segunda-feira, julho 05, 2010

Um Contador de Histórias

Vendo ontem um filme bobo, daquelas comédias com cara de domingo, onde você não quer pensar, me vi pensando. O fato é que eu acabo me vendo pensando em praticamente todos os filmes e seriados que assisto, livros e quadrinhos que leio, propagandas de carros nas revistas que vejo.

Na verdade, tudo que que é escrito é feito para nos fazer pensar, mesmo que de uma forma inconsciente. Um filme não precisa ser sério, denso, para nos levar a refletir algo, mesmo na simplicidade a mensagem pode, e deve, ser transmitida. E quando falo de filme, é porque foi o que me fez pensar, mas vale para qualquer mídia que dependa da criatividade de alguém para criar algo.

As vezes me pego pensando, qual é a utilidade para a sociedade de alguém que escreve. Não salva vidas, não alimenta, não esquenta, não protege das intempéries da natureza, não cura, não transporta, não alivia a dor. É, teoricamente, uma coisa da qual podemos viver sem.

Teoricamente, pois graças a Deus não é assim que funciona. A vida é muito mais do que o tangível, e precisamos daquilo que não podemos dimensionar. Precisamos aprender lições, precisamos sonhar e acreditar. Porque sim, uma história salva vidas, alimenta a alma, esquenta nosso espírito numa noite fria e solitária, nos protege da chuva e do frio, cura nossas tristezas, nos transporta para um lugar mais bonito, colorido e feliz, alivia as nossas dores, dores da alma, dores do coração, dores da vida.

A escrita é um dom e o contador de histórias tem tanto valor quanto um médico ou um engenheiro, pois de que adianta um corpo são e pão na mesa, se a alma está vazia?

Um comentário:

Isabella disse...

nossa, por um momento, qdo vc escreveu "não salva vidas, não alimenta, não esquenta", etc, eu já pensei: DISCORDO! (haha)

pq realmente, uma história inspira e alimenta a alma, e muitas vezes salva nossa vida sim e nos coloca pra pensar.

(vc ainda não leu "A Fera na Selva", q eu emprestei – e duvido q vai ler –, mas essa foi uma história que foi uma espécie de "salva-vidas" pra mim, e qdo eu me vi chorando no final, escrevi pro psico q recomendou e o xinguei até a quinta geração. esse é o exemplo vivo do q vc falou..)

beijos