brincadeira, só quando me toquei que era verdade, caiu a ficha.
Como anos atrás já havia feito uma pequena homenagem numa historia do Penadinho, onde a turma do cemitério invade um estúdio de gravação e se fazer passar pelos monstros de 'Thriller', pensei na mesma hora em fazer uma continuação.
No outro dia de manhã, rabisquei a historia e fiz o rascunho até o meio da tarde. Enviei para o Mauricio o roteiro, como todos fazem.
Surpresa a minha quando vi, no inicio da noite, a história sendo mostrada a todos na internet, pelo twitter do Mauricio.
No fundo foi uma grande honra, pois foi a primeira vez que algo assim aconteceu. Uma historia foi disponibilizada apenas no roteiro, sem acabamento e sem arte final. O Mauricio achou melhor mostrá-la dessa forma para homenagear o astro, já que, menos de 24 horas depois, o mundo estava bastante comovido. A historinha ganhou blogs, jornais, TV, dessa forma. De uma maneira triste, foi uma ação feliz. Foi espontânea..

Existe algum músico que você tenha vontade de inserir numa história ou homenagear e que ainda não pode?

Muitos, mas alguns a maioria dos leitores não devem conhecer, já que são crianças.
Dos músicos que gosto, já coloquei os que citei acima, mas as vezes, por uma nova 'mania' ou 'moda', eu colo um ou outro que não curto e torço o nariz. Na época do Tchan, por exemplo, usei as dançarinas numa historinha, apesar de não gostar da música nem do estilo, mas respeito quem gosta.

Você tem algum projeto profissional que não tenha realizado?

Gostaria de trabalhar com animação, já que faço desenhos também. Mas como algumas historinhas já foram e continuam sendo adaptadas para os cine-gibis, me sinto realizado nessa parte.. Gostaria de fazer algo relacionado ao bem estar dos animais, e tento passar alguma mensagem nas historinhas também. Na musica me considero realizado assim como nas HQs, Nem tudo que faço eu gosto, sempre acho que poderia fazer maior (geralmente no dia seguinte de finalizar e entregar). É sempre bom almejar um degrauzinho a mais. De resto, outras coisas que gosto, bonsais, aquarismo, coleções, figuras, pinturas, as tenho como hobby, isso é, quando sobra um tempinho. Tudo almejando o bem estar do espírito e da paz.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Perfeições Pop

Quando a 'cópia' sai melhor do que o original. E olha que o original é foda pra caralho!!!

Hurt - Johnny Cash

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real

The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything

(Chorus)
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt

I will let you down
I will make you hurt..

I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair

Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

(Chorus)
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt

I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way


quarta-feira, novembro 04, 2009

BresserBlessed Tour


É nesta sexta, 19h. Entrada franca.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Em Um Sábado Ensolarado

I will not go
Prefer a feast of friends
To the giant family


Em 1999 eu estava terminando a faculdade, tinha um grupo de amigos legais e comecei a namorar uma menina. O namoro até que durou bastante tempo, mas acabou. Porém, deste relacionamento eu herdei o melhor espólio de qualquer outro que já tive até hoje: três grandes amigas. Elas se juntaram ao nosso grupo imediatamente e logo nos tornamos inseparáveis.

Durante este dez anos fiz e perdi incontáveis amigos, mas sempre mantivemos um tipo de um núcleo, que tenta não perder o contato e que, sempre que possível, se encontra para falar besteira, contar histórias e se divertir.

Histórias é o que mais temos, histórias de bebedeiras principalmente, as quais não cansamos de relembrar, para desespero dos agregados. Mas muito mais do que isso, criamos uma amizade que se mostrou que vai se perpetuar para sempre, independente do que aconteça.

E neste sábado, um novo capítulo foi contado: o casamento da Lara. Foi o primeiro casamento de fato de um de nós, após diversas tentativas fracassadas, e justo da mais novinha. Mas não importa, o importante é que sábado cedo, estávamos lá (e, pra variar, os primeiros a chegar): eu, Du, Israel, Marina e Laís (faltou o gordo anti-social do Bacchin).

Bebemos, comemos, rimos, tiramos fotos, cornetamos, falamos mal das pessoas e de nós mesmos, relembramos histórias, fizemos trabalho pra Má engravidar, roubamos os banners indicativos do lugar da festa e, principalmente, nos divertimos muito. E nos emocionamos. Nos conhecemos novos e, sem exagero, crescemos juntos. Crescemos etária, mental e emocionalmente juntos e, quando chega numa data como essa e você vê olha para o lado e vê seus melhores amigos lá, é uma coisa inexplicável.

Tenho grandes amigos, mas não tenho um grupo de amigos tão especiais como este, pois, juntos, passamos pelos melhores e pelos piores momentos, e isso apenas nos fortaleceu. E por isso que eu amo essas pessoas!

E que venha o próximo casamento, aniversário ou simplesmente uma desculpa qualquer pra beber e conversar.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Quero Muito Tudo Isso

quinta-feira, outubro 22, 2009

1.a Bresser Fest

IMPERDÍVEL - republicando

Quem quiser, eu tenho ingressos pra vender, por R$12. Na hora vai estar mais caro, não sabemos ainda quanto

quarta-feira, outubro 21, 2009

Pesadelo

Eu ainda acordo no meio da noite, assustado. Sonho ainda com aquelas paredes amarelas e frias, o chão duro e o silêncio. Preciso abrir os olhos uma, duas, três vezes para ter certeza que não mais estou lá. Para ter certeza que as paredes não estão lá, nem as grades. Acordo angustiado, com medo, suando frio. Acordo como quem acorda de um pesadelo real, daqueles que você sente o frio e o odor. Taquicardia, frio na espinha, lágrimas nos olhos. É como o pesadelo que não se dissipa no ar como a névoa, mas sim que impregna na alma, como gordura, que não quer sair, por mais e mais que se tente. O tempo diminui seu incômodo, mas não elimina suas sarnas nunca. Os pesadelos são reais, quase táteis. Mas eu acordo e olho para o lado, depois da terceira piscada, toco a minha cama, minhas paredes brancas e respiro fundo. Respiro o ar puro e doce da minha vida real. Então me deito e volto a dormir. Sem pesadelos desta vez.

terça-feira, outubro 20, 2009

Quando o Passado Convive Com o Presente

Tempos atrás escrevi um post sobre pessoas que só conseguem enxergar o passado no futebol, que futebol bom era o de outros tempos, que agora tudo isso é uma bosta e etc.

Só que isso é uma constante em todos os campos. Temos a infeliz mania de achar que tudo o que é bom é aquilo que conhecemos quando novos, e que tudo o que vem depois não presta mais, independente da qualidade que venha a ter.

A discussão mais insuportável é no campo musical. Me irrita neguinho vir dizer que o rock acabou nos anos 70, que banda boa era Led, Sabbath, Purple, Stones e que depois deles nunca mais nada que presta apareceu. Tá certo, eu gosto de muita coisa mais antiga, mas os anos 2000 nos deram muita coisa boa, como Coldplay, Muse, Killers, Kings of Leon, Keane entre diversas outras.

Mas vemos isso em diversos outros campos culturais e artísticos: cinema, teatro, desenhos, programas de humor, quadrinhos.

Essa coisa de viver no passado demonstra, pra mim, uma estagnação mental e intelectual total. É muito mais fácil lembrar das coisas do passado com a magia que só a inocência pode fornecer, manter essa imagem ilusória na mente e simplesmente ignorar tudo o que venha a seguir.

A graça da vida é descobrir coisas novas, e isso não significa abandonar as antigas. Não é aquela coisa de substituir uma pela outra, e sim de agregar, sempre.

Novas experiências, novos conhecimentos. Abrir a mente e aceitar que a vida é muito maior do que aquela caixa quadrada dentro da qual crescemos. E também mais divertida.

sexta-feira, outubro 16, 2009

1991

Em 1991 eu fiz 14 anos. Adolescente numa cidade pequena, onda não tinha porra nenhuma pra fazer a não ser jogar bola, ou no clube ou na escola, foi longe de ser a melhor época da minha vida, tanto que trago pouquíssimos amigos deste período. Porém, este ano serviu para sedimentar a minha paixão pelo bom e velho (na época não tão velho) rock n roll.

Eu já ouvia algumas coisas, mas mais nacionais, como RPM na época do multiplatinado Radio Pirata Ao Vivo e Titãs, com o visceral e, até então, violento, Cabeça Dinossauro. Mas o caminho já estava sedimentando-se com a descoberta do Appetite for Destruction do Guns, que chegou às minhas mãos por causa da baladinha Patience, que era parte da trilha sonora de alguma novela e era figuração certa em qualquer bailinho.

Porém, 1991 foi a virada de tudo! Em um mundo sem rádios rock, MTV, boas lojas de disco e muito menos internet, obter a cópia de algum álbum era tarefa das mais árduas, mas sempre se dava um jeito. Um amigo comprava um LP ou um Cassete e gravava pra todo mundo as famosas fitinhas, que até se desmagnetizavam de tanto que eram escutadas. Talvez esta geração não tenha idéia do que é isto, mas muitos ainda lembram deste período.

Virada? Mas qual é essa virada? Fora o que eu acabei de dizer, neste ano foram lançados álbuns sensacionais e clássicos, como:

- U2 - Achtung Baby
- Soundgarden - Badmotorfinger
- Blood Sugar Sex Magik - Red Hot Chili Peppers
- Smashing Pumpkins - Gish (álbum de estréia)
- Queen - Innuendo
- Metallica - Black Album
- Nirvana - Nevermind
- REM - Out of Time
- Skid Row - Slave to the Grind
- Temple of the Dog - Temple of the Dog
- Pearl Jam - Ten
- Guns n Roses - Use Your Illusion I e II
- Legião Urbana - V
- Engenheiros do Hawaii - Várias Variáveis

Precisa dizer alguma coisa?

quarta-feira, outubro 14, 2009

Perfeições Pop

O 'Grave Dancers Union' é pra mim um dos melhores álbuns da década de 90 e provavelmente o mais subestimado. É um hit atrás do outro, só tem canções sensacionais. Uma ouvida nele me transporta imediatamente de volta à um tempo bom...

HOMESICK - SOUL ASYLUM

I want to live with you in the fifth dimension
In a dream I've never had
Cause I just can't live like this in a world like this
I just want a kiss goodbye

And we are not of this world
And there's a place for us
Stuck inside this fleeting moment
Tucked away where no one own it
Wrapped up in a haste and by mistake got thrown away

And oh, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

And though I sometimes get annoyed I know just where I'm at
This is my song of joy
And now I know there are no secret trick, no correct politics
Just liars and lunatics

And we are not of this world
And there's a place for us
Stuck inside this fleeting moment
Tucked away where no one own it
Wrapped up in a haste and by mistake got thrown away

And oh, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

And though I would not take it personally, it's just the child in me
I never really knew how much I had

Woe is me, I am so homesick
But it ain't that bad
Cause I'm homesick for the home I've never had

sábado, outubro 10, 2009

O Livro dos Sonhos

E está aí o Paulo de volta, desta vez com uma peça infantil:




Ready

São Paulo, 10 de outubro de 2009. Eu finalmente eliminei todos os meus fantasmas. TODOS. Sabe o que é isso? Pra você pode não ser nada, mas pra mim é MUITA coisa, muita mesmo... mais do que eu posso descrever.... Leve

quinta-feira, outubro 08, 2009

...

I just don't know what to do with myself

terça-feira, outubro 06, 2009

Whatafuck?

É, tem horas que a vida enche o saco. Você faz um planejamento para ela e, de repente, tudo dá errado. Você imagina que vai chegar numa certa idade com algumas conquistas e realizações, mas daí esta tal idade chega e passa e percebe-se que todo esse planejamento não funcionou pra porra nenhuma.

O pior é que a gente sempre se decepciona com isso, pois todos os nossos planos são positivos, nunca pensamos nos obstáculos e nos acidentes que existem no caminho, porque é assim que temos que planejar, temos que nos projetar e tudo isso tem que acontecer como num conto de fadas. Mas, até os contos de fadas têm problemas, como bruxas, dragões, lobos, maçãs envenenadas. Só que a diferença destes para a vida real é que na segunda não existe 'e viveram felizes para sempre', porque o para sempre nunca dura mais do que alguns instantes.

Instantes que podem ser horas, dias, meses ou anos, mas que acabam, porque é assim que tem que ser, é assim que essa merda ou essa bênção de coisa chamada vida funciona. Cicatrizes são souvenirs que a gente nunca perde, e que nos lembram de cada acontecimento. Pro bem e pro mal.

E quando os planos não se cumprem ou, pior, quando tua vida singra por mares nunca dantes navegados nem mesmo imaginados, forçosamente nos vemos obrigados, imperativamente, a pensar nela. Não necessariamente repensá-la, mas sim entender o que aconteceu no meio do caminho que fodeu com tudo? Quais caminhos restam? São eles acessíveis ainda?

Numa hora dessa, você se encontra nos extremos. Ao mesmo tempo que os caminhos são escassos, você tem todos os possíveis para seguir, já que o seu norte falhou. Qualquer caminho é um caminho, qualquer trilha é transitável, qualquer atalho é tentador.

No olho do furacão e no meio da tempestade, uma decisão precisa ser tomada, e nem sempre temos tempo de pensar muito. E ao mesmo tempo, todas elas passam por tua cabeça, num turbilhão de sensações, emoções e imagens. Nesta hora você faz o inimaginável, pois sabe que tua vida mudou. Se você sair dali (se sair, reforçando), nunca mais será a mesma pessoa.

Auto-sabotagem, abreviar o sofrimento, heroísmo desmedido e inútil, céu e inferno, crenças revistas, lágrimas, velas acessas e derretidas, força desconhecida habitando em você.

Toda tempestade pára, todo caminha se abre, mais dia menos dia, e daí é hora de tomar uma nova decisão. Qual decisão, a decisão correta?

Quem sabe, não existe 'a' decisão correta, e cada vez que respiramos ou piscamos os olhos, estamos escrevendo a nossa história.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Perfeições Pop

MUSE - UPRISING


Paranoia is in bloom,
The PR transmissions will resume,
They'll try to push drugs that keep us all dumbed down,
And hope that we will never see the truth around
(So come on)
Another promise, another scene,
Another packaged lie to keep us trapped in greed,
And all the green belts wrapped around our minds,
And endless red tape to keep the truth confined
(So come on)

They will not force us,
They will stop degrading us,
They will not control us,
We will be victorious
(So come on)

Interchanging mind control,
Come let the revolution take it's toll,
If you could flick a switch and open your third eye,
You'd see that
We should never be afraid to die
(So come on)

Rise up and take the power back,
It's time the fat cats had a heart attack,
You know that their time's coming to an end,
We have to unify and watch our flag ascend

They will not force us,
They will stop degrading us,
They will not control us,
We will be victorious


terça-feira, setembro 15, 2009

She Bangs the Drums, And Plays a Samba

Se tem uma coisa com que eu sou chato pra caralho (mais do que o normal) é com música. Eu não escondo que sou um pouco radical, que só ouço o que eu gosto e que me sinto extremamente desconfortável em ambientes os quais a música não é do meu agrado. Somado a isto, sou pouco ou quase nada aberto há novos estilos musicais, especialmente os regionalismos, acho tudo a mesma coisa e não tenho paciência.

Carnaval pra mim, desde quando deixei de ser adolescente (na época, eu ia para 'o clube' todas as noites, enchia a cara e tentava pegar quem me desse bola), passou a ser um período de retiro. Onde fosse mais distante e isolado de qualquer coisa que lembrasse o Carnaval, lá estava eu. E, se não desse, eu me escondia em casa mesmo, fazendo porra nenhuma.

Porém, neste último domingo fui convidado para uma experiência nova e, até então única: assistir à um ensaio de uma escola de samba, a Águia de Ouro, pra ser mais preciso. Até pouco tempo atrás, tal seria completamente inconcebível para mim, mas as meninas aqui do trabalho quiseram ir, me convidaram e eu, que estou tentando deixar de ser cuzão, fui.

Fora a companhia agradável e a cerveja, eu fiquei entusiasmado com a bateria. Nem era uma bateria muito grande, duvido que chegavam a 100 integrantes, mas o som, a altura, a intensidade me impressionaram. Lembro que já que entrei, me aproximei e fiquei alguns minutos chapado, prestando a atenção nos instrumentos, nos timbres, na batida.

É algo mesmo sensacional, e não dá pra ficar com o pé parado. A batida do surdo faz vibrar cada parte do teu corpo, contagia. Confesso, adorei a experiência.

Assim, voltei pra casa querendo voltar, e com a impressão que eu não sou mais tão chato quanto eu pensava ser.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Sexo

Você pode pensar que eu coloquei esse título aí acima apenas para chamar a atenção, e no fundo é um pouco assim. Eu pensei num monte de coisas pra escrever, mas ficou isso mesmo. Mas chega, não é um post para se falar sobre títulos e estratégias para aparecer nas primeiras páginas no Google, é pra falar sobre.... sexo.

Quando eu comecei esse blog, lá pra 2002, eu jamais pensaria em expor a minha vida nele, muito menos falar sobre sexo. Sexo era tabu literário, eu não tinha o mínimo tato para escrever sobre ele. O tempo foi passando e comecei a me expor mais aqui, falar de mim, mas mesmo assim de sexo não. Tanto que no meu livro não tem nenhuma mísera cena de sexo e, quando se fez necessário, foi 'com as luzes apagadas'.

Eu ficava meio puto da vida com isso, porque meus textos puritanos e ingênuos estavam me enchendo o saco, daí resolvi meter os dois pés no peito e escrever um texto erótico, sem meias palavras. E foi um, foram dois, foram três e, finalmente parece que eu perdi esta trava.

Certo, certo, só que mais um vez eu estou desviando o foco do assunto principal do post. É sexo, sim, mas não é sexo literário e sim o que eu penso do sexo. Ok, deixa eu explicar direito, não vou ficar aqui falando sobre minhas opiniões, posições, fantasias e essas coisas, porque tudo tem limite, mas sim sobre uma peculiaridade.

Sim, eu adoro sexo, e conforme o tempo foi passando eu aprendi a gostar cada vez mais (com certeza tem a ver com o fato de que melhoramos com o passar do tempo), só que você também passa a dar valor para outras coisas nele, não apenas o ato em si. Sem ser piegas e essas coisas, mas muitas vezes ficamos pensando em como é o sexo perfeito. E, confessem, é isso que todo mundo quer.

O sexo perfeito passa por diversas fases. Atração física, preliminares, ato em si e o pós. Daí pensa: pós o que, caralho? A preparação pra uma segunda? Claro que não! O pós é aquilo que se inicia no momento que o sexo em si acaba. Porque durante é fácil, tá na pegação, tudo é bom e gostoso. Mas e depois? E depois que goza? Faz o que? Deita de dorme? Ou manda a mina embora?

Fosse fácil assim. Todo mundo já teve a sensação de pós sexo, de olhar pra pessoa e pensar "puta que pariu, que merda eu fazendo aqui? Quero sumir daqui". Isso é mais comum que parece, e por outro lado é uma sensação horrível. Horrível pra gente e pra outra pessoa. É nisto que eu falo do tal sexo perfeito.

O sexo perfeito nem sempre é aquele em que você mais goza, ou que você demora mais tempo, ou que a pessoa é a mais gostosa, mas sim é aquele em que, quando acaba, você olha pra pessoa ao seu lado (ou embaixo, ou em cima, depende da posição), lhe dá um beijo e depois ficam abraçados, quietinhos, até pegarem no sono. O sexo, para ser perfeito, precisa ser seguido deste conforto que só temos com poucas pessoas na vida, deste abraço e deste cochilo, e nunca com a vontade de sumir ou de mandar alguém embora.

Tem uma fase da vida que a gente pensa que sexo é penetração e acabou, mas ainda bem que a gente cresce, evolui e descobre que sexo é muito mais do que isso. E, é aí que a gente passa a gostar muito mais dele!

quarta-feira, setembro 09, 2009

É Porque a Gente Toca, a Gente Bebe e a Gente Se Diverte

Eu comecei a tocar baixo com 20 anos, de uma maneira oposta à grande maioria. Meus amigos tinham uma banda, falaram pra eu comprar um baixo e aprender a tocar, pra tocar com eles. Comprei, aprendi aos trancos e barrancos e logo estávamos fazendo shows. Claro, é pra ser considerado que os outros três tocavam muito bem.

Neste tempo toquei em três bandas e diversas formações diferentes. Toquei com cinco bateristas, cinco guitarristas, três vocalistas e dois tecladistas. Toquei também com amigos e com caras que eram apenas colegas de banda, toquei em formações divertidas e outras apenas suportáveis, mas é preciso constatar que nunca toquei num ambiente tão gostoso e agradável como essa formação do Bresser.

Certo que o Fábio e a Dany já falaram sobre isso, mas eu também preciso dar a minha opinião. E que não difere da deles. Chegamos num ponto em que quase nenhuma banda consegue chegar, e já convivi com muitas, posso falar com propriedade isso. Dentro do estúdio as músicas fluem, as composições tomam forma, o que já existia é aprimorado e o que não existia é criado. Mas não é só isso.

Eu costumo falar para eles que os nossos ensaios são, para mim, a mais barata e eficaz terapia que existe. Porque mais do que colegas de banda, viramos amigos, e mais do que amigos, viramos irmãos. E pela graça de Deus fazemos parte de uma família que cresce a cada dia pois temos a sorte de estarmos cercados de pessoas incríveis, que nos visitam, nos conhecem e passam a frequentar nossos ensaios, nossos shows, nossas Bressers Nights. E cada um traz uma coisinha nova e de boa pra gente.

Hoje o Bresser é uma família de quatro irmãos, duas cunhadas, uma pessoa que a gente não tem palavras para descrever e um monte de primos. E que, quando a família se reúne, sai de baixo!!!

Então, falo em nome dos outros três para agradecer todos que hoje fazem parte desta família Bresser, os que nos viram crescer ou os que nos conheceram agora, não tem problema, nós amamos todos vocês.

Obrigado Carol, Mariana, Kilt, Dayana, Luciana, Angélica, Paulo, Larissa, Ju D'Orácio, Ader e Ju, Dany, Regiane, Alê, Lara, Du, Renata, Roger e Sá, Fábio e Érica, Carol e Manu, Carla, Sarah, Re Prazeres, e quem mais eu possa ter esquecido. E que essa família aumente, pois nos nossos corações e nas mesas de boteco cabem muito mais.

Valeu, porque aqui é Bresser, porra!!!

terça-feira, setembro 08, 2009

Perfeições Pop

umas das músicas mais fodas da melhor cantora do mundo (ao menos para mim).



SHERYL CROW - IF IT MAKES YOU HAPPY

I've been long, a long way from here
Put on a poncho, played for mosquitos,
And drank til I was thirsty again
We went searching through thrift store jungles
Found Geronimo's rifle, Marilyn's shampoo
And Benny Goodman's corset and pen

Well, o.k. I made this up
I promised you I'd never give up

If it makes you happy
It can't be that bad
If it makes you happy
Then why the hell are you so sad

You get down, real low down
You listen to Coltrane, derail your own train
Well who hasn't been there before?
I come round, around the hard way
Bring you comics in bed, scrape the mold off the bread
And serve you french toast again

Well, o.k. I still get stoned
I'm not the kind of girl you'd take home

We've been far, far away from here
Put on a poncho, played for mosquitos
And everywhere in between
Well, o.k. we get along
So what if right now everything's wrong?


domingo, setembro 06, 2009

E Viveram Felizes Para Sempre? Mesmo?

Finais felizes. Fiz um comentário sobre eles estes dias e a Ju comentou que gosta deles abaixo. O que é engraçado, pois eu não gosto de finais felizes, literariamente falando.

Falo isto quando eu escrevo, eu já tentei diversas vezes mas não consigo terminar as minhas histórias com um final feliz, por mais que eu tente. Parece que sempre fica meio óbvio, muito certinho e previsível, chato até. Você tem milhares de forma de uma história terminar 'mal', mas apenas uma para terminar bem. Então acho que eu tento fugir do batido.

Isto não faz de mim uma pessoa amarga e triste, como pode pensar alguém que leia os meus contos aí ao lado, é apenas uma forma de escrever. Deve ser por isso que eu tenho uma extrema dificuldade em escrever comédia.

Mas, pra vida, até eu que sou tonto prefiro finais felizes.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Perfeições Pop

"You are more beautiful when you awake
Than most are in a lifetime"

Perfeição pop ao extremo, quando vc daria tudo para ter escrito um simples verso de uma canção, duas frases mais do que perfeitas.





Fragmentos

Quando eu era criança – e entenda-se bem criança mesmo – o momento da semana que eu mais esperava era o domingo, quando eu ia almoçar na casa dos meus avós e, depois de me empanturrar de macarronada, eu me sentava ao lado do meu avô e ficava a tarde inteira ouvindo as suas histórias.

Ele adorava contar as suas histórias, das coisas que ele tinha feito enquanto era jovem, antes de conhecer a minha avó e, pelo jeito, eu era a única pessoa da família que se interessava por ela pois, assim que ele se sentava em sua espaçosa poltrona, todo mundo arrumava, convenientemente, alguma coisa importante para fazer.

Mas eu não, eu adorava as suas histórias. Histórias sobre a guerra que ele participou, sobre as suas aventuras pelo interior desse país, sobre o tempo que ele abandonou tudo para seguir um circo, trabalhando como equilibrista, enfim, situações que, quando analisadas friamente pareciam fantasiosas e exageradas, era exatamente por isso que elas me fascinavam.

E assim seguiam meus domingos, algumas horas de agradáveis histórias até que meu avô, sentindo o peso da idade, adormecia, muitas vezes no meio de uma narrativa, deixando-me frustrado. E essa era a deixa da minha mãe me pegar e me levar embora.

Essa situação se repetiu por alguns anos, desde que eu me lembro por gente até por volta dos meus sete anos, quando meu avô, no lugar de contar a sua história dominical, me chamou para perto dele e, com uma voz ainda mais baixa que o normal, me disse:

- Meu neto, você pode fazer um favor para o vovô? – assenti com a cabeça, então ele continuou – Vá até o meu quarto, abra meu guarda-roupa e, debaixo de uma pilha de roupas velhas vai encontrar uma pasta de couro velha. Pegue-a e traga até mim.

Fui para pegar o que ele me pediu. Abri a porta antiga e foi fácil perceber uma pilha de camisas e blusas dobradas. Ergui-as com cuidado e lá estava, uma pasta de couro marrom, bem desgastada pelo tempo. Peguei tal e levei-a para a sala, colocando no colo dele. Segurando-a apoiada nas suas pernas, me perguntou:

- Você nunca se perguntou como eu tenho tantas histórias para contar? – para dizer a verdade, nunca, pois naquela idade tais coisas são completamente irrelevantes e lógica, realidade, coerência, verossimilhança, eram palavras e conceitos que eu somente iria conhecer alguns anos após, ao perder a doçura e a inocência da infância.

- Eu vou te contar um segredo, - continuou – um segredo que eu nunca contei para ninguém até hoje e que você precisa me prometer que nunca vai contar para ninguém, você me promete?

Concordei mais uma vez com a cabeça, quando ele me chamou para sentar ao lado dele, na poltrona, se apertando para o lado, liberando um espaço suficiente para que o meu corpo mirrado coubesse.

- O meu grande segredo é esse aqui. – disse, apontando para a pasta – foi ela quem me permitiu viver as maiores aventuras e ter a vida que muitos apenas podem sonhar, mas que, para mim, foi muito real. – Notando a minha expressão de perplexidade, ele começou a ser mais específico.

(...)

quinta-feira, setembro 03, 2009

Twittadas

Eu não sei direito o que eu quero da minha vida, em diversos sentidos, mas eu sei muito bem o que eu NÂO quero para ela

quarta-feira, setembro 02, 2009

Perfeições Pop

Porque eu adoro mulher cantando.

ANOTHER CALIFORNIA SONG - DAMHNAIT DOYLE

For a moment I believed
Once you came you'd never leave
Lay like that not long enough for me

You got the trackmarks of the trade
And every promise ever made
Swore that it would be the last for me

Does it give you a rush
To think that I want you so much

Said you were back to stay
I shoulda know better
Now you're half the way to California
Now I'm curled up on your side of the bed
And I'm thinkin' bout things you never said
I would have followed you to California

Smoked me like a cigarrette
Said that this won't hurt a bit
But you lied because it burned and it burned

Thanks a lot for leaving town
I'm so high I can't come down
Makes me wonder if I'll ever learn

Don't it give you a rush
To think that I want you so much

Said you were back to stay
I shoulda know better
Now you're half the way to California
Now I'm curled up on your side of the bed
And I'm thinkin' bout things you never said
I would have followed you to California

Do you come back 'cause you can
Am I just waiting for a ghost of a man?

And does it give you a rush
To think that I want you so much

Said you were back to stay
I shoulda know better
Now you're half the way to California
Now I'm curled up on your side of the bed
And I'm thinkin' bout things you never said
I would have followed you to California

Said you were back to stay
Well I shoulda know better
Now you're half the way to California
(I want you so bad)
Curled up on your side of the bed
I'm thinkin' bout things you never said
I would have followed you to California
(I want you so bad)
California

Said you were back to stay
I shoulda know better
Now you're half the way to California
Curled up on your side of the bed
I'm thinkin' bout things you never said
I would have followed you to California
(I want you so bad)

quarta-feira, agosto 26, 2009

Quero Muito Tudo Isso

Olha, eu não sou tiete, mas por ela eu largava tudo. Ela não é gostosona, tem cara de mulher 'normal', naquelas que a gente encontra no dia a dia, mas acho que é isto que faz ela tão linda.

95 Anos de História


95 anos de história
95 anos de vitórias
95 anos de batalhas
95 anos de conquistas
95 anos de paixão
95 anos de Palmeiras

Parabéns Palmeiras!

terça-feira, agosto 25, 2009

Uma História

Esta história me foi contada algum tempo atrás por uma pessoa muito querida, que por sua vez a ouviu de outra pessoa, que ouviu de outra, e de outra, e de outra, desde o início dos tempos, quando o mundo era muito diferente do que é agora. Neste mundo, mais puro, vivia um caçador. Na verdade ele não era um caçador, era um homem que morava sozinho numa casa de madeira no meio de um bosque e que, por isso, precisava caçar para comer, o que faz dele um caçador para nossos limitados olhos, mas ele também era um pescador, um lenhador, um plantador, um marceneiro.

E talvez seja agora chamado de caçador porque no dia específico que esta história começa (e é história mesmo, porque a primeira pessoa que a contou jura que é real, e esta afirmação continua a segui-la boca após boca) o homem estava com uma velha espingarda, velha para nós, mas nova para aquela época, procurando algum animal para abater e, depois, comer. Mas o dia não estava bom, e após vagar por cerca de duas horas, cansado, sentou-se por alguns instantes em uma pedra na beira de um riacho, para recuperar o fôlego. E foi neste momento que ele viu uma das mais belas criaturas que já tinha visto naquele bosque, uma pequena e delicada borboleta azul.

Já vira milhares de borboletas por aquele lugar, tantas que as ignorava, mas aquela era diferente, por algum motivo. E ficou a observá-la, ao longe, enquanto a mesma dançava no ar, em um espetáculo mágico. Ela se aproximava dele, voava na altura dos seus olhos e se afastava, fez isto algumas vezes e desapareceu.

O homem então se levantou, e ainda maravilhado pela pequena criatura, retomou a busca pela caça. Alguns dias depois, passando pelo mesmo local, viu a mesma borboleta, no mesmo balé aéreo, sozinha, como se fosse a imperadora suprema dos céus. O homem chegou mais perto dela e, instintivamente, estendeu o braço para que lá ela pousasse

A borboleta se aproximou, voou perto, até que, simplesmente pousou em seu braço, na altura do pulso. Ele a aproximou dos seus olhos, e pode notar com precisão seus detalhes. Ela era pequena, pequena mesmo para uma borboleta, tinha um corpo esguio e um par de asas extremamente delicadas, mas com um tom de azul e com detalhes os quais ele nunca havia presenciado antes. Porém, passados alguns momentos, a borboleta decolou rumo ao nada e sumiu.

Tal situação se deu mais algumas vezes, e a cada vez a borboleta ficava mais tempo pousada nas mãos do homem. Até que um dia ele resolveu que iria levá-la para casa pois, apesar de pequena e delicada, estava maravilhado por ela, e não queria mais apenas vê-la esporadicamente. Levantou-se e dizendo para ela não se preocupar, começou a andar em direção à sua cabana.

A borboleta parecia tê-lo entendido pois, até entrar em sua cabana, ficou imóvel para, lá, voar novamente, dentro da pequena morada. O homem estava encantado com tão linda criatura perto dele, não podia conter a sua alegria. Só que, algum tempo após, a borboleta pousou no parapeito da janela e, ele teve certeza q ela lhe olhava diretamente nos olhos.

Percebeu então que não poderia ter a borboleta. Estava claro em seus pequenos olhos, como se ela conversasse com ele (ele juraria após que a borboleta realmente conversou com ele, de alguma forma que não sabe explicar como) e o explicou que não poderia viver ali. Ela lhe disse que também estava encantada com a forma como ele a tratava, mas ela não poderia viver ali naquele momento. E voou.

O homem ficou muito chateado, magoado até, mas percebeu que seria o melhor naquele instante. Ele estava apaixonado pela borboleta, só que a entendia. Por outro lado a borboleta deixara aquele local com extremo pesar, mas tinha certeza que sempre encontraria lá, naquela pequena cabana, um porto seguro, um local onde ela poderia pousar e descansar, sem correr perigo algum.

Diz a história que a borboleta voltou algumas vezes para lá e, ela e o homem conversavam daquela forma que só eles sabiam como era. Só que, quem me contou a história não soube me dizer se algum dia a borboleta voltou para o homem, para a cabana. Se esta parte foi contada, se perdeu em algum lugar no tempo e no espaço, deixando este final não contado.

Então, só nos resta imaginar o final, cada um a sua maneira. Eu, pessoalmente, acredito que, um dia a borboleta voltou. Mas não sei, acho que sou apenas uma pessoa sentimental e que acredita em finais felizes, será que existe espaço para isto no mundo de hoje?

segunda-feira, agosto 24, 2009

Algo No Jeito Como Ela Se Move


Depois da peça de teatro, agora em livro.

Palmeiras, Samsung, Futebol e os Blogs – Os Blogs

Neste sábado eu fui convidado pela Samsung, juntamente com outros blogueiros da Mídia Palestrina, a assistir ao jogo entre Palmeiras e Internacional, no camarote do Palestra Itália.

Tratou-se de uma estratégia de mídia da patrocinadora do Palmeiras, que ao mesmo tempo em que convidou os blogueiros palmeirenses para assistir ao jogo de futebol e conhecer o camarote deles, aproveitou para criar uma identificação entre a marca e os torcedores.

Para quem não conhece, a Mídia Palestrina é uma rede de blogs que falam exclusivamente do Palmeiras para os palmeirenses, conversando de torcedor para torcedor. Tal iniciativa se deu porque a mídia tradicional tem uma ‘má vontade’ para com o Palmeiras e, desta forma, fez-se necessário criar uma mídia paralela para informar os verdadeiros palmeirenses (e agora, até torcedores de outros times). O que começou com alguns blogs tomou tal dimensão que atualmente estes são dezenas, chamando a atenção dos demais órgãos de imprensa, incomodando alguns, como já percebemos em diversos blogs de jornalistas, ou criando discussões saudáveis com outros.

Além disto, tal rede se fortifica fora do mundo virtual, seja por eventos como o Jogo das Barricas, que serve além de unir blogueiros palmeirenses, para manter a rivalidade saudável com os corinthianos e tirar um sarro dos sãopaulinos, seja fazendo novos companheiros de arquibancada e de bar.

E a Samsung percebeu isto. Percebeu que o palmeirense tem algumas singularidades, pois ao mesmo tempo que é o torcedor mais corneteiro e reclamão, é o mais passional e dos mais apaixonados. E também percebeu que patrocinar um time é muito mais do que simplesmente estampar uma logomarca em um uniforme de futebol.

No começo do ano, no lançamento do S4M5UN6 Scrapy, estes mesmos blogueiros foram convidados para assistir a um Palmeiras e São Paulo no Morumbi e, durante este, testar o novo aparelho celular, postando por via deste durante o jogo. Infelizmente, neste evento não pude comparecer, mas foi uma estratégia de sucesso, com custo baixo pelo alcance que teve.

Com o evento de sábado, a empresa estreitou mais ainda o relacionamento com os blogueiros. Desta vez não houve o lançamento de nenhum produto, somente do novo uniforme, o terceiro, azul com a Cruz de Savóia no peito. Uniforme este, lindo, que cada um de nós ganhou antes do jogo.

Lá, vimos o jogo, comemos, bebemos, conversamos, conhecemos blogueiros que não conhecíamos, e inconscientemente, assimilamos a marca, criamos identidade com ela.

Óbvio, o convite não foi feito com o objetivo de nos fazer sair do jogo direto para uma loja e comprar um celular, televisor ou aparelho de som da Samsung. Não, claro que não, o objetivo foi mesmo de criar uma identidade entre os palmeirenses e a marca. E isto sim gera muitas vendas, pois com isto, com esta identidade, tenderemos a adquirir estes produtos em detrimento ao de outras marcas, de preço e qualidade semelhante.

E nós não somos poucos, somos 30 milhões em todo o país, 30 milhões de apaixonados e passionais.

Onde entram os blogs nisto? Para quem não percebeu ainda, a Mídia Palestrina tem hoje uma visibilidade muito grande e, cada um dos presentes, com certeza estará escrevendo um post relatando este fato, vinculando o nome Samsung em suas páginas, solidificando a marca.

Só me resta então, dar parabéns para a Samsung e seu departamento de marketing, que soube se aproveitar das redes sociais (pois ela está presente também no Twitter, conosco) para se aproximar do Palmeiras e dos seus fanáticos torcedores, provando que realmente divulgar uma marca é muito mais que apenas expô-la aos olhos do consumidor. E também agradecer pela excelente acolhida que tivemos.

Para saber sobre o jogo em si e a nova camisa, visite o meu blog da Mídia Palestrina.

Ps: ao final do jogo, vimos pela primeira vez o vídeo feito pela Adidas para divulgar a camisa da Cruz de Savóia, contando a sua história. Nada menos que sensacional e emocionante. A Adidas, com a campanha da Segunda Pele e esta, mostra que também percebeu que o Palmeiras não é apenas um clube de futebol, é muito mais do que isto, criando produtos exclusivos e direcionados ao torcedor.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Perfeições Pop

Pra dar uma relaxada, depois de uma noite filha da puta.

SIGNAL FIRE - SNOW PATROL

The perfect words never crossed my mind,
'cause there was nothing in there but you,
I felt every ounce of me screaming out,
But the sound was trapped deep in me,
All I wanted just spin right past me,
While I was rooted fast to the earth,
I could be stuck here for a thousand years,
Without your arms to drag me out,

There you are standing right in front of me (x2)
All this here falls away to leave me naked,
Hold me close cause I need you to guide me to safety

No I wont wait forever (x2)

In the confusion and the aftermath,
You are my signal fire,
The only resolution and the only joy,
Is the faint spark of forgiveness in your eyes,

There you are standing right in front of me (x2)
All this here falls away to leave me naked,
Hold me close cause I need you to guide me to safety,

There you are standing right in front of me (x2)
All this here falls away to leave me naked,
Hold me close cause I need you to guide me to safety,

No I wont wait forever (x3)

quarta-feira, agosto 19, 2009

Quem Sou Eu Neste Merda?

A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam

Ruy Barbosa

Por que tem gente que rouba e, se devolver o que foi roubado, tá tudo tranquilo e eu, se roubar algo, vou preso, mesmo se devolver tudo?

Por que tem gente que pode xingar, ofender, falar merda a vontade de todo mundo, e se eu fizer o mesmo, sou processado?

Por que tem gente que passa em concurso sem prestar e ganha puta grana sem trabalhar, e eu tenho que me matar para ganhar meu salário suado?

Por que o Estado pode se negar a me oferecer segurança, saúda e educação, mas eu não posso me negar a pagar Impostos?

Por que tem gente que tem 'direito' a moradia, carro e mais um monte de coisas sem pagar nada, mesmo podendo pagar e eu não tenho carro e me mato pra pagar o aluguel e a conta do mercado?

Por que tem gente que não vai tomar no cu, porque eu estou cansado de tomar sozinho.

Assinado: Eu, qualquer brasileiro que você encontra pela rua, todos os dias.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Dois Terços Já Foram. Quem Vem Para Salvar?

Quando eu criei este blog, a principal razão dele de ser era escrever sobre música. O tempo passou, o leque de assuntos aumentou (graças a Deus) e, durante alguns períodos, eu não falo nada sobre música. Mas isto não significa que eu tenha parado de ouvir, muito pelo contrário.

Vivo atrás dos novos lançamentos, novos álbuns, algumas vezes de bandas que eu desconheço completamente, mas que baixo por indicação de conhecidos, de outros meios da imprensa ou sem nenhum motivo aparente. Conforme é possível conferir na listagem ao lado, desde o início do ano já ouvi 36 álbuns, sendo um EP e uma trilha sonora de filme, sem nenhuma novidade. Assim, foram 34 álbuns de inéditas.

Nesta lista constam clássicos (Bruce Springsteen, Bob Dylan, Cheap Trick, Iggy Pop), novos artistas (Daughtry, Metric, Kate Voegele, Regina Spector), alguns pouco conhecidos mas que eu adoro (Our Lady Peace, Collective Soul, Doves, Sam Roberts) e outros que eu nunca tinha ouvido falar antes desta audição (Chickenfoot, A Day to Remember, Gloriana, Kate Voegele) entre muitos outros, estas listas foram apenas uma amostra.

Porém pouca coisa me agradou de verdade, a ponto de se tornar constante na minha playlist. Para ser sincero, até o momento apenas três desta vasta lista mereceram tal glória (Ben Kweller, Lily Allen e The Decemberists). Diversos eu ouvi apenas uma vez e nunca mais.

Têm coisas boas por virem, como Pearl Jam e Muse, e espero que esta lista possa aumentar. Ou então que eu passe a gostar de outros, assim que ouvir com mais carinho.

Ps: após escrever este post, fui ouvir o "American Central Dust" do Son Voit e realmente constatei o que achei da primeira vez: é uma álbum deliciosamente triste.

domingo, agosto 16, 2009

Perfeições Pop

SEX TYPE THING

I am, I am, I am
I said I wanna get next to you
I said I gonna get close to you
You wouldn't want me have to hurt you too, hurt you too?

I ain't, I ain't, I ain't
A buyin' into your apathy
I'm gonna learn ya my philosophy
You wanna know about atrocity, atrocity?

I know you want what's on my mind
I know you like what's on my mind
I know it eats you up inside
I know, you know, you know, you know

I am a man, a man
I'll give ya somethin' that ya won't forget
I said ya shouldn't have worn that dress
I said ya shouldn't have worn that dress

I know you want what's on my mind
I know you like what's on my mind
I know it eats you up inside
I know, you know, you know, you know

Here I come, I come, I come

I am, I am, I am
I said I wanna get next to you
I said I gonna get close to you
You wouldn't want me have to hurt you too, hurt you too?

I know you want what's on my mind
I know you like what's on my mind
I know it eats you up inside
I know, you know, you know, you know
I know you want what's on my mind
I know you like what's on my mind
I know it eats you up inside
I know, you know, you know, you know

Here I come, I come, I come
Here I come, I come, I come
Here I come, I come, I come
Here I come, I come, I come

sexta-feira, agosto 14, 2009

Quanto custa?

Este ano que andava meio fraco de shows, ao menos para mim, já tem dois nomes que eu quero ver: Lily Allen e Fatih no More, com chances de outros nomes interessantes virem a confirmar, como Jane's Addiction, Green Day e mais uns que são apenas sondagens.

Mas o foda é a grana que morre em ambos: R$ 200,00 a pista simples, que em valores de hoje, equivalem a US$ 108,00. Sabe quando um show lá vai custar isto? Nunca! Só por curiosidade, vejam quanto custam alguns shows nos EUA:

Metallica - 29 de setembro - Dallas - US 69,50

Mötley Crüe + 5 - 05 de setembro - Nova Iorque - US 81,00

Incubus - 16 de agosto - Miami - US 36,00

Sugar Ray - 04 de agosto - Ft Lauderdale - U$ 24,99

AC/DC - 14 de agosto - Chicago - U$ 69,00

Precisa falar alguma coisa?

quarta-feira, agosto 12, 2009

Ando Só

ando só
pois só eu sei
pra onde ir
por onde andei
ando só
nem sei por que
não me pergunte
o que eu não sei


Quanto tempo de nossas vidas andamos só? Boa parte dela, podemos afirmar. Quantas vezes estamos sozinhos mesmo estando cercados por diversas pessoas? Muitas. E me sinto muito bem sozinho, muitas vezes isto é necessário, mas eu também sinto falta de não mais estar só, como todos.

O pecado mora ao lado
E o paraíso... paira no ar


E a solidão desaparece quando menos esperamos, sem qualquer explicação.

Cai a noite sobre a minha indecisão
Sobrevoa o inferno minha timidez
Um telefonema bastaria
Passaria a limpo a vida inteira
Cai a noite sem explicação
Sem fazer a ligação


É um estado de espírito. É um querer estar, muito mais do que um forçar estar. É mais simples do que parece, muito mais simples...

Já perdemos muito tempo brincando de perfeição
Esquecemos o que somos: simples de coração



Nós que complicamos...

Que a chuva caia como uma luva
Um diluvio um delírio
Que a chuva traga alivio imediato


...a vida, que é muito mais simples e suave e deliciosa que fazemos transparecer.

A vida é uma viagem
passagem só de ida
Há quem diga que não vale


E sim, eu quero. Quero isto que você está pensando, que você me disse.

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,
Às vezes fica longe, impossível de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom
Toda noite é noite de luar.


Quero, contra tudo, contra todos. Contra meus medos e minha demora. Quero.

Se faltar calor, a gente esquenta
Se ficar pequeno, a gente aumenta
E se não for possível, a gente tenta
Vamos velejar no mar de lama
Se faltar o vento, a gente inventa.


Você quer? Me quer?

quinta-feira, agosto 06, 2009

Perfeições Pop

ALCOHOL

Alcohol, my permanent accessory
Alcohol, a party-time necessity
Alchool, alternative to feeling like yourself
O Alcohol, I still drink to your health

I love you more than I did the week before
I discovered alcohol

Forget the caffe latte, screw the raspberry iced tea
A Malibu and Coke for you, a G&T for me
Alcohol, Your songs resolve like
my life never will
When someone else is picking up the bill

I love you more than I did the week before
I discovered alcohol
O Alcohol, would you please forgive me?
For while I cannot love myself
I'll use something else

I thought that Alcohol was just for those with
nothing else to do
I thought that drinking just to get drunk
was a waste of precious booze
But now I know that there's a time
and there's a place where I can choose
To walk the fine line between
self-control and self-abuse

I love you more than I did the week before
I discovered alcohol
Would you please ignore that you
found me on the floor
Trying on your camisole?
O Alcohol, would you please forgive me?
For while I cannot love myself
I'll use something else.

Would you please forgive me
Would you please forgive me


quarta-feira, agosto 05, 2009

Refilmagem

Quantas vezes na vida você tem a sensação de estar passando por uma situação que já viveu antes? Não de forma idêntica, mais como um filme refilmado em outras locações, com outros atores, mas em que a história é a mesma.

Nas primeiras cenas você já reconhece o roteiro, pois está muito óbvio. Passa a segunda, a terceira cena e cada vez é mais claro. Por se tratar de um diretor diferente, as nuances e forma como a história se desenrola muda um pouco, os diálogos também, mas só isso. Os personagens continuam agindo da mesma maneira.

Ou não. Porque nesta refilmagem existe a possibilidade de mudar o roteiro, desde que o ator principal assim deseje. Também, porque ele conhece o outro filme, e pode corrigir algumas falhas.

Agora, se isso fará o filme melhor? Impossível dizer, pois alterar algumas partes do roteiro pode alterar o filme. E o anterior, apesar dos pesares, teve um final feliz.

Vale a pena?

Perfeições Pop

STUCK IN A MOMENT

I'm not afraid
Of anything in this world
There's nothing you can throw at me
That I haven't already heard
I'm just trying to find
A decent melody
A song that I can sing
In my own company

I never thought you were a fool
But darling, look at you. Ooh.
You gotta stand up straight, carry your own weight
'Cause tears are going nowhere baby

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And now you can't get out of it
Don't say that later will be better
Now you're stuck in a moment
And you can't get out of it


I will not forsake
The colors that you bring
The nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted
By the light you brought to me
I listen through your ears
Through your eyes I can see

You are such a fool
To worry like you do.. Oh
I know it's tough
And you can never get enough
Of what you don't really need now
My, oh my

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And you can't get out of it
Oh love, look at you now
You've got yourself stuck in a moment
And you can't get out of it
Oh lord look at you now
You've got yourself stuck in a moment
And you cant gt out of it

I was unconscious, half asleep
The water is warm 'til you discover how deep
I wasn't jumping, for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment
And you can't get out of it
Don't say that later will be better
Now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along this stony pass

It's just a moment
This time will pass

segunda-feira, agosto 03, 2009

O Bom e Não Tão Velho Rock n Roll

Quem me lê há algum tempo, sabe que esta não é a primeira vez que eu toco no assunto que o rock n roll dos anos 2000 está bundão. Toda a putaria, a bebedeira, a irreverência, a rebeldia e a diversão que era do rock migrou para as meninas cantoras. As páginas dos tablóides que antes eram preenchidos por grandes rockstars hoje apresentam nomes como Amy Winehouse, Britney Spears, Lily Allen entre outras. Praticamente acabaram-se os nossos ídolos junkies como Jim Morrison, John Bohan, Keith Moon e, mais recentemente, Kurt Cobain. Os que ainda estão na ativa são os bons e velhos de sempre, Keith Richards, James Hatfield, Scott Weiland, Ozzy. A nova geração trouxe apenas nomes ‘fofinhos’ e engajados, uma geração criada com leite de pêra e ovomaltine. Falar o que de caras como Chris Martin, Brendon Flowers, entre outros, que só bebem água com gás, são vegetarianos e, bobear, não comem ninguém. Isto porque eu nem citei os emos.

Neste domingo, sem porra nenhuma pra fazer e sozinho em casa, tirei da prateleira a auto-biografia do Mötley Crüe, que já tinha começado a ler algum tempo atrás, mas que encontrava-se esquecida. Aproveitando o clima, coloquei um show deles pra rodar no DVD, como trilha sonora da leitura.

Intercalando a leitura com o DVD, pois um show do Mötley Crüe não é apenas musical, é acima de tudo visual, percebi que é isto que está faltando nesta nova cena. Esta molecada nova precisa assistir alguns shows deles e ler pelo menos parte da história deles. Primeiro, que no show há tudo que precisa ter num show de rock: música alta, baixo+guitarra+bateria, riffs e letras grudentas, pirotecnia, interação com o público e mulheres, muitas mulheres (inclusive mostrando os peitos para a câmera).

Segundo, que os caras viveram, e bobearem ainda vivem, o mais perfeito ‘rock n roll lifestyle’. Eles tem a vida que ninguém deveria ter, a não ser que você seja um rockstar, com excessos em todos os sentidos e de todas as formas. Eles gravaram álbuns sem lembrar que gravaram, viravam noites na bebida, arrumavam brigas homéricas, são cobertos de tatuagens, e pegavam todas as mulheres possíveis e imaginárias. E elas, amavam e ainda amam os caras.

Nestas histórias de exageros, foram abandonados pelo empresário, que os chamou da ‘pior banda para se trabalhar que existe’, o Nikki Sixx morreu, ficou morto por alguns minutos, ressucitou, levantou-se e saiu do hospital, indo pra casa encher a cara, o Tommy Lee ficou famoso pela fita de sexo na lua de mel com a Pamela Anderson e pelas idas e vindas nos tribunais, por suas brigas.

Mas continuam vivos, mostrando para essa juventude emo, como uma banda de rock tem que se portar e viver. Ah, não gosta e não agüenta? Então não tenta brincar de roqueiro, vai tocar MPB e pede um copo de leite.

Fato, o indie, e agora o emo, mataram o rock n roll e, sem querem, o grunge começou com isso, com sua personalidade depressiva. Mas isto é outra história.