segunda-feira, julho 28, 2008

O Cavaleiro das Trevas e o Palhaço

Finalmente assisti ao Cavaleiro das Trevas, e a única coisa que me vem à cabeça é: como eu pude demorar tanto?

Difícil dizer se é a melhor adaptação cinematográfica de um herói em quadrinhos, mas é fácil a mais sombria, a mais violenta e, pasmem, a mais hollywoodiana. Sim, porque você não precisa ter lido aos quadrinhos, muito menos conhecer o Batman (basta ter assistido ao Batman Begins) para entender e aproveitá-lo.

As cenas de ação são fantásticas, o roteiro é incrivelmente bem amarrado, sem as bobagens que costumam aparecer nesse tipo de filme e as interpretações, bem, isso é um caso a parte.

Para começar, o Harvey Dent - Duas Caras ficou muito realista, apresentando bem os extremos, do promotor incorruptível que se torna o assassino insano da moeda, e nem o fato de mudarem a forma que seu rosto é deformado afeta isso, uma vez que ficou até melhor e mais realista do que o ácido criado décadas atrás.

Agora, sobre o Batman e o Coringa, ambos foram feitos para esses papéis. A roupagem mais doentia dada ao Coringa, com a maquiagem borrada, somada aos trejeitos e tiques o fizeram como eu sempre imaginei, nas histórias mais insanas, o vilão sem poder mas sem limites, o cara que não teme nada, o palhaço do inferno. A cena do interrogatório na delegacia foi das mais perfeitas que já vi, a loucura em seu estado mais bruto. Afinal, o que você pode conseguir de alguém que não tem nada à perder?

Fica com isso clara a dicotimia entre Batman/Coringa, na verdade duas faces da mesma moeda (sem trocadilho com o Duas Caras), a mesma insanidade voltada para focos diferentes, um completando ao outro, motivo pelo qual é o principal inimigo do Batman, pois o mostra quão no fio da navalha esse anda. Ou seja, o Heather Ledger criou um Coringa digno daquela da Piada Mortal ou do Asilo Arkham, o que não é pouca coisa.

Porém, com a sua morte, impossível um novo Coringa no terceiro filme, daí ficam as apostas para o que virá. Se eu tivesse que advinhar, apostaria ou no Pinguim (menos caricato que o do Denny DeVitto) ou no Charada (muito menos caricato que o do Jim Carrey), mas eu adoraria ver o Chapeleiro Louco e uma adaptação d'O Longo Dia das Bruxas.

Um comentário:

Anônimo disse...

fodãoooooooooooooooooooooooo!!!