sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Quando você pára de escrever

Que eu sempre gostei de escrever nunca escondi de ninguém. Algumas vezes eu acho que gosto mesmo mais de escrever do que de tocar baixo, até porque escrevo muito melhor do que toco, apesar de serem duas coisas bem diferentes, uma solitária e introspectiva, outra coletiva e explosiva.

Porém, ando fazendo muito pouco um e outro. Tocar está complicado pois ainda estou morando em SBO e tá árdua a logística de ir ensaiar em Sampa, mas para escrever esta desculpa não cola. O que acontece é que não estou conseguindo passar para o papel as boas idéias que venho tendo, falta disciplina, falta concentração.

Pior é que eu escrevo bem (sem falsa modéstia nesta hora), eu mostro meus contos para as pessoas e a maioria os elogia. Eu mesmo acho que são bons, que estou conseguindo chegar ao nível da época que escrevi o livro, porém com mais maturidade nos temas, o que é bom.

Estou com três histórias engatilhadas, todas diferentes uma das outras, inclusive no formato, que quero terminá-las logo, pois além de eu sentir que elas têm um 'tino comercial', preciso fazer a energia circular, terminar uma para começar outra.

A primeira é no formato de um seriado de tv, o qual estou escrevendo o piloto. Trata de uma mistura de Reaper com My Name Is Earl, onde o protagonista recebe uma "maldição" e, para quebrá-la, precisa se desculpar com todas as mulheres com quem ele saiu e desapareceu. Estou tentando dar uma veia cômica e utilizar mais diálogos para, uma dia, tentar vender como um roteiro, mas eu ainda apanho com essas duas coisas.

A segunda é uma história completamente non sense, onde uma criança recebe de seu avô um tipo de máquina de escrever (a qual eu não consegui ainda definir a aparência) em que ele consegue "escrever" a sua história. Tudo vai bem até que ele descobre que sobre um fato específico esta máquina não tem efeito. É para ser uma história bem desconexa e fantasiosa.

A terceira é uma história romântica, água com açúcar mesmo, sobre duas pessoas que se conheceram rapidamente no passado e, quando não achavam que iriam se encontrar novamente, o destino os faz reencontrar. Sim, terá muito romance, algumas vezes será meloso demais, mas é para ser algo mais, sobre correr atrás dos seus sonhos e não deixar a vida te acomodar.

Três histórias diferentes, diferentes dos meus contos e ainda diferentes do meu livro, pois não quero ser um músico de uma nota só, quero rodar por todos os campos até achar um que eu me encontre, apesar de eu gostar desta variação, pois a vida não é sempre uma comédia, um drama ou uma aventura, ela é a soma de tudo e mais um pouco.

Um comentário:

Laricruz disse...

Fazer, escrever ou tocar sempre a mesma coisa enjoa...o bom da vida é poder variar, explorar, conhecer, desbravar novos horizontes.
Vá juntando as boas idéias dentro da cabeça, amadurecendo, melhorando e passe pro papel só quando tiver convicção de que é a hora.
(Sim, você escreve bem!!)
Beijo!