domingo, março 14, 2010

Axl Rose, Ontem e Hoje


O Ronaldo foi puta jogador, jogava muito, resolvia os jogos, fazia jogadas incríveis. Quando jogava, interagia com o time, fazia tabelinhas, enchia os olhos da torcida. O tempo passou, ele se arrebentou, ficou gordo e, além disso, cheio de regalias. Joga quando quer, é uma peça deslocada no meio do time corinthiano, vivendo de jogadas individuais e um outro lance. Porém, apesar de tudo isso, de muitas vezes ferrar com o time durante o jogo, tem ainda 'flashs' de genialidade.

Mas para, o que o Ronaldo tem a ver com o Axl Rose? Mais do que se imagina! Ambos estão gordos, ultrapassados, mas ainda acham que são o máximo, por causa de um ou outro momento incrível. O show do Guns neste sábado, em São Paulo, foi bom, mas apenas isso. Se fosse uma banda qualquer, seria um show bem legal, mas daí eu tenho a lembrança do que esta banda já foi e não há como esconder a decepção.

Só que esqueceram de avisar isso ao Axl. Ele corre, agita, mas termina uma música, ele desaparece atrás do palco, pra fazer sei lá o que, enquanto a sua banda fica enrolando, com sonzinhos eletrônicos, solos cansativos e, pior, silêncios. A banda fica amarrada nele, aos seus gostos, as músicas não são ligadas uma nas outras, o que broxa um pouco.

Daí, entre este monte de ruído, e uma infinidade de canções do Chinese Democracy - dentre as quais só se salva Better -, surgem pérolas como Sweet Child o Mine, Paradise City, Welcome to the Jungle, November Rain, You Could Be Mine. Muito bem executadas, apesar de ser meio constrangedor para um músico tocar algo composto por outro e não ser uma banda cover, estes clássicos empolgaram o estádio, lotado. Daí, em diversos momentos, principalmente no final, somos relembrados que o tempo passou, e a voz do Axl sumia.

Valeu como fato histórico, principalmente porque Guns n Roses foi peça fundamental na lapidação da minha alma roqueira. Mas eu esperava mais.

Curtas:

- Foi o primeiro show grande que fui na minha casa, e foi diferente estar naquela arquibancada não para ver um jogo, e sim um show de rock. Mas é legal, porque são dois dos meus amores.

- O show do Sebastian Bach foi um brinde incrível. O cara estava lá com um tesão incrível, as músicas de sua carreira solo são muito boas e as baladas do Skid Row são lindas. Além disso, a voz do cara continua a mesma.

- Sr. Axl Rose, quem compra ingresso para ver um show do Guns não quer ouvir o Chinese Democracy na íntegra, estamos conversados?

4 comentários:

Mariel Moura disse...

Nunca achei que algum dia alguém iria comparar o Axl ao Ronaldo. Mas faz sentido.

Fábio Vanzo disse...

Sebastian Bach é um dos melhores vocalistas de todos os tempos.

Carol disse...

Foi mais cansativo do que empolgante. Como registro histórico, valeu mesmo.

Ainda bem que não gastei um mísero real com o ingresso...

Regiane Jodas disse...

Esse show me surpreendeu. O Axl não é mais o mesmo, mas, isso já era esperando diante da vida q ele sempre levou, junta o lance da idade, enfim, apesar de tudo, achei q ele mandou MUITO bem, além de achá-lo bem consciente da situação em que se encontra, ele se acha (é o AXL rs) mas, ele sabe das limitações, pelo menos foi o que pareceu. Em geral, foi cansativo, mas, achei tesão o cara tocar por quase 3 horas com um bis de 5 músicas, enquanto nos outros lugares tocou 2, achei de uma consideração master, fora que ele pareceu bem feliz em estar lá, enfim.
Sobre o Sebastian, eu achei O melhor show da noite, pago pra ver show só dele FÁCIL. Ele tocando Monkey Business me fez morrer por uns minutinhos! Na voz, tá mandando melhor q o Axl, segura mais as notas, tem mais folêgo rs
É isso, escrevi um monte, mas, não vou fazer um post pq o blog é SEU! hhauhauhaahuah

Bjo Hiran