quinta-feira, julho 30, 2009

Straight Eye for the Queer Guy

Antes um aviso: esse texto não faz questão alguma de ser politicamente correto. Assim, quem se irrita facilmente ou não sabe brincar, nem precisa continuar a leitura. Tchau.

No casamento do Roger e da Sá, estávamos bebendo e conversando eu, ele, o Fábio, o Toloi, o Naka e o Paulo, quando começou a tocar uma música da Madonna e um monte de gente foi dançar. Daí começamos a discutir se um homem pode gostar de Madonna e, chegamos a conclusão que ele pode até achar algumas músicas legais e achar ela gostosa, mas não pode ser fã dela, pois isto está restrito às mulheres e aos gays. Mas o problema é que existem alguns heterossexuais que gostam dela!

E, na verdade, o grande problema mesmo é que vivemos um momento em que a sociedade está tornando os homens cada vez menos homens, como se isso fosse um problema. Hoje, os exemplo de homens são o Hugh Grant, o Kaká e o Backham, filhos da mamãe bunda moles e que usam mais cremes que mulheres.

Para deixar bem claro, eu não estou falando de homossexuais, isso é uma outra história. Respeito eles, convivo muito bem com eles e quem me conhece sabe do que eu estou falando, mas sim dessa merda de 'macho' sensível que inventaram. Certo, como eu post na lista abaixo, o homem tem sim que respeitar a mulher, saber cozinhar, ajudar na casa e cuidar da aparência (com moderação) mas ao mesmo tempo não perde por nada o seu futebol, sabe trocar o pneu do carro e o chuveiro do banheiro, não ter problema em sentar num boteco sujo pra beber cerveja, comer amendoim e falar das gostosas.

Naquele casamento, com a pinga na cabeça, começamos a discutir como isso poderia mudar, como evitar que nós, machos de respeito, fossemos substituídos por essa coisa de metrossexual. Porque um macho de respeito abre a porta do carro pra mulher, mas quem dirige é ele. Passa perfume, mas não divide o creme com a namorada. E, se possível, não torce para o São Paulo. E chegamos a conclusão que essas coisinhas (também conhecidas na adolescência como emos) precisam é de um tratamento de choque.

Não existia na TV um programa chamado Queer Eye for the Straight Guy, onde cinco gays ajudavam um hetero? Então, nesta onda de reality shows concluímos que cairia muito bem um
Straight Eye for the Queer Guy, ou Machômetro, onde esses rapazinhos seriam levados para fazer coisas de macho, como tomar pinga as cinco da tarde em um bar de peão, trabalhar como servente de pedreiro, trocar o pneu de um carro e ir clube de strip, tendo que passar a mão na bunda das meninas e falar impropérios como 'gostosa, 'vagabunda' ou 'cachorra'.

Certo, são coisas extremas, exageradas, mas é parte da piada, ou do tratamento de choque mesmo. Cara quer ser homossexual, maravilha, é um direito de cada um escolher o que quer fazer com as suas coisas, mas não me venha com essa porra de macho sensível. Porque a mulher não quer um macho sensível, ela quer um gay para melhor amigo e um homem de verdade na cama.

E vivam os machos de respeito! Vamos tomar uma cerveja, dar uma coçada no saco e pegar umas gostosas pra comemorar.

quarta-feira, julho 29, 2009

#machoderespeito

O Ademir postou hoje no Twitter os mandamentos do macho de respeito, e eu não resisti, e postei aqui:

1) Não se declarar a uma mulher antes que ela faça isso

2) Nunca pegar a mulher de um amigo ou a ex, caso saiba que ele vai se importar com isso (se for ex, na dúvida, pergunte antes)

3) Nunca deixar de ver um jogo de futebol do seu time para acompanhar mulher em algum evento social

4) Não deixar de fazer nada do que gosta porque a sua namorada pediu. Um dia você vai se arrepender (Nunca deixar uma mulher mandar em você)

5) Não dizer o tempo todo que é macho. Homem que é homem não precisa reafirmar isso o tempo todo. Isso é coisa de idiota

6) Não aceitar traição. Ser corno manso não é ser macho (não precisa matar ninguém também, isso é burrice)

7) Nunca ser sustentado por uma mulher. Isso não quer dizer que não pode aceitar que ela pague algo ou te dê presentes, mas não viver às custas de uma mulher. (Caso contrário, você vai cair no mandamento 4: ela vai mandar em você)

8) Nunca implorar a atenção de uma mulher. Se ela não está nem aí para você, siga em frente, não se humilhe

9) Fazer de tudo para dar prazer a uma mulher na cama, colocando-a em primeiro lugar

10) Não tentar entender as mulheres

Urtigão



Isso pode parecer um post sobre o Muricy no Palmeiras, mas não é. Tudo que eu tenho a dizer sobre ele está no Palestra Per Sempre. Mas isso não quer dizer que este post não fale sobre futebol. Fala, também de futebol.

Eu venho todas as manhãs ouvindo a BandNews FM, e o Milton Neves tem uma coluna de futebol todos os dias. Hoje, tinha um convidado, que não lembro quem é, mas pela voz já era um senhor e, aberto a possibilidade dele fazer alguma pergunta para o Milton, ele começou com aquela ladaínha de futebol arte, que depois da seleção de 82 o Brasil nunca mais teve um time que jogou bonito, essas coisas. Então, o metrô entrou no túnel e não vi o resto da conversa.

Acho certo e coerente que as pessoas guardem boas lembranças de outros tempos e que o que foi bom seja louvado e lembrado, mas me irrita profundamente essa atitude, de gente 'velha' (mentalidade, não idade) e ranzinza, que só da valor para o que passou e já não existe mais, e que as coisas novas nunca são boas, por melhor que sejam.

Isso acontece em todos os meios a ambientes. A seleção de 82 era boa? Por que não ganhou a Copa então? Futebol é resultado, não espetáculo. Se eu compro ingresso pra ver uma peça de teatro, eu quero ver espetáculo, mas se eu compro para um jogo de futebol, eu quero é vitória, nem que seja jogando mal. Pra mim, a melhor seleção é a de 2002, que jogava bem, mas tinha vontade e foi campeã, com 100% de aproveitamento. Mas eu tenho coerência para dizer que essa seleção do Dunga parece estar no caminho certo e, quando eu vejo novos jogadores, eu acho que eles tem qualidade, não fico só pagando pau pra quem nem joga mais, como se eles fossem a última maravilha do futebol.

Na música isso também acontece, e muito. Canso de ver gente dizer que as últimas coisas que prestam foram gravadas quando o CD ainda era um devaneio tecnológico. Certo, eu adoro bandas antigas, mas muitas delas também são um porre, como existem ótimas bandas novas. Se Beatles e Queen são maravilhosos, assim o são Muse, Foo Fighters e Radiohead.

Enche o saco viver encapsulado no passado, com os olhos e os ouvidos tapados para o presente. Eu só espero que um dia eu não fique assim, porque pessoas assim são muito chatas!

segunda-feira, julho 27, 2009

Novo Conto

Novo conto no blog. Pra quem acha que eu não consigo escrever sobre temas amenos e fofinhos. =)

A Não-Ciência de Amar

sábado, julho 25, 2009

O Espelho É Nosso Reflexo Deturpado


Quando a Coraline atravessa a porta secreta, e sai no outro mundo, no primeiro momento é tudo bonito e agradável, é como se fosse uma versão perfeita do seu próprio mundo. Mas, conforme as situações foram se sucedendo, ela percebeu que lá era apenas uma versão deturpada de sua vida, que primeiro tentou agradá-la para depois devorá-la.

O espelho transmitia uma imagem deturpada de tudo, e é assim que funciona, porque na verdade ele reflete uma verdade inconveniente, aquela que quando pomos na boca é doce, mas que quando engolimos passa a ser amarga, deixando um gosto desagradável.


Estou com um gosto amargo na boca. Olhei para o espelho e vi a face pálida da mentira. Senti a dor infligida por cada pedaço de vidro que voou após o espelho estourar, cansado de fingir a verdade. Juntei os cacos, para montar uma nova peça e vi então os retalhos da minha face verdadeira.

Dizem que precisamos sentir na pele para saber o fazemos os outros sentir, mas nem sempre chega necessário tanto. Se conseguimos ver o outro lado do espelho, o opaco, sem brilho e sem reflexo, percebemos enfim como nos veem.

Não quero mais espelhos rachados nem imagens retalhadas. Não quero mais o gosto amargo que desce pela garganta, nem o peso da pedra que se acomoda no estômago. Não quero mais o calor que vem da dor de outrem. Não quero mais o reflexo deturpado de quem eu não sou. Não quero mais viver no Outro Mundo, ele não é mais legal, perdeu a graça.

Perfeições Pop

The Ice Is Getting Thinner

We're not the same, dear, as we used to be.
The seasons have changed and so have we.
There was little we could say, and even less we could do
To stop the ice from getting thinner under me and you.

We bury our love in the wintery grave
A lump in the snow was all that remained.
But we stayed by its side as the days turned to weeks
And the ice kept getting thinner with every word that we'd speak.

And when spring arrived
We were taken by surprise when the floes under our feet bled into the sea
And nothing was left for you and me.

We're not the same, dear,
And it seems to me
There's nowhere we can go
With nothing underneath.
And it saddens me to say
But we both know, well, it's true
That the ice was getting thinner
Under me and you.
The ice was getting thinner
Under me and you.

sexta-feira, julho 24, 2009

Drive My Car

Baby you can drive my car
Yes I'm gonna be a star
Baby you can drive my car
And maybe I'll love you

Eu dirijo desde que eu fiz 18 anos. Fiz aniversário em um dia, no outro já estava entrando com a documentação na auto escola para dar entrada na papelada para tirar a minha habilitação. Desde lá, eu nunca fiquei sem carro, dirigia praticamente todos os dias, ia para todos os cantos possíveis e imaginários com o carro, mesmo que não fosse necessário.

Neste começo de ano, quando voltei para São Paulo, vim sem carro. E tive que me reeducar. Andava muito pouco de metrô e não sabia andar de ônibus, então só me restava começar do zero.

Alguns meses se passaram e, mais uma vez, essa cidade caótica me surpreendeu. Da primeira vez ela me mostrou que era muito legal, e fez meu ódio/temor desaparecer. Da segunda, me mostrou que não era nenhum bicho de sete cabeças dirigir por ela, chegando ao ponto de eu saber me locomover por praticamente toda a cidade. E agora, descobri que a vida sem carro em Sampa pode ser muito mais sossegada e divertida do que a motorizada.

Tá, tem horas ruins, como esta em que eu escrevo, com frio, chuva e pé molhado, mas só de imaginar o trânsito que está lá fora e que eu não terei que enfrentar, sinto um alívio enorme. Me habituei com o ônibus e o metrô, vou ouvindo música ou notícias, lendo ou até mesmo cochilando. E posso beber, não preciso me preocupar com o carro roubado, estragado ou batido, além do custo que eu não tenho.

Motivos esses que me levam a pensar se eu quero comprar um carro agora. Tinha planejado adquirir um no meio do ano, mas a pergunta que não quer se calar é: será que eu quero um? Sinceramente, ando pensando muito e acho que, neste momento, não quero não. O custo benefício não compensará.

Claro, um dia eu vou comprar, mas agora não, agradeço.

terça-feira, julho 21, 2009

Fotos Emboloradas no Sótão 2

Continuando a saga de separar as coisas velhas e jogar fora o que não presta, ontem a noite eu peguei os meus álbuns de fotos (pois é, antigamente a gente usava filme pra tirar foto e tinha que revelar em papel) e tratei de organizá-los. Primeiro, para colocar as fotos em um álbum só, de maneira mais organizada e também para descartar um monte desnecessárias.

Fotos, por motivos óbvios, nos remetem às lembranças do passado. Situações vividas e pessoas que você não tem mais contato, mas que, por um período de tempo, foram constantes em nossas vidas. Pelo fato de quase sempre tirarmos fotos em momentos alegres e descontraídos, as lembranças são as melhores possíveis. Tenho fotos de viagens, de churrascos, de bebedeiras, de shows, tanto tocados como assistidos ou mesmo fotos de nada, de ocasião especial alguma, apenas uma desculpa para fazer pose para uma máquina.

Eu não tenho muito o costume de tirar fotos, tanto que a minha máquina, que ainda está em SBO, é uma Kodak 2.o, que eu comprei no Canadá, em 2003, a qual eu raramente uso, então eu dependo da boa vontade dos outros para conseguir fotos. Mas tudo bem, sempre tem um viciado com uma câmera.

As fotos mais novas são digitais, e estão no HD do meu computador, de forma que as fotos selecionadas ontem têm, no mínimo 6 anos, e são filhas únicas, pois os negativos desapareceram.

Vendo as fotos, eu cheguei às seguites conclusões:

- eu era feio pra cacete

- eu me vestia muito mal

- eu tinha (tenho) cara de criança sem barba

- já tive uma porrada de corte de cabelo diferente

- muitos amigos que estão em muitas fotos pertencem à minha vida até hoje, pra minha alegria

- a gente adorava (adora) sair pra beber

- eu tive muitos momentos feliz

- e eu era feio pra cacete. ah, eu já disse isso...

domingo, julho 19, 2009

Fotos Emboloradas no Sótão

A grande maioria das nossas coisas (minhas e da minha família) encontram-se encaixotadas no sótão da casa que era da minha avó e numa salinha aos fundos dela. Décadas de coisas que não cabem mais nas nossas casas, uma vez que eu moro aqui em SP, minha irmã se casou e mudou pra Limeira e meus pais ainda moram com meus irmãos em SBO mas, como é menos gente, a casa passou a ser menor. E dá-lhe coisa velha guardada.

Eu sempre mexo lá, mas superficialmente, e nestes dias estamos tirando tudo de lá para desocupar a casa e separar o que é bom do que é ruim, pois tem muita coisa que é sem uso ou que se estragou neste tempo. E quando se mexe nisto, é como abrir uma caixa de lembranças. A cada caixa ou sacola aberta, as lembranças vão saltando, coisas ou fatos que nem me lembrava mais existirem reaparecem, deixando na boca um gostinho doce e ao mesmo tempo amargo, de tempos que já se foram e não voltam mais.

Livros dos mais diversos tipos, de direito, juvenis, romances, estudos. Quadrinhos. Revistas velhas. Fotos. Minha planilhas, histórias e dados de RPG. Meu poncho escoteiro. Minhas faixas de judô. Folhetos das minhas viagens. Utensílios do primeiro apartamento. Camisas de times. Muitas coisas de um tempo em que a vida era mais suave e eu era mais inocente e sorridente.

Naquele momento, e nas horas seguintes, uma sensação ruim se abateu sobre mim, um misto de tristeza e decepção, pois tal serviu para desencavar lembranças muito bem sepultadas, porém acho que ao final foi para o bem, para eu lidar melhor com isso e, finalmente, deixar as energias fluírem. Joguei caixas no lixo, separei livros para a biblioteca e roupas para quem precisa, mas, principalmente, me conscientizei que, por mais que não voltem mais, as boas lembranças não serão tomadas de mim, como muitas outras coisas foram.

Bem, pelo menos eu estou tentando me conscientizar, mas é um trabalho árduo.

sexta-feira, julho 17, 2009

Solidão, Eu Tenho Uma Pra Viver

d
mesmo cercado de olhos, ninguém me vê
mesmo cercado de mãos, ninguém me toca
pois na minha solidão, estou isolado
em meio à multidão de passos apressados
que não me notam, que não me veem
lábios e abraços frios, almas enrijecidas
ignoram uma face enrugada pelas lágrimas
da solidão

estou sozinho

quinta-feira, julho 16, 2009

Sem Tempo

Correria. Ando meio sem tempo, mas logo eu vou atualizar essa bagaça. Muita coisa para ser dita.

segunda-feira, julho 13, 2009

O Dia de Hoje ou Todos os Dias do Ano

Hoje é o dia do rock. E eu digo: "tanto faz".

Primeiro, que isso não faz diferença nenhuma. Algumas rádios e emissoras de tv usam o mote pra tocar meia dúzia de músicas, os clássicos de sempre, e no outro dia a merda volta a ser predominante.

Segundo, que até parece que vou ouvir rock hoje por causa do dia.Caralho, eu ouço rock todos os dias da minha vida (pelo menos uma música, não importa o dia ou onde estou) nos últimos 15 anos. Rock é uma das forças motrizes da minha vida, influenciando modo de pensar, de vestir, hobbies, amigos, literatura e escrita. 90% de tudo que eu ouço é rock, independente do estilo, do peso e do idioma.

Tenho uma coleção enorme de CDs e DVDs, milhares de músicas no HD do meu notebook. Já fui a dezenas de shows, sozinho, em dias de chuva, longe de casa ou gastando o dinheiro que não tinha. Meu hobby é tocar contra-baixo, e é a única coisa na minha vida que agarrei com unhas e dentes e aprendi a tocar por pura teimosia. Até duas das minhas tatuagens tem a ver com o rock.

Assim, para mim não existe um dia do rock, pois todos os dias eu ouço e vivo a música, e o rock mais especificamente.

God gave rock and roll to you, gave rock and roll to you
Put it in the soul of everyone

terça-feira, julho 07, 2009

A Santíssima Trindade

Eu gosto é de mulher que gosta de futebol, toma cerveja e fala palavrão.

Eu já postei esta frase solta neste blog alguns anos atrás, quando não existia o Twitter, e cada dia que se passa eu me convenço mais da veracidade desta máxima. Claro, daí vem os mais puritanos, dizer que isto 'masculiniza' as mulheres, que se eu gosto disto deveria sair com homens e mais um monte de besteiras, mas eu ignoro estas merdas.

Conheci muitas mulheres lindas, femininas e sensuais, que também eram companhias incríveis numa mesa de boteco, com umas garrafas de cerveja na mesa e um jogo rolando na TV. Pra dizer a verdade, estas são as melhores, porque o assunto rende muito mais e não há a necessidade de se ficar cheio de dedos, com medo de assustar ou causar má impressão.

Não sei se vou me casar um dia nem quando eu vou namorar novamente, e também não existe uma receita de bolo para o amor, mas uma mulher que goste de futebol (se for palmeirense, melhor, mas não precisa ser), beba cerveja e fale palavrão é do caralho. E manda mais uma cerveja gelada e dois copos.