sexta-feira, dezembro 19, 2008
Apocalypse Now
terça-feira, dezembro 16, 2008
Os Melhores de 2008
O ano chega ao fim e começam as listas de melhores e piores em todos os quesitos possíveis e imaginários. Eu, por minha vez, sempre tive o costume de fazê-las e, desta vez decidi refiná-la. Dos itens que compõem a minha barra lateral, escolherei os quais achei os melhores e piores neste 2008.
Aproveitando que foi ano de Olimpíadas, dividirei os escolhidos nas seguintes categorias:
Para os melhores, escolherei apenas três, que serão, obviamente, medalhas de outro, prata e bronze.
Doping: o pior de todos, no geral.
Diego Hipólito: aquele do qual esperavam muito, mas na hora h, uma escorregada pôs tudo a perder e decepcionou a todos.
Coroa de Louros: não subiu ao pódio, ninguém esperava nada, não deu entrevista para imprensa, mas correu por fora e fez um papel bonito. Mais ou menos como um quarto lugar da Islândia no Volei de Praia ou do Brasil no Hoquei sobre Grama.
Livros
O critério aqui não foi o ano de publicação, mas sim os que li este ano.
- O Menino do Pijama Listrado - John Boyne
- As Intermitências da Morte - José Saramago
- Esta Noite ou Nunca - Marcos Rey
- Profeta Tricolor - Nelson Rodrigues
- Feliz Ano Novo - Rubem Fonseca
- Jogando por Pizza - John Grisham
- Deuses Americanos - Neil Gaiman
- Falando com o Anjo - Nick Hornby e Outros
- Microservos - Douglas Coupland
- A Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro
- Geração Beat - Jack Kerouac
- Uma Longa Queda - Nick Hornby
Ouro: O Menino do Pijama Listrado – ouvi falar primeiro do filme, e então resolvi lê-lo. Menos de 200, leitura fácil mas envolvente, principalmente se você não tiver idéia do que ele trata e conseguir acompanhar a história apenas pelo olhar ingênuo de Bruno.
Prata: As Intermitências da Morte - José Saramago – fui conhecer Saramago por influência da Alê e este foi meu primeiro dele. Texto viajante e uma brincadeira com a morte, coisas que muito me atraem.
Bronze: Deuses Americanos - Neil Gaiman – Neil Gaiman fazendo aquilo que ele sabe de melhor: uma história com muita fantasia, seres extraordinários e místicos e um roteiro denso.
Doping: Geração Beat - Jack Kerouac – uma história horrível, em forma de teatro. Na boa, eu faria coisa melhor.
Diego Hipólito: Uma Longa Queda - Nick Hornby – não é uma má história, mas muito aquém do que eu acostumei a ler dele. Mediano.
Coroa de Louros: A Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro – não esperava quase nada, mas uma história recheada de putaria sem soar (muito) vulgar. Me inspirou a começar a escrever meus contos eróticos.
Shows
- Queen + Paul Rogers
- REM
- Kaiser Chiefs
- Breeders
- Bloc Party
- The Offspring
- Jesus and Mary Chains
- Animal Collective
- MGMT
- Gogol Bordello
- The Hives
- Plasticines
- Melvins
- Muse
- Metric
- Go Team!
- Fujiya & Myiagi
- Rufus Wainwright
- Marta Wainwright
- Sepultura
- Interpol
- Bob Dylan
- José Gonzalez
Ouro: Queen+Paul Rodgers – meio Queen fez o show da minha vida. Suficiente para o topo do pódio.
Prata: Muse – ver uma banda no auge, aqui no Brasil, é raro. Quando esta banda é uma das suas preferidas, é extraordinário. Só não ganhou medalha de ouro porque competiu contra o Michel Phelps.
Bronze: Rufus Wainwright – conhecia três músicas e não faz o meu estilo predileto. O porquê do pódio? Só quem foi ao show pode responder.
Doping: José Gonzales – voz e violão já é ruim, imagine apenas o violão. Chato DEMAIS.
Diego Hipólito: Block Party – sem tesão, sem competência, sem carisma. Banda Pro Tools.
Coroa de Louros: MGMT – Quase não fui ao show (entrei de graça na segunda música), de tão hypada, estava com birra, mas já na primeira música me deixei levar. Ótima junção de rock com eletrônico e muita vontade no palco.
Cinema
Minha primeira Mostra de Cinema e 50 filmes vistos, definitivamente o meu recorde e com uma variedade de estilos e país inimagináveis para mim até pouco tempo, o que torna a escolha mais difícil.
- Romance
- Vicky Cristina Barcelona
- Rocknrolla
- Zebra Crossing
- O Estranho em Mim
- Tulpan
- A Guitarra
- Confissões de Super-Heróis
- Heróis da Vizinhança
- Fuera de Carta
- Gomorra
- Moscou, Bélgica
- Queime Depois de Ler
- O Poderoso Chefão
- The Collective
- Feliz Natal
- Juventude
- Alvorada em Sunset
- Rebobine, Por Favor
- Violência Gratuita
- Linha de Passe
- Hellboy II
- Shortbus
- Ensaio Sobre a Cegueira
- Encarmação do Demônio
- O Cavaleiro das Trevas
- Wall-E
- Fim dos Tempos
- Hulk
- Sex and the City
- Luz Silenciosa
- Speed Racer
- Indiana Jones E O Reino Da Caveira De Cristal
- Homem De Ferro
- Apenas Uma Vez
- O Sonho De Cassandra
- Um Beijo Roubado
- Rolling Stones - Shine A Light
- Horton E O Mundo Dos Quem!
- Não Estou Lá
- Cloverfield
- Antes De Partir
- Juno
- Maldita Sorte
- Vestida Para Casar
- Onde Os Fracos Não Têm Vez
- Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco Da Rua Fleet
- A Lenda Do Tesouro Perdido - Livro Dos Segredos
- Eu Sou A Lenda
- Em Paris
Ouro: O Cavaleiro das Trevas – o melhor filme de super-heróis de todos os tempos, com a melhor representação de um personagem para aquele que é o maior vilão já desenhado em uma página de quadrinhos. Bob Kane está feliz.
Prata: Apenas Uma Vez – o que um musical alternativo irlandês faz nesta lista? Exatamente isso, músicas maravilhosas, que compõem uma história simples mas com sutilezas deliciosas.
Bronze: Queime Depois de Ler – um dos roteiros mais confusos, enrolados e divertidos que já vi. Uma história surreal e hilariante.
Doping: Luz Silenciosa – Passei o filme inteiro tentando dormir pra ver se o tempo passava mais rápido e enfim poder ir pra casa.
Diego Hipólito: A Lenda do Tesouro Perdido – eu gostei do primeiro filme e gosto do estilo, mas esse aí ficou bem a desejar. Chato, chato.
Coroa de Louros: Fuera de Carta – o que esperar de um filme espanhol, que virou encaixe no meio da Mostra? Risadas, um roteiro ácido e interpretações fenomenais.
Álbuns
Nessa lista entram apenas os que eu ouvi durante este ano. Sei que muita coisa ficou para trás, mas não está dando tempo. Foi um ano cheio de bons álbuns, mas nenhum antológico, que realmente me marcou.
- ACDC - Black Ice
- Barenaked Ladies - Snack Time
- Coldplay - Viva La Vida
- Death Cab for Cutie - Narrow Stair
- Eddie Vedder - Into the Wild
- Filter - Anthems For The Damned
- Gavin Rossdale - Wanderlust
- Gnarls Barkley - The Odd Couple
- Guns n Roses - Chinese Democracy
- Jem - Down to Earth
- Kaiser Chiefs - Off With Their Heads
- Metallica - Death Magnetic
- MGMT - Oracular Spetacular
- MopTop - Como se Comportar
- Nickelback - Dark Horses
- Oasis - Dig Out Your Soul
- OST - Em Paris
- OST - Juno
- OST - Once
- Queen + Paul Rodgers - The Cosmo Rocks
- REM - Accelerate
- Rock Rocket - Rock Rocket
- Sheryl Crow - Detours
- Snow Patrol - A Hundred Millions
- The Killers - Day and Age
- The Offspring - Rise And Fall, Rage And Grace
- The Raconteurs - Consolers of the Lonely
- Theory of a Deadman - Scars and Souvenirs
- Travis - Ode to J.Smith
Ouro: Death Cab for Cutie - Narrow Stair – álbum super indie, que baixei por acaso, mas que na primeira ouvida já grudou.
Prata: The Killers – Day and Age – após as decepções com o Kaiser Chiefs e o Keane, confesso que ouvi este com um pé atrás. Besteira, é um grande álbum, com músicas grudentas.
Bronze: Filter - Anthems For The Damned – não poderia deixar de colocar algum peso nesta lista, e o reencontro do Filter veio só mostrar que esta é uma das bandas mais injustiçadas dos anos 90.
Doping: neste caso, não tenho como dizer, pois álbuns ruins eu ouço uma vez e descarto, nem na lista eu coloco. Deve ser alguma popice comercial ou algum rap-quero-ser-fodão que são vendidos à quilo por aí.
Diego Hipólito: Coldplay – Viva La Vida – Nesta, eu poderia colocar muitos, como o da Sheryl Crow, que eu amo mas que não acerta a mão faz tempo ou os já citados KC e Keane, mas o Coldplay fez por merecer, por compor um álbum sem alma e infelizmente me dar razão quando eu dizia que eles estavam refazendo o caminho dos Los Hermanos (cujo 4 é uma merda!).
Seriados
Aqui também o critério é o ano de descoberta, motivo pelo qual Lost e Grey’s Anatomy estão fora.
- Alice
- Samantha Who?
- Heroes
- Grey's Anatomy
- Lost
- The Secret Diary of a Call Girl
- Roma
- New Amsterdam
- Savage Grace
- Skins
- Reaper
- Greek
- How I Met Your Mother
- Swingtown
- Tell Me You Love Me
- Pushing Daisies
- Gossip Girl
- Californication
- The Big Bang Theory
Ouro: The Big Bang Theory – um seriado sobre quarto super nerds e uma menina descolada e gostosinha. Uma das coisas mais divertidas e non sense que já vi na minha vida. Daria um dedo pra ter escrito os roteiros e, principalmente, os diálogos da série.
Prata: How I Met Your Mother – um Friends mais politicamente incorreto, sarcástico e sacana, ou seja, mais próximo da realidade. E divertido.
Bronze: New Amsterdan – a série durou apenas oito episódios, mas o suficiente pra eu viciar nela. Uma premissa manjada, mas tratada de uma forma muito interessante.
Doping: Gossip Girl – eu sei, é uma série de menininhas, mas eu fui tentar descobrir se era mesmo. Sim, é uma série de e para menininhas, daquelas bem novinhas. Não deu pra acompanhar.
Diego Hipólito: Swingtown – pela sinopse, você imagina que vai ser uma série incrível, com um tema forte, sensual e inovador, porém o que se vê é um roteiro meio capenga. Meia foda, só isso.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Para meu livro natimorto, uma vez que desisti dele, escrevi o seguinte trecho sobre o Natal, que deveria se encaixar na história, mas já que ele não existirá, não há problema em colocá-lo aqui:
Aquilo que era para ser uma data festiva, alegre, de paz e harmonia, na verdade não passava de uma data como outras. Pior ainda, era uma data que eu não fazia questão nenhuma de acompanhar.
Para mim, era algo artificial, totalmente mecânico e comercial, feito para que todos se sintam bem e varram para debaixo do tapete todos os problemas por um dia. Só que a sujeira continua lá, da mesma maneira que a colocamos, apenas esperando o amanhecer do dia 26 para começar a exalar o seu cheiro ruim.
Não conseguia sentir-me feliz, era como se eu esperasse por alguma coisa que não existe, uma angústia inexplicável que me faz torcer para tudo passar rápido, para que a rotina volte e eu posso, novamente, voltar ao meu normal.
Nem sempre as coisas foram assim. Quando criança eu adorava tudo isso, alguma pessoa vestida de Papai Noel carregando um saco vermelho cheio de presentes e, dentre eles, um para mim. E não me importava o conteúdo do pacote, ou o valor do mesmo, tão somente o fato de eu ter sido lembrado, de ter recebido algo.
Após isso a família toda se reunia na casa dos meus avós, muita gente, comida farta, alegria e, no final da noite, todo mundo cansado voltava para casa, de estômago cheio e carregando seus presentes.
Conforme eu fui crescendo, a rotina continuava a mesma, mas sem a mesma empolgação de antes. E os ânimos foram progressivamente esfriando até que meus avós falecerem, cada parte da família dispersou-se para um lado e o que eu conhecia por Natal deixou de existir.
E o vermelho foi substituído pelo cinza, as músicas natalinas deixaram de ser alegres para se tornarem melancólicas e a vontade de festejar simplesmente desapareceu.
No último Natal eu me lembro de muito pouco. Bebi muita cerveja, muito vinho, cheirei uma boa carreira e desmaiei no meu quarto bem antes da meia noite. Meu pai não gostou muito, minha mãe ficou chateada, mas pelo menos a noite passou rápido, e a ressaca do dia seguinte foi digna de um dia de Natal.
E esse ano que tinha tudo para ser um pouco melhor. Tinha era o melhor tempo verbal para expressar tudo, pois com tudo que aconteceu, esse estava para ser o pior Natal da minha vida.
De Advogado e Médico Todo Mundo Tem Um Pouco
terça-feira, dezembro 09, 2008
Brinquedo Novo
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Novo Blog
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Fim de Ano
quarta-feira, dezembro 03, 2008
terça-feira, dezembro 02, 2008
Se Secar Ajuda...
Perfeições Pop pt.5
sexta-feira, novembro 28, 2008
The Show Must Go On
Quando eu comecei musicalmente a prestar atenção no Queen, estava no que antes se chamava oitava série e o Freddie Mercury já estava quase morrendo. Tanto que, alguns meses depois, foi o primeiro CD que eu comprei (não LP, que já tinha alguns), o Greatest Hits II, que já me acompanhava havia alguns meses em forma de uma fita cassete.
Ao chegar ao Via Funchal, ficou claro que nenhum dos que esperavam a casa abrir ligavam para o que se dizia por aí, que se tratava de um caça níqueis, que o Queen era somente o Freddie, que eles deveriam mudar de nome. Eles queriam era ver e ouvir o Brian May e o Roger Taylor. Naquele momento, isso bastava.
Pontuais como todos os britânicos devem ser, às 22h começou um espetáculo de luzes e sons, prenunciando a entrada ao palco daqueles velhos senhores que, aos primeiros acordes de Hammer to Fall, puseram a casa abaixo.
Foi uma catarse! Nunca vi num show tanta gente cantando junto, chorando e se emocionando. Se o Queen de hoje não tem mais a voz e o carisma do Freddie, ainda tem os riffs perfeitos do Brain e o também carisma dele e do Roger. O set de 2 horas e meia passou por diversas fases da carreira da banda, desde as antigas até a nunca executada ao vivo (com os vocais do Freddie) The Show Must Go On, para mim umas das canções mais perfeitas da história e que, se não foi capaz de arrancar de mim uma lágrima de emoção, nenhuma outra conseguirá.
Além disso, foi possível ouvir músicas das bandas do Paul Rogers e algumas do álbum novo que, se não tem cara do Queen, são sim muito boas, funcionando bem ao vivo, principalmente a emocionante Say It´s Not True, iniciada na voz rasgada e única do Roger.
Hits não faltaram, como Crazy Little Thing Called Love, Under Pressure, Radio Ga Ga (com direito às palmas), Bohemian Rhapsody, We Will Rock You e We Are The Champions, todos cantados à plenos pulmões por praticamente todos os presentes.
Daí voltamos ao assunto de que o Queen sem o Freddie não é Queen, blá, blá, blá. Mas, ficou claro que esse foi um show feito para os fãs e, se os fãs foram e gostaram, o que os “críticos profissionais” têm que ficar batendo nesta tecla o tempo todo?
Voltando para casa, uma coisa não me saia da cabeça: se, com meio Queen, este foi o melhor show da minha vida, entre dezenas dos quais já vi, qual deve ter sido a sensação de ter visto um Queen inteiro? Alguém sabe onde tem uma máquina do tempo disponível?
segunda-feira, novembro 24, 2008
Blackout
quarta-feira, novembro 19, 2008
Eu Não Sei Escrever
terça-feira, novembro 18, 2008
Perfeições Pop pt. 4
quinta-feira, novembro 13, 2008
Sala de Interrogatório
Perfeições Pop pt.3
terça-feira, novembro 11, 2008
Perfeições Pop pt.2
Perfeições Pop - pt.1
Please don't take a picture, it's been a bad day
Fechado Para Balanço
sexta-feira, novembro 07, 2008
Que Venha
Chegando o final de semana que vou ter que trabalhar quase o sábado todo.
Chegando o final de semana que trará os shows do Kaiser Chiefs, Offspring, Jesus and Mery Chains, REM (ok, segunda, mas é quase) entre outros.
Chegando... que venha
terça-feira, novembro 04, 2008
A Mostra (parte 2)
- Tulpan: Quando eu me imaginaria assistindo a um filme do Cazaquistão? O filme tem algumas passagens engraçadas, mas a menina que não pára de cantar e o barulho dos camelos me irritaram.
- O Estranho em Mim: Filme ganhador da Mostra, com atuações incríveis e, conforme a Alê disse, um tema que nunca foi mostrado antes no cinema, mas que é real e angustiante.
- Zebra Crossing: Mais uma história sobre a juventude vazia inglesa. Algumas vezes exageradamente dramática, mas que eu gostei bastante.
Aproveitando o ensejo, vai aqui a minha lista dos 3 melhores filmes desta Mostra (porque lista de 5 em um universo de 16 fica sem nexo):
1. O Estranho em Mim
2. Juventude
3. Fuera de Carta
O Queime Depois de Ler é excelente, extremamente engraçado, mas fica fora desta lista, porque eu tinha certeza que ele seria bom, e os três acima eu nem sabia que existiam antes do início.
Os três piores filmes:
1. The Collective
2. Alvorada em Sunset
3. Gomorra
Tulpan escapou porque o orelhudo e seu amigo são muito engraçados.
Sobre documentários não posso falar nada, pois assisti apenas um, e não dá pra fazer lista deste jeito.
Ano que vem eu quero assistir mais, acho que não consigo manter o ritmo da Alê, mas eu acabei deixando de fora algumas coisas aparentemente bacanas.
Tema Recorrente
Afinal, aqui escreve um torcedor de verdade, com alma!
Quem Faz o Que Não Deve
Resultado: corpo dolorido e joelho inchado, do tamanho de uma bola de futebol de salão.
Mas eu não vou desistir.
segunda-feira, novembro 03, 2008
sexta-feira, outubro 31, 2008
Catado
terça-feira, outubro 28, 2008
A Origem do Ódio
E consegui. Viajei de volta ao ano de 2002 (se a memória não me prega uma peça), quando ainda era diretor jurídico / advogado do União Barbarense, equipe da minha cidade natal e que, naquela época, fazia bonito na primeira divisão do Paulista. Nesse ano, um moleque das categorias de base despontava com grandes chances de fazer um bom papel na equipe principal. Era um centroavante, cria da cidade, que começou jogando em equipes menores do futebol amador local para, enfim, ter uma chance no futebol profissional.
As chances foram dadas, ele aproveitou e era uma das esperanças para a disputa do Paulista daquele ano. Esperança de um bom futebol mas, mais ainda, esperança de poder render algum dinheiro ao clube, no final do campeonato, pois infelizmente é só assim que clubes do interior sobrevivem.
Porém, pouco antes do campeonato começar, ele começou a se portar de maneira estranha. E, dessa forma, as tentativas de se fazer um bom contrato profissional com ele (que agradassem ambas as partes, vez que até então ele era apenas um júnior) viraram água, principalmente depois que ele desapareceu.
De repente, alguns dias depois, aparece em meu escritório um senhor que se dizia "amigo da família", explicando que ele tinha sido "convidado" por alguém do SPFW para, "descompromissadamente" conhecer o CT de treinamento delas. Percebi finalmente o que estava acontecendo, que já tínhamos perdido o atleta, então não restava outra alternativa senão acertar uma rescisão amigável.
Cumpre salientar nesse momento que, uma vez que ele ainda era uma promessa, seu contrato previa uma multa rescisória de apenas R$ 20.000,00.
Fizemos uma proposta para esse "amigo", num valor que não lembro mais (porém superior a esse acima). E o assunto começou a ser ventilado pela mídia, sendo isso negado por parte das Leonoras, já que elas nunca aliciavam atletas vinculados a outros clubes, posando se arautos da moralidade.
Mas não é que um dia somos surpreendidos com uma intimação da justiça do trabalho, em que o atleta requeria a rescisão unilateral do contrato, com o depósito em juízo do valor da multa rescisória? Estupefatos, fomos atrás do "amigo" e descobrimos que ele próprio contratou um advogado para o atleta, e que esse advogado "emprestou" para o atleta (uma vez que ele vinha de uma família pobre) a quantia dos vinte mil reais para que ele pudesse rescindir o contrato. Claro, isso tudo sem ele ter qualquer "proposta" oficial de nenhum clube, especialmente delas.
Não tendo mais nada o que fazer, eu me dirigi no dia até a justiça do trabalho, onde conheci os dois "advogados" dele. Como é costumeiro, a audiência atrasou muito e fiquei conversando com os advogados, que soltaram no meio da conversa serem sãopaulinos e ou conselheiros ou filhos de conselheiros (não me lembro mais) bambis.
Sem mais delongas, o depósito foi efetuado, o jogador liberado e, poucos dias depois, ele veio a assinar com o SPFW, uma vez que agora que ele era um jogador sem vínculo com nenhum clube, e então os "éticos", "profissionais" e "íntegros" dirigentes Leonores puderam contratá-lo.
Culpa do atleta? Não, eu não vejo nenhuma, ele estava apenas pensando no teu futuro, e deslumbrado com a "estrutura" delas. Culpa sim de um clube que prega o profissionalismo pela frente, mas que nos bastidores é sujo, traiçoeiro e nojento.
Isto não é algo que me foi contado pelo primo do vizinho de um amigo, e sim algo que eu presenciei. Assim, não há o que ser rebatido ou desmentido, pois é o relato da verdade. Uma verdade amargurada e carregada de ódio, mas a verdade.
E então a rivalidade virou ódio, e o respeito por aquela camisa desapareceu.
Parado no Tempo
Marcos. Arce, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos. César Sampaio, Amaral, Rivaldo e Alex, Evair e Edmundo.
Em 2008, cinco anos depois, eu não consigo pensar em ninguém para entrar nessa lista.
Decepção. Anos de decepção.