sexta-feira, outubro 31, 2008

Catado

Halloween, esquema pro SPFW ser campeão, Luxa mais preocupado com o Dunga que com o Brasileiro, economia em cacos, governo liberando sangue para o vampiro e não para os doentes, frio depois de uma semana de calor, a primeira música com letra minha saindo do forno junto com a cover da melhor música em português 'ever', repescagem da Mostra, dores de cabeça infernais, quatro anos no inferno, um ano com um anjo.

terça-feira, outubro 28, 2008

A Origem do Ódio

Muito eu me pergunto do motivo de tanto ódio à equipe do SPFW, também conhecida vulgarmente como "os bambis". Digo pois até um tempo atrás elas eram apenas mais um rival do Palmeiras, no mesmo nível dos Gambás, então resolvi fazer um exercício mental e descobrir o estopim de tal, ao menos no meu caso, já que hoje motivos não faltam para odiá-las.

E consegui. Viajei de volta ao ano de 2002 (se a memória não me prega uma peça), quando ainda era diretor jurídico / advogado do União Barbarense, equipe da minha cidade natal e que, naquela época, fazia bonito na primeira divisão do Paulista. Nesse ano, um moleque das categorias de base despontava com grandes chances de fazer um bom papel na equipe principal. Era um centroavante, cria da cidade, que começou jogando em equipes menores do futebol amador local para, enfim, ter uma chance no futebol profissional.

As chances foram dadas, ele aproveitou e era uma das esperanças para a disputa do Paulista daquele ano. Esperança de um bom futebol mas, mais ainda, esperança de poder render algum dinheiro ao clube, no final do campeonato, pois infelizmente é só assim que clubes do interior sobrevivem.

Porém, pouco antes do campeonato começar, ele começou a se portar de maneira estranha. E, dessa forma, as tentativas de se fazer um bom contrato profissional com ele (que agradassem ambas as partes, vez que até então ele era apenas um júnior) viraram água, principalmente depois que ele desapareceu.

De repente, alguns dias depois, aparece em meu escritório um senhor que se dizia "amigo da família", explicando que ele tinha sido "convidado" por alguém do SPFW para, "descompromissadamente" conhecer o CT de treinamento delas. Percebi finalmente o que estava acontecendo, que já tínhamos perdido o atleta, então não restava outra alternativa senão acertar uma rescisão amigável.

Cumpre salientar nesse momento que, uma vez que ele ainda era uma promessa, seu contrato previa uma multa rescisória de apenas R$ 20.000,00.

Fizemos uma proposta para esse "amigo", num valor que não lembro mais (porém superior a esse acima). E o assunto começou a ser ventilado pela mídia, sendo isso negado por parte das Leonoras, já que elas nunca aliciavam atletas vinculados a outros clubes, posando se arautos da moralidade.

Mas não é que um dia somos surpreendidos com uma intimação da justiça do trabalho, em que o atleta requeria a rescisão unilateral do contrato, com o depósito em juízo do valor da multa rescisória? Estupefatos, fomos atrás do "amigo" e descobrimos que ele próprio contratou um advogado para o atleta, e que esse advogado "emprestou" para o atleta (uma vez que ele vinha de uma família pobre) a quantia dos vinte mil reais para que ele pudesse rescindir o contrato. Claro, isso tudo sem ele ter qualquer "proposta" oficial de nenhum clube, especialmente delas.

Não tendo mais nada o que fazer, eu me dirigi no dia até a justiça do trabalho, onde conheci os dois "advogados" dele. Como é costumeiro, a audiência atrasou muito e fiquei conversando com os advogados, que soltaram no meio da conversa serem sãopaulinos e ou conselheiros ou filhos de conselheiros (não me lembro mais) bambis.

Sem mais delongas, o depósito foi efetuado, o jogador liberado e, poucos dias depois, ele veio a assinar com o SPFW, uma vez que agora que ele era um jogador sem vínculo com nenhum clube, e então os "éticos", "profissionais" e "íntegros" dirigentes Leonores puderam contratá-lo.

Culpa do atleta? Não, eu não vejo nenhuma, ele estava apenas pensando no teu futuro, e deslumbrado com a "estrutura" delas. Culpa sim de um clube que prega o profissionalismo pela frente, mas que nos bastidores é sujo, traiçoeiro e nojento.

Isto não é algo que me foi contado pelo primo do vizinho de um amigo, e sim algo que eu presenciei. Assim, não há o que ser rebatido ou desmentido, pois é o relato da verdade. Uma verdade amargurada e carregada de ódio, mas a verdade.

E então a rivalidade virou ódio, e o respeito por aquela camisa desapareceu.

Parado no Tempo

Em 2003, eu postei o meu time de todos os tempos do Palmeiras como sendo:

Marcos. Arce, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos. César Sampaio, Amaral, Rivaldo e Alex, Evair e Edmundo.

Em 2008, cinco anos depois, eu não consigo pensar em ninguém para entrar nessa lista.

Decepção. Anos de decepção.

Crédulo


Eu quero acreditar, mas o Palmeiras não colabora.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Blogspot for Dummies

Estou me divertindo com essas "modernidades" do Blogspot. Para um não-programador em HTML como eu, que programou pela última vez em "C", é uma ótima!

Mostra de Cinema

Esse ano eu, ainda que tardiamente, acompanhei a minha primeira Mostra de Cinema. Para ser gramaticamente correto, estou acompanhando, pois tenho ingressos para serem trocados na repescagem. Comprei a minha credencial de 20 filmes e, em dois finais de semana, assisti a 13 filmes, o que pode ser pouco para a maioria dos seus assíduos frequentadores, mas para mim é muito!

Confesso que acabei indo à Mostra mais influenciado pela Alê (e claro, pra não ficar três finais de semana sem namorada), uma vez que por mais que ela diga que não entende como eu não gosto de filmes menos comerciais, ainda prefiro os filmes mais padrão Holywood e narrados em português, mas admito que assisti algumas coisas muito boas (e é claro, algumas bombas também).

Não me arrisco à resenhar os filmes, pois nem de longe tenho a capacidade e o conhecimento de blogueiros como a própria Alê (que infelizmente esse ano está sem internet e não tem como fazer as suas resenhas, que eu acompanhava ano passado, enquanto ainda só estava de olho nela) e do Michel, mas não custa escrver uma ou duas linhas de cada filme que vi até agora, atendo-me a minha opinião de leigo, sem esmiuçar sobre a trajetória do diretor, sobre o estilo de filmagem ou detalhes técnicos como fotografia:

Rebobine, Por Favor: Qualquer filme com o Jack Black merece, no mínimo, minha atenção especial, e essa dita homenagem à história do cinema é muito divertida.

Alvorada em Sunset: A idéia é boa, tem algumas tiradas engraçadas, mas não gostei do filme não. Tem hora que parece que vai virar um pornô (oba, putaria!), mas acaba sendo uma sucessão de broxadas.

Juventude: A primeira surpresa positiva da Mostra, um filme com diálogos rápidos e ácidos, que compensam totalmente aItálico falta de ação. Para alguém que quer ser escritor, uma aula de roteiro.

Feliz Natal: Outro filme brasileiro (dois seguidos? Quem te viu, quem te vê, meu filho), não tão bom quando ao anterior, mas bem angustiante, se bem que com alguns furos no roteiro.

The Collective: O grande fiasco. Um filme com roteiro de Sessão da Tarde dos anos 80 filmado pelo pessoal do Hermes e Renato. Não vale nem pela piada.

O Poderoso Chefão: Tá, eu sei, é um filme antigo. Tá, eu sei, é um clássico e é inadmissível eu ter demorado tanto para assisti-lo. Tá, eu sei, é foda!!!

Queime Depois de Ler: Eu nunca tinha visto (nem ouvido) a Alê rir tanto assistindo um filme. Então, para um bom entendedor meia palavra basta, e minhas mandíbulas doem.

Moscou, Bélgica: Iniciou minha trilogia de filmes não falados em inglês (outra primeira vez minha), uma história romantica interessante, mas sem nada demais.

Gomorra: Deveria ser um filme que fala sobre a máfia em Napoles. Deveria ser um bom filme, pois vem sendo muito bem elogiado. Na verdade, deve ser tudo isso, mas eu não entendi porra nenhuma, pra mim não passou de uma colagem de histórias desconexas e mal explicadas.

Fuera de Carta: Uma comédia espanhola que entrou como um encaixe, mas que foi para mim a melhor surpresa da Mostra. Hilária, para não dizer outras coisas.

Heróis da Vizinhança: Uma história de amor alemã, numa cidadezinha onde tudo parece dar errado, as vidas se cruzam e tudo se acerta ao mesmo tempo.

Confissões de Super-Heróis: Um angustiante documentário sobre pessoas que se vestem de super heróis para ganharem dinheiro na rua. Acho que não vou mais deixar o Lucas se vestir de Homem Aranha.

A Guitarra: Filme hollywoodiano. Suave, divertido e insípido como um fime deve ser aos domingos a noite. E isso não é uma crítica.

Amanhã?

O amanhã tem esse nome, porque sempre é amanhã, ele nunca chega!

Eu estou cansado de viver o hoje...

quarta-feira, outubro 22, 2008

O Poder

o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente
Nicolau Maquiavel - O Príncipe


Maquiavel estava certo, e tal é uma premissa que nunca vai mudar. Desde o início dos tempos, o homem buscava e temia o poder. Buscava por motivos óbvios e temia deixar-se corromper por ele.

Esse final de semana eu finalmente conseguir assistir a um dos mais famosos e elogiados filmes de todos os tempos, "O Poderoso Chefão". E foi grande estilo, no Cine Sesc, numa versão restaurada. Realmente, é um puta filme!

Mas o que tem a ver Maquiavel com Coppola? O que tem a ver "O Principe" dele com "O Poderoso Chefão" do Mario Puzo? Na verdade, tem tudo a ver. Como todo mundo sabe (e agora até eu sei), o personagem do Al Pacino, o filho mais novo de Don Corleone, passa a maior parte do filme demonstrando claramente que não quer fazer parte da 'rotina' da família, não quer seguir os passos do pai, não quer ser o novo 'capo' e sim seguir uma vida normal, com sua namorada. Ou seja, ele não quer ser um mafioso.

Com o decorrer do filme, fatos vão acontecendo que, supostamente, o fazem ir de encontro ao seu destino, tendo que se envolver com a máfia, até que se vê envolvido de uma tal maneira que não há como voltar atrás, e acaba corrompido. Porém, pode-se ter outra visão da história, e eu acredito que seja essa que o Mário Puzo quis contar.

Ao final do filme, rememorando todas as passagens, fica muito claro que o Michael está predestinado a suceder ao pai no comando, e as suas atitudes demonstram que ele sabe muito bem disso. Mas ele tem medo. Tem medo de se transformar no momento que assumir essa responsabilidade, pois os poderes que vêm com o cargo são muito tentadores, o poder de manipular, ameaçar, conquistar, matar. A ganância, o orgulho, a cobiça.

E esta dualidade, entre a tentação pelo poder e o medo das consequências desaparecem por completo quando a sua esposa italiana é assassinada, é a 'desculpa' que ele tanto precisava, o seu auto convencimento, para poder enfim seguir o seu destino, coisa que faz muito bem.

Alguém dizer que não será corrompido pelo poder é o mesmo que dizer que vai caminhar na neve e não sentirá frio. O poder corrompe, sempre corrompeu e vai continuar corrompendo para todo o sempre. O poder tem a capacidade de extrair o pior de cada ser humano, faz com que ela esqueça suas raízes, sua moral, sua consciência.

Fama é afrodisíaca, dinheiro é relaxante, mas o poder, como o próprio nome diz, é o topo da escada da vida. O resto, vem por conseqüência.

terça-feira, outubro 21, 2008

Imagine

Imagine there's no Heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

You may say that
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

segunda-feira, outubro 20, 2008

Bambis

Minha namorada é sãopaulina

Meu melhor amigo é sãopaulino

Mas eu ODEIO esse time mais do que qualquer um outro que existe, já existiu e que possa existir. Não é rivalidade, é ódio mesmo, ao time e a tudo que elas representam!

O Jogo da Raça


Não tive condições de ver o jogo inteiro no domingo, só o primeiro tempo, ou seja, o tempo ruim, naquele onde o Palmeiras pressionou e levou dois gols, mas pelo que vi e o que li de pessoas que acompanharam o jogo, foi um jogão, digno de final, com direito a todo o tempero necessário para uma final do campeonato mais disputado da história dos pontos corridos.

O que mais me agradou foi uma coisa que eu não via no Palmeiras desde a campanha da Série B: raça! Claro que nem todos os jogadores têm isso, mas o que pude perceber nos últimos jogos, foi que grande parte do time está decidido a ser campeão. O Marcos não tem o que dizer sobre ele; o Martinez está se sacrificando e dando padrão a zaga, que já tem o guerreiro Gustavo e o recém contratado, que parece que nunca deixou de jogar no Verdão, Roque Júnior; o Leandro está dando gosto ver jogar, nunca esperava isso dele, e já merece o lugar de titular (a convocação apenas é injusta) na seleção; Pierre e Sandro Silva formam hoje uma das melhores duplas de volantes do país; o Diego Souza cresceu muito, assim como o Denilson, além do artilheiro Alex Mineiro. Porém, é de se louvar o que o Kléber está fazendo.

Ele não faz muitos gols, leva porrada pra caralho, é perseguido por essa corja que antes se vestia de preto e pela imprensinha de merda, tendenciosa como ela só, mas nunca desiste, nunca afina, nunca se entrega. E o primeiro gol foi a cara deste Palmeiras: a habilidade do Denilson, que deixou aquele imbecil do André Dias no chão e a raça do Kléber, empurrando no carrinho e na força a bola pra dentro da rede.

Isso mostra sim que este time tem a cara do campeão, mas um campeão como a gente gosta, com futebol bonito, mas também calção sujo de terra e sangue nos olhos. Um time que sabe jogar, mas que quando precisa ser na força, vai assim mesmo, porque aquela camisa verde transpira raça, sangue, vontade, porque para vestir aquela camisa precisa ter hombridade, ter brio. E nessa hora, na hora de mostrar quem é macho e buscar o resultado perdido, um certo time do Jardim Leonor não agüenta o jogo. E chora.
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Em tempo: Fez-se a justiça no caso Kléber. Mas agora os bambis começaram com frescura por causa do Alex Mineiro. Ô bicharada irritante!

terça-feira, outubro 14, 2008

É Domingo



segunda-feira, outubro 13, 2008

Funhouse




Finalmente eu consegui sentar um pouco e posso escrever sobre o show de sábado na Funhouse. Obviamente que não vou me meter a besta de fazer uma resenha, seria egocentrismo demais, mas que foi uma experiência incrível, isso foi.

Primeiro que é sempre bom fazer um show numa casa com uma estrutura bacana e para um público não composto apenas por convidados da banda. Claro que não dá para esperar uma acolhida calorosa, mas mostrar o trabalho pras pessoas faz parte do que desejamos.

Depois, que o simples fato de tocar é do caralho! Vai dando entrosamento pra banda, o pré show é uma coisa muito legal e, meu, tocar é do caralho!

Finalmente, a Funhouse é um lugar com história, foi a primeira casa da cena que eu fui, lá pelos longínquos 2002, quando eu comecei a ir para São Paulo, numa epopeia que incluía sair de SBO nas tardes de sábado, ficar na noite até abrir o metrô e pegar o primeiro ônibus do domingo de volta para casa. Exatamente por isso, estar naquele palco teve um gostinho especial para mim.

Foi um sábado muito feliz e agradeço a todos que lá estiveram!

3 Canções

Três canções pelas quais eu daria um dedo para tê-las compostas:

- Bohemian Rhapdosy - Queen
- The Scientist - Coldplay
- Piano Bar - Engenheiros do Hawaii

quarta-feira, outubro 08, 2008

A Minoria

Num grupo de discussão, eu sempre sou minoria, porque:

- sou palmeirense
- sou espírita
- não sou comunista nem tenho a menor simpatia pelo Che Guevara
- gosto de rock

Mas eu adoro uma discussão! =)

VMB 2009

Porque adaptar (plagiar?) com estilo é uma arte


VMB 2008: A melhor festa do ano (para variar)
por Felipe Machado, Seção: Baladas s 13:24:57.

Como sempre, o Video Music Brasil da MTV foi a melhor festa do ano. Eu divido o ano, inclusive, em duas partes: antes do VMB e depois do VMB. Como a festa acontece sempre nessa época (mais ou menos), dá para dizer que a festa marca o início... do fim do ano. É isso aí: eu já estou pensando em 2009.

Antes de falar da festa, no entanto, vamos falar da premiação. E isso também foi como sempre: um pouco longa, mas com uma produção incrível, momentos divertidos, alguns micos.

O apresentador Marcos Mion, por exemplo, foi muito bem. É claro que o egocentrismo dele irrita um pouco, principalmente pela necessidade de tirar a camisa e mostrar que está fortão, etc. Mas acho que ele está mais na boa, perdeu um pouco aquele jeito adolescente/trash que ele tinha há alguns anos. Hoje, ele parece ser um cara engraçado e inteligente. Não sei se foi porque Daniela Cicarelli era muito ruim (só valia a pena para quem assistisse o programa sem som, porque, convenhamos, ela é muito linda), mas Mion tem o ritmo perfeito para o VMB: é divertido, ágil, tem boas sacadas. É engraçado perceber isso, mas em um país com tradição forte em TV como o Brasil, parece que ainda falta gente com aptidão para o papel de Mestre de Cerimônias, principalmente em um evento jovem e descolado como o VMB. Talvez o Marcelo Adnet, que também foi muito bem ontem, possa ser uma aposta para o ano que vem. Ele foi muito engraçado, principalmente nas imitações - Dinho Ouro Preto, por exemplo, ficou igualzinho.

Uma coisa que eu acho ridícula nas bandas que ganham o VMB: ninguém fala nada com nada na hora que sobe no palco. Os indicados poderiam pelo menos pensar num textinho para o caso de ganharem. Não precisa ser uma lista do Oscar, mas pelo menos alguma coisa que fuja do 'Porraaaaaaaa', 'Demaaaaaais', 'Aêêêê', 'Valeeeeeeuuuu' e coisas do tipo. Alguém ainda acha que falar palavrão na TV ao vivo é símbolo de subversão? É burrice e só. Não precisa declarar a teoria da relatividade, mas pelo menos alguém podia subir no palco e dizer alguma coisa interessante. Seria inédito.

A premiação do VMB também marcou a estréia da banda Nove Mil Anjos. Eles se acham uma 'superbanda', mas estão longe disso. No máximo eles são uma superbanda teen, mas acho que nem isso. Para quem não sabe, NMA é a banda do Junior-da-Sandy-&-Junior, também conhecido como Junior Lima. A banda tem, sim, bons músicos: Junior é um bom baterista, Champignon (ex-Charlie Brown) é um bom baixista, Peu (ex-Pitty) é um bom guitarrista. O vocal é um cara desconhecido, o nome dele é Péricles/Perí. Mas acho que sobrou um pouco de atitude e faltou som na apresentação de ontem. Os caras estavam tão ansiosos que passaram a música inteira pulando de um lado para o outro; isso é legal para agitar o público, mas fica meio 'over' quando ninguém conhece a música ou a banda. O som deles é uma mistura de Red Hot Chili Peppers com Velvet Revolver; um hard rock com pegada anos 70 e um pouco de groove. Parece bom no papel, não? Mas 'Chuva Agora' podia ter um refrão mais forte, uma linha vocal mais definida... é o tipo de 'somzera' meio indefinida que quando acaba você nem se lembra de como era a música. Mas desejo boa sorte a eles, se tiverem humildade e deixarem de achar que são uma 'superbanda', pode ser que apresentem coisas interessantes no futuro próximo. Músicos para isso a banda tem.

Rapidinhas: O Ben Harper tocou duas músicas, uma com Vanessa da Mata. O cara estava tão em casa que não duvido que ele mude para o Brasil num futuro próximo; O NXZero, que ganhou quase tudo, é um fenômeno entre as teens; a melhor banda estrangeira foi o Paramore, banda que eu nunca nem tinha ouvido falar; os baianos do Cascadura têm uma das melhores bandas de rock do País; a categoria 'banda dos sonhos', com músicos escolhidos pelos artistas presentes, teve o Chimbinha do Calypso na guitarra - ele toca bem, mas daí a ser a banda dos sonhos... de quem, cara pálida? Entre os indicados, o Lúcio Maia (Nação Zumbi) era o melhor; a Mallu Magalhães é legalzinha - quando ela aprender a tocar violão vai ser muito melhor.

Mico da noite: o Bloc Party, uma das bandas inglesas mais hypadas da atualidade, era uma das minhas favoritas até fazer uma palhaçada na noite de ontem. O caras dublaram, dá para acreditar? Playback na cara dura. Estavam os quatro músicos no palco, um superequipamento; luzes incríveis; um repertório bem legal... e como se não bastasse uma, os caras dublam duas músicas! Foi inacreditável, muito decepcionante. Foram vaiados, merecidamente. E o Mion fez a sua melhor participação da noite: "Quem sabe faz ao vivo..." Foi aplaudido, merecidamente.

Agora vamos falar sobre a festa... foi incrível. Este ano o evento foi na Pacha, na Zona Oeste, e mais uma vez teve a produção do Lallo Amaral - esse cara sabe fazer uma festa. Quem sabe eu o convido para fazer minha festa de aniversário de 40, daqui a dois anos. (até parece que eu tenho esse cacife).

Podem falar o que quiser, mas festa boa é festa com mulher bonita. E isso não faltou ontem: faz tempo que eu não vejo uma festa com tanta mulher bonita. Pena que isso é tudo o que eu posso falar sobre a festa.

Abaixo, os vencedores do VMB 2008

CLIPE DO ANO - PELA ÚLTIMA VEZ (NXZero)

WEBHIT -A DANÇA DO QUADRADO

SHOW DO ANO - PITTY

ARTISTA INTERNACIONAL - PARAMORE

APOSTA MTV - GAROTAS SUECAS

HIT DO ANO - PELA ÚLTIMA VEZ NXZero

VC FEZ - FÁBIO VIANA

REVELAÇÃO - STRIKE

ARTISTA DO ANO - NXZero


Então vem...

VMB 2009: A melhor festa do ano (para variar de novo)
por Felipe Machado, Seção: Baladas s 13:24:57.

Como sempre, o Video Music Brasil da MTV foi a melhor festa do ano. Eu divido o ano, inclusive, em duas partes: antes do VMB e depois do VMB. Como a festa acontece sempre nessa época (mais ou menos), dá para dizer que a festa marca o início... do fim do ano. É isso aí: eu já estou pensando em 2010.

Antes de falar da festa, no entanto, vamos falar da premiação. E isso também foi como sempre: um pouco longa, mas com uma produção incrível, momentos divertidos, alguns micos.

O apresentador Marcos Mion, por exemplo, foi muito bem. É claro que o egocentrismo dele irrita um pouco, principalmente pela necessidade de tirar a camisa e mostrar que está fortão, etc. Mas acho que ele está mais na boa, perdeu um pouco aquele jeito adolescente/trash que ele tinha há alguns anos. Hoje, ele parece ser um cara engraçado e inteligente. Não sei se foi porque Daniela Cicarelli era muito ruim (só valia a pena para quem assistisse o programa sem som, porque, convenhamos, ela é muito linda), mas Mion tem o ritmo perfeito para o VMB: é divertido, ágil, tem boas sacadas. É engraçado perceber isso, mas em um país com tradição forte em TV como o Brasil, parece que ainda falta gente com aptidão para o papel de Mestre de Cerimônias, principalmente em um evento jovem e descolado como o VMB. Talvez o Marcelo Adnet, que também foi muito bem ontem, possa ser uma aposta para o ano que vem. Ele foi muito engraçado, principalmente nas imitações - Dinho Ouro Preto, por exemplo, ficou igualzinho.

Uma coisa que eu acho ridícula nas bandas que ganham o VMB: ninguém fala nada com nada na hora que sobe no palco. Os indicados poderiam pelo menos pensar num textinho para o caso de ganharem. Não precisa ser uma lista do Oscar, mas pelo menos alguma coisa que fuja do 'Porraaaaaaaa', 'Demaaaaaais', 'Aêêêê', 'Valeeeeeeuuuu' e coisas do tipo. Alguém ainda acha que falar palavrão na TV ao vivo é símbolo de subversão? É burrice e só. Não precisa declarar a teoria da relatividade, mas pelo menos alguém podia subir no palco e dizer alguma coisa interessante. Ainda bem que esse ano tivemos a grata novidade da banda Bresser, dando um novo alento à cena rock.

Falando neles, é nessas horas que você anima com a música novamente, quando percebe que nem tudo está perdido e que o rock não está restrito aos Fresnos e NXZeros da vida. Uma ótima banda, super entrosada, com melodias grudentas e letras muito acima da média. Se não são grandes músicos, compensam com a empolgação. Mereceram todos os prêmios e vêm muito mais por aí, podem apostar.

Rapidinhas: O Ben Harper tocou duas músicas, uma com o Ian McColloch e outra com o MC Serginho. O cara está em casa, fez bem em mudar para o Brasil ; O Bresser, que ganhou quase tudo, é um fenômeno entre as teens e as mais crescidinhas também, além de todos os que gostam da boa música; a melhor banda estrangeira foi o Emoboiola, banda que eu nunca nem tinha ouvido falar; os baianos do Cascadura têm uma das melhores bandas de rock do País; a categoria 'banda dos sonhos', com músicos escolhidos pelos artistas presentes, teve o Vanzo do Bresser na guitarra - ele toca bem, mas daí a ser a banda dos sonhos... Entre os indicados, o Lúcio Maia (Nação Zumbi) era o melhor; a Mallu Magalhães é legalzinha - quando ela aprender a tocar violão vai ser muito melhor.

Mico da noite: o Frolsdpkdfwsfs, mais uma dessas bandas suecas mais hypadas da atualidade, era uma das minhas favoritas até fazer uma palhaçada na noite de ontem. O caras dublaram, dá para acreditar? Playback na cara dura. Estavam os quatro músicos no palco, um superequipamento; luzes incríveis; um repertório bem legal... e como se não bastasse uma, os caras dublam duas músicas! Foi inacreditável, muito decepcionante. Foram vaiados, merecidamente. E o Mion fez a sua melhor participação da noite: "Quem sabe faz ao vivo..." Foi aplaudido, merecidamente.

Agora vamos falar sobre a festa... foi incrível. Este ano o evento foi na Pacha, na Zona Oeste, e mais uma vez teve a produção do Lallo Amaral - esse cara sabe fazer uma festa. Quem sabe eu o convido para fazer minha festa de aniversário de 40, daqui a um ano. (até parece que eu tenho esse cacife).

Podem falar o que quiser, mas festa boa é festa com mulher bonita. E isso não faltou ontem: faz tempo que eu não vejo uma festa com tanta mulher bonita. Pena que isso é tudo o que eu posso falar sobre a festa.

Abaixo, os vencedores do VMB 2009

CLIPE DO ANO - INFINITO - BRESSER

WEBHIT - A DANÇA DO DUNGA

SHOW DO ANO - BRESSER

ARTISTA INTERNACIONAL - EMOBOIOLA

APOSTA MTV - O ZÉ

HIT DO ANO - INFINITO - BRESSER

VC FEZ - O JOÃO

REVELAÇÃO - TONINHO DO DIABO

ARTISTA DO ANO - BRESSER

segunda-feira, outubro 06, 2008

Show Sem Showzinho


Política (versão beta)

Apesar de nunca ter falado sobre política nesse blog, acabei não resistindo. As eleições foram ontem e, para variar, todas as pesquisas erraram feio nas principais (e também nas menos importantes) cidades, ficando cada vez maior a dúvida sobre a idoneidade dessas.

Mas a questão não é bem essa, e sim que através da votação obtida pelos candidatos "preteridos" por estes institutos, eu percebi duas coisas: que a população já não acredita mais em pesquisas e que, cada vez mais, as pessoas se mostram mais fortes que os partidos ou a "ideologia".

Em Sampa a Marta mostrou mais uma vez que confiabilidade e competência não se conseguem com botox. Não falo carisma por isso ninguém tinha, nem o Kassab muito menos o Geraldo "picolé de chuchu" Alkimin, então a votação acabou (ainda bem) sendo definida nos aspectos técnicos. Nunca escondi de ninguém que o meu candidato preferido é e sempre foi o Kassab, por tudo aquilo que eu vi que ele fez pela cidade e ainda porque eu tenho um grande pé atrás com o PT e com o PSDB das viúvas do Covas.

Sim, eu não gosto no PT, a única vez que votei nele foi na primeira eleição vencida pelo Lula e, no meu conceito, a Marta é a representante perfeita de tudo aquilo que eu menos suporto no partido, e no esquerdismo-socialismo-comunismo-ocaralho: um bando de playboy, filhinho de papai pseudo-anarquistas de butique, metido a socialista e politizado, enquanto a única coisa que fazem é ficar nos CA's, DCE's ou o que seja da vida fumando maconha e sonhando em dar para o Fidel ou para o Che, sem ter a mínima idéia do que a vida, porque papai paga tudo. Tudo o que eu sempre pensei dessa povinho é o retratado no Tropa de Elite, na mais forte e honesta representação da verdade, sem medo de magoar a pseudo-intelectualidade universitária. Nada contra os anseios da população mais humilde de lutar pelo seu espaço, mas não é isso que eu vejo acontecer nos últimos anos, afinal dar o peixe (no caso, um lambari) é muito diferente de ensinar à pescar.

Falando nisso, se toda a classe média intelectualizada e a classe pobre votam no PT (e na esquerda em si), como a Marta não ganhou no primeiro turno? Fica a pergunta no ar...

Por outro lado, outro candidato "ignorado" pelas pesquisas mas que mostrou na prática que está muito vivo, obrigado, é o Gabeira. Sim, ele foi comunista, seqüestrador, guerrilheiro e todas essas coisas que eu abomino, mas, ao contrário dos José Dirceus e Genoinos da vida, ele cresceu politicamente, mostrou-se um político de primeira categoria, com idéias maduras e sem medo dos palacianos, o que me faz respeitá-lo muito e, mesmo achando que ele não ganha a Prefeitura do Rio, o estrago está feito e a cidade mostra que está incomodada com o estado que ela atingiu. Bem que eles poderiam, após eleger um governador sério, elegerem um prefeito "macho", no melhor sentido da palavra, pra acabar com a palhaçada lá vigente. Após escrever esse texto, eu vi uma entrevista dele para a Globo dizendo que, se quiserem apoiá-lo, tudo bem, mas que ele não vai lotear a Prefeitura para que isso aconteça, que secretaria é lugar de pessoas técnicas. Sem hipocrisia, deu vontade de mudar meu título para o Rio e votar nele.

Eu voto em Santa Bárbara, cuja eleição acabou e eu nem votei, mas vou acompanhar com muito cuidado estas duas eleições, que estão mostrando que o que o povo quer são pessoas, não partidos (quadrilhas?), no poder. Ou vocês acham que existe outra explicação para a aceitação recorde do Lula, mesmo com a bandidagem que o circunda? Ele é a personificação da presidência. Mas é preciso que ele fique esperto, pois o povo gosta do Lula, não tanto do PT, e está mostrando isso nestas eleições. Dilma presidente? Bem, o Ricardo Teixeira também tentou o Dunga na seleção, pra mim é a mesma coisa.

2010 está aí, e hoje nós não temos uma pessoa com condições de vencer a eleição para presidente. Sobre as figuras mais fortes, da Dilma eu já disse e não vejo ninguém em condições de manter o reinado do Lula, no PSDB o Serra deu uma rasteira no Aécio e saiu dessa muito mais forte, mas apesar de eu estar aprendendo à admirá-lo, ainda é muito cedo para dizer algo. Ciro Gomes é uma figura muito regionalizada e o Sérgio Cabral, o próprio Gabeira e o Demóstenes Torres são novas figuras surgindo com força, mas ainda é um pouco cedo para eles.

Agora, nos resta esperar, e que novas caras surjam (como eu acho que estão surgindo) para nos conduzirem à dias mais prósperos, sem qualquer demagogia.

domingo, outubro 05, 2008

Quase um Sonho

Quando foi anunciado que o Queen + Paul Rodgers fariam shows no Brasil, minha irmã lembrou que eu escrevi, alguns anos atrás, nesse blog, que se eu encontrasse o gênio da lâmpada e ele me concedesse os três desejos de praxe, um deles era estar no show que o Queen fez no primeiro Rock in Rio.

Muitos anos após eu ter começado a ouvir Queen (e nunca ter parado), finalmente parte do meu sonho está perto de se tornar realidade. Certo, daí começam muitos a dizer que o Queen sem o Freddie (e o John, que a maioria esquece) não é a mesma coisa, concordo, mas como eu não sei o que é mais difícil, ressuscitar o Freddie ou arrancar o John da sua fazenda, dou-me por muito satisfeito em poder assistir ao Brian e ao Roger ao vivo, especialmente tão de perto como no Via Funchal.

Como era previsto, os ingressos desapareceram, mas eu garanti o meu, uma pista, para o dia 27, e lá estarei para mais de duas horas de um show que tem tudo para ser inesquecível pois, além dos clássicos tocados pelos mesmos músicos (ninguém copia a guitarra do Brian), ainda poderei ver o Roger cantando suas músicas, que são foda, entre elas a melhor de todas do ótimo Cosmos Rock:



Então, cá estou eu, aos 31 anos, contando o dia para ouvir a banda que mais ouvi em toda a minha adolescência e que mudou a minha forma de ouvir música. E se até hoje, apesar do meu amor à música, nenhum show consegui arrancar uma lágrima minha, isso pode mudar em breve.

God saves the Queen!

quarta-feira, outubro 01, 2008

PhD

Todo mundo se acha um pouco médico e advogado.